Queremos condicionar o contra-ataque das ucranianas

No início da 2ª volta do EuroBasket Feminino 2013, Grupo A, a selecção nacional portuguesa mantém-se determinada a fazer esquecer os maus resultados que aconteceram nos três primeiros confrontos, sendo que dois deles foram em casa do adversário (Ucrânia e Hungria) e o outro ocorreu na qualidade de anfitrião, mas ante a equipa mais forte (Bielorússia), não sendo por acaso que é do pote 1 e lidera invicta a classificação.

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30 JUN 2012

Depois do excelente comportamento na passada 4ª feira, frente a Israel, em que a derrota por um cesto apenas (60-62) aconteceu porque também nos faltou uma pontinha de sorte, as jogadoras às ordens de Ricardo Vasconcelos tiveram um dia de merecido descanso, para retemperar energias.Esta sexta voltou-se ao trabalho no Pavilhão Municipal de Casal de Cambra (a equipa mantém-se concentrada na mesma unidade hoteleira, na zona de Sintra), tendo o apronto decorrido dentro do que estava previsto, a seguir ao treino das ucranianas que chegaram ontem a meio da tarde. A derrota contundente sofrida em Yuzhnyi no passado dia 13 (é caso para dizer que nem Santo António nos valeu…) já lá vai. Prova irrefutável disso foi a postura evidenciada pelas nossas representantes que com um atitude guerreira complicaram a vida e de que maneira às israelitas há dois dias. Pusemos a questão ao seleccionador luso desta forma: a derrota na Ucrânia deixou marcas profundas mas a resposta dada na 4ª feira permitiu que as nossas jogadoras tivessem readquirido a confiança em si próprias?«Sem sombra de dúvida. Este é um jogo que estamos ansiosos por jogar porque o resultado lá não reflecte nem de perto nem de longe a diferença existente entre as duas selecções. Sabemos que é uma equipa que nos vai proporcionar o desconforto mais difícil de treinar que é ter vantagem física directa em cada posição (não temos jogadoras com aquela força e envergadura). Elas defendem muito físico, para poderem tirar vantagem nas transições ofensivas, apostando no contra-ataque.».Alina Iagupova (base, 1,81m, 20 anos) tem sido peça decisiva no modelo de jogo ucraniano, em que a sua agressividade defensiva, grande apetência para roubar bolas fruto de um arranque imparável e a capacidade para provocar faltas têm sido determinantes, nomeadamente na vitória arrancada na Hungria. Mas claro que há outras pedras influentes, como a extremo Oleksandra Kurasova e a poste Lyubov Alyoshkina (2,01m), que no jogo realizado em solo húngaro contribuiu com 22 pontos (7/8 nos duplos), sendo juntamente com Iagupova (27 pontos) as marcadoras de serviço da armada ucraniana. «Queremos obrigá-las a jogar posses de bola largas, que joguem em ataque 20 segundos ou mais (impedindo-as de fazer contra-ataque em que são muito fortes) e ofensivamente castigar as jogadoras grandes com os desequilíbrios provocados pelas nossas jogadoras pequenas, sendo que nesta fase somos mais consistentes a jogar em ataque do que no início da competição.», finalizou Ricardo Vasconcelos, a propósito da estratégia montada para “colocar grãos de areia” na engrenagem da bem oleada máquina ucraniana.Classificação actual (Grupo A)1º Bielorússia 4V-0D-8 pts2º Hungria 2V-2D-6 pts3º Ucrânia 2V-2D-6 pts4º Israel 2V-2D-6 pts5º Portugal 0V-4D-4 ptsA 6ª jornada joga-se amanhã. Portugal recebe a Ucrânia, a partir das 18H00, no Pavilhão Municipal de Casal de Cambra, enquanto a líder Bielorússia viajará até à Hungria. Folga Israel. Venham apoiar a nossa selecção. É o desafio que vos propomos.

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30 JUN 2012

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