Ricardo Vasconcelos: “Enorme orgulho”

Na sequência da atribuição do mais alto galardão da FIBA pelo trabalho realizado pelo desenvolvimento do basquetebol feminino jovem, o selecionador nacional mostra a sua satisfação pelo reconhecimento, mas sublinha que a distinção também é sinónimo de aumento da responsabilidade.

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11 MAI 2017

Em declarações exclusivas ao site da FPB, Ricardo Vasconcelos quer “prolongar este momento de forma”.

O que representa para si, enquanto selecionador sénior, ver reconhecido pela FIBA o trabalho feito no desenvolvimento do basquetebol feminino jovem em Portugal?
Enquanto cidadão português sinto um enorme orgulho no reconhecimento de tudo o que é feito dentro de portas e valorizado lá fora. Como treinador sinto uma enorme felicidade por ter contribuído com uma gota para este resultado/momento de reconhecimento internacional, provando que se pode mais e que também cá, em Portugal, há muita qualidade. Para mim, Selecionador, representa responsabilidade. Responsabilidade para encontrar fórmulas que mantenham o nível, não baixe, pois na vida muito mais do que chegar ao topo o que custa é manter esse o patamar. É fundamental criar estrutura e medidas que nos permitam prolongar este momento de forma a que um dia deixe de ser um momento e se torne uma certeza.
 
Quais são os próximos passos a tomar para que este reconhecimento possa ter um reflexo na equipa sénior nacional?
Uma ou duas boas gerações de formação, com os nossos níveis de profissionalização, não chegam para garantir um grande nível de sénior, seja no clube seja na seleção. Em primeiro lugar, precisamos de formar com excelência, de forma regular, para aumentar a base da pirâmide de qualidade. Em seguida, aumentar os níveis de profissionalismo da nossa liga. A ideia de carreira é decisivo no prolongamento dos anos de vida dedicados ao basquetebol e só assim poderemos resistir aos quatro anos que as nossas jovens de qualidade passam nos EUA e nos quais não podem jogar nos apuramentos da seleção nacional. Por fim, aumentar as janelas de trabalho e quantidade de jogos de treino com seleções nacionais seniores de outros países, pois só assim conseguimos qualificar e quantificar o processo, de outra forma quando nos medimos é  sempre a valer, ou seja, todas as ilações retiradas não servem para esse apuramento, já só para o próximo. E, para termos uma ideia, a Seleção Nacional Sénior não faz um jogo de treino desde 2014. Por outras palavras, é necessário qualidade, avaliação e investimento.
 
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11 MAI 2017

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