Ricardo Vasconcelos: “Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar, é fundamental sermos maduros nos momentos chaves de cada jogo”

Os jogos de qualificação para o EuroBasket 2025 estão marcados para 7 e 10 de novembro

Seleções

31 OUT 2024

A Seleção Nacional de Seniores Femininos está em contagem decrescente para os jogos de qualificação do EuroBasket de 2025!

Marcados para dias 7 e 10 de novembro, as portuguesas têm dois importantes confrontos fora frente à Sérvia e à Macedónia do Norte, respetivamente.

Após lançar a lista das 14 atletas convocadas para estas partidas, o Selecionador Nacional, Ricardo Vasconcelos, falou com a FPB e fez a sua antevisão à jornada que se aproxima.

Depois de duas grandes vitórias frente à Macedónia do Norte em casa, em Matosinhos, e em seguida fora contra a seleção ucraniana, como é que vêm o primeiro confronto com a Sérvia, fora de portas, que está atualmente em primeiro lugar no grupo?

Sabemos que a Sérvia é uma das melhores equipas da Europa. Elas foram campeãs europeias em 2015 e 2021. Estamos, portanto, a falar de uma seleção com muitos recursos, que joga a uma intensidade, sobretudo defensiva, muito acima da média. Vai tentar controlar o ritmo do jogo e contrariar todas as nossas primeiras ações ofensivas.
É fundamental controlarmos o ritmo do jogo e aguentarmos o primeiro embate, ainda por cima jogando fora de casa.

Acredita que este curto tempo de descanso, onde as atletas saem dos respetivos campeonatos e seguem de viagem para esta segunda janela, terá alguma influência na disponibilidade física das mesmas?

O formato “janelas” e descanso são duas ideias que nunca vão juntas. As jogadoras chegam cansadas, muitas vezes com pequenas lesões, depois de jogar no fim de semana, e têm apenas três dias para recordar ideias, três outros para viajar e dois a jogar. Tudo isto numa semana. Não há tempo para muito mais, não há espaço para muitos treinos, tudo tem de ser na dose adequada. É fundamental entregar o jogo às jogadoras, seguindo um fio ideológico, onde as decisões das jogadoras ganham uma importância fundamental, pois os mecanismos não são possíveis de criar em dois dias.

Qual é o pensamento chave com que se deparam na segunda janela de qualificação para o grande Campeonato da Europa de 2025?

É importante que os níveis de exigência e concentração estejam no topo. Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar, é fundamental sermos maduros nos momentos chaves de cada jogo.

Depois de um estágio de verão onde a equipa portuguesa defrontou uma das maiores potências do basquetebol feminino – a seleção do Canadá -, sente que estão mais predispostos e preparados para os jogos que se avizinham?

A FPB proporcionou-nos a possibilidade de jogar contra quatro equipas, três das quais estiveram presentes nos Jogos Olímpicos. Foi a primeira vez que participámos num torneio desde 2010. Isso deu-nos a possibilidade de enfrentar e resolver problemáticas diferentes de um dia para o outro. Foi realmente um verão com excelentes condições para crescer como equipa e ganhar hábitos fundamentais para as dificuldades que se aproximam.

Acredita que a experiência ganha pelas atletas que jogam no estrangeiro pode ter alguma influência nestes jogos internacionais?

As jogadoras da Seleção Nacional tem de buscar o maior e mais adequado desafio possível para gerir as suas carreiras desportivas. Todas as que estejam em competições de equilíbrio, com papéis importantes nas suas equipas, jogando a nível internacional ou nacional, buscando evoluir e melhorar todo os dias, estão no caminho de serem uma ajuda para a SN.