“Regresso a Portugal? Teria que ser para um clube com um projeto que lutasse por títulos”
Pedro Nuno fala sobre o presente no Al-Manama... sem esquecer o futuro
Competições
21 ABR 2020
Com 48 anos, Pedro Nuno já conta com um currículo recheado enquanto treinador, com títulos em Portugal, México, Canadá e Argélia. Atualmente ao serviço do Al-Manama Club, o técnico fala também do seu futuro.
Chegou, viu e venceu. Assim se pode falar da chegada de Pedro Nuno ao Médio Oriente, para orientar o Al-Manama, e é o próprio quem admite o grande sucesso obtido: “Teria sido impossível pedir melhor nos primeiros meses. Ganhámos a Taça Presidente, somámos 11 vitórias em outros tantos jogos da fase regular da liga, e por isso terminámos na liderança, e já garantimos um lugar nas meias-finais do playoff”, recorda.
A situação no Bahrein não foge à regra, e por isso as competições encontram-se paradas: “Ainda não há certeza quanto ao retomar da competição no Bahrein, mas a ideia é terminar esta temporada. Estou à espera de novidades por parte do clube”, afirma. O treinador luso está em Portugal há cerca de um mês e diz-se “em contacto com vários jogadores e dirigentes do Al-Manama”, ao mesmo tempo que recebe vários vídeos de treino parte dos atletas.
O “bichinho” pelo basquetebol, numa altura como esta, é grande, mas há valores que falam mais alto: “Gostaria imenso que o basquetebol voltasse a médio-prazo, mas a saúde está primeiro. Seria ótimo que todas as modalidades regressassem, mas temos de perceber que vivemos uma época diferente”, realça.
E quanto ao seu futuro? Pedro Nuno não esconde que pretende mais para a sua carreira: “Quero continuar a progredir na minha carreira, e por isso a Europa é sempre uma prioridade. Países como Espanha e Itália são muito estimulantes, sem esquecer o Japão. Já na China as portas estão praticamente fechadas. O trabalho do treinador português ainda é pouco conhecido no estrangeiro”, deixa a nota.
Relativamente ao basquetebol nacional, o técnico que ganhou a Taça de Portugal em 2018, pelo Illiabum Clube, mostra-se disponível para determinados projetos: “Regresso a Portugal? Não é a minha prioridade, mas claro que não está posto de posto de parte. A voltar teria que ser para um clube com um projeto ambicioso, em que se lutasse por títulos e com participação nas competições europeias”, vinca.