“Queremos ser uma referência na formação e na alta competição”

O Académico FC, quarto classificado da fase regular da 1.ª Divisão Feminina, irá encontrar nas meias finais do playoff o CPN, líder incontestado do campeonato na primeira fase.

Competições | Treinadores
26 ABR 2016

A formação portuense encontra-se então a uma eliminatória da subida de divisão, apesar da tarefa nada fácil que aí vem. Porém, o seu treinador, Américo Santos, mostra-se confiante e ambicioso face ao projeto do clube, analisando ainda a vitória nos quartos de final, obtida na “negra”, face à SIMECQ.

 

O Académico FC deu a volta à eliminatória frente à SIMECQ. Foi muito relevante o fator casa? Quais foram, na sua opinião, os maiores méritos da equipa para a recuperação verificada?

Para quem nos tem acompanhado de perto esta época, foi notório, fruto das cinco lesões prolongadas que sofremos desde o início de janeiro, uma quebra de rendimento. O restante plantel foi insuperável na manutenção da intensidade e do querer, porém o trabalho de equipa obviamente ressentiu-se e sabemos que não chegámos a estes playoffs no momento de forma de que gostaríamos de estar se a época não tivesse sido tão aziaga. Por exemplo, tivemos jogadoras a realizar a eliminatória com a SIMECQ após 2 e 3 meses de paragem completa e 1 semana de treino incompleta.
Por isso, mais do que o fator casa, que foi importante obviamente (principalmente as viagens têm tendência a desgastar imenso as atletas de todas as equipas), foi o enorme coração que a minha equipa tem e que soube revelar na altura certa. No 3º jogo, não praticando um bom basquetebol, conseguimos ir buscar forças na 2º parte para principalmente a partir da defesa, dar a volta a um jogo que muitos já davam por perdido.

 

A terceira partida diante da SIMECQ terminou com um 39-37 a favor do Académico FC. Acha que as jogadoras sentiram a pressão por se tratar de um desafio decisivo?

Mais do que a pressão sentimos o cansaço. A SIMECQ é um adversário muito aguerrido, considero que foi uma das equipas que mais evoluiu durante a época, e obviamente que num jogo a decidir deixou tudo em campo como nós. Como disse anteriormente, tivemos jogadoras a realizar a eliminatória que estão longe de estar nas condições ideais. O realizar o 3º jogo no dia a seguir revelou-se muito desgastante.

 

Agora vem aí o CPN, primeiro classificado da fase regular. Quais são os maiores perigos deste adversário?

O CPN foi inquestionavelmente a equipa mais regular da 1ª fase. Conhecemos bem adversário que assenta o seu jogo na elevada mobilidade das suas jogadoras e no equilíbrio entre as penetrações e o lançamento exterior.

 

Torna-se quase obrigatório vencer o primeiro jogo, em casa?

Obviamente que iremos procurar vencer o jogo em casa,  mas não o considero decisivo. Nesta eliminatória não existem viagens longas e isso é que eu considero o fator mais pesado na prestação das equipas.

 

A subida de divisão encontra-se a uma eliminatória de distância. Este é um objetivo primordial? Esperava esta caminhada desde o início da temporada?

Colocamos esse objetivo desde o início da época mas não vivemos obcecados com  ele. Queremos competir no escalão máximo que o nosso plantel permita em cada época. Se for Liga é bom sinal, se não for continuaremos a trabalhar. Estamos muito mais centrados no desenvolvimento contínuo e a longo prazo das nossas jovens e aí temos dado passos de gigante para voltar a ter uma formação de excelência que sempre caracterizou o clube. Este ano voltámos a estar presentes na fase final distrital da ABP, no escalão de sub 14, e a competir no  Nacional, algo que já não acontecia há 5 anos. Voltámos igualmente a ter jogadoras a integrar a seleção distrital de sub 14 da ABP. 
Queremos manter esta tendência para no futuro sermos uma referência nacional de formação de atletas que igualmente consegue competir ao mais alto nível sénior.

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26 ABR 2016

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