“Queremos um clube virado para a comunidade”
António José Vieira, coordenador do basquetebol do Stella Maris, fala por ocasião do 50.º aniversário da coletividade
Atletas | FPB | Minibasquete
1 NOV 2021
O Clube Stella Maris, de Peniche, cumpre 50 anos esta segunda-feira, numa data bem especial aproveitada pela FPB para entrevistar o coordenador do basquetebol do emblema, António José Vieira.
Para o dirigente do Stella Maris, o clube encontra-se a recuperar bem da fase pandémica: “Estamos a enquadrar-nos numa realidade nova, pós-pandemia. Julgamos conseguir superar o número de inscritos até 2019. Os nossos seniores voltaram à ação, mas a formação esteve parada durante ano e meio. O nosso maior desígnio é recuperar a confiança dos nossos jovens atletas e dos seus pais, para que retomem ou iniciem a prática da modalidade. Queremos um clube virado para a comunidade, a participação dos pais é um fator decisivo. Não temos seniores femininos, mas isso era algo que já estava determinado”, afirma.
António José Vieira destaca um protocolo desejado pelo emblema oestino: “Temos um plano para apresentar às autarquias de Peniche e da Lourinhã. Já temos atletas da Lourinhã, concelho que faz parte do distrito de Lisboa. Estamos a tentar inverter a tendência dos últimos 10-15 anos. Em vez de ser o clube a ir ao encontro das escolas, criámos condições para que alguns dos nossos colaboradores trabalhem nos agrupamentos escolares, na área da Educação Física. Peniche não tem um recrutamento muito grande, daí querermos alargarmos o nosso minibasquete ao concelho da Lourinhã, os primeiros contactos para o protocolo foram muito agradáveis”, adianta.
Mas António José Vieira também lança o alerta pelas dificuldades logísticas: “Gostaríamos de que houvesse mais clubes em redor, seria ótimo para todos. É importante criar mais condições de competição para os jovens e ter cuidado por causa das deslocações. Em termos logísticos, o Campeonato do Centro carrega muito os clubes. Os nossos jovens chegam a ter deslocações de cerca de 500 quilómetros, contando com a ida e volta, isso pode fazer baixar a motivação. Daí a importância da existência do Stella Maris, Os Pimpões ou Gaeirense. Quando nós podíamos apostar mais a sério nalguns jovens, há a questão dos mesmos irem estudar para fora”, diz.