Rui Gomes: «Não somos um adversário fácil»
A equipa foi penalizada em alguns momentos da época por lesões que afetaram o rendimento coletivo, mas o treinador tem esperança que o Guifões consiga apurar-se para o playoff da Proliga.
Competições | Treinadores
8 MAR 2012
Por isso, o próximo encontro, com o Eléctrico, assume importância primordial e Rui Gomes já definiu os pontos que os seus pupilos precisam apurar neste jogo…
Se lhe pedisse para fazer um balanço do campeonato realizado até esta data pelo Guifões, como o descreveria?No início do ano todos na equipa sentimos que, apesar de termos um dos orçamentos mais baixos da Proliga, iríamos competir com todas as equipas. Começámos a época bem, com duas vitórias e o apuramento para a 2ª fase do Torneio António Pratas, nessa fase sentimos que para nos ganharem era preciso lutar muito e, apesar de alguns problemas de lesões, umas mais graves, dois jogadores provavelmente não voltam a jogar esta época, outras menos graves, que nos retiraram alguma capacidade, mostrámos que poderíamos incomodar qualquer adversário. O surgimento de outros pequenos problemas, típicos de uma equipa sem jogadores profissionais, o aparecimento de mais algumas lesões, que provocaram ainda mais ausências num grande conjunto de jogos, levou a que surgissem mais algumas derrotas que nos trouxeram à posição em que estamos hoje. No entanto temos conseguido competir na maior partes dos jogos e podemos afirmar que não somos um adversário fácil para ninguém. Já vencemos até agora pelo menos uma vez seis das equipas que participam na prova, Maia e Desp. Póvoa, para o António Pratas; Gaeirense, Física, Eléctrico e Sangalhos, na fase regular da Proliga. Sentimos que apesar de todas as vicissitudes que atravessámos, poderíamos ter vencido mais dois ou três jogos. Em suma, esperávamos um pouco mais, em virtude das sensações que a equipa transmitia no início, mas sabemos que ainda podemos atingir um patamar acima. Acha que a derrota sofrida em casa frente ao CD Póvoa, durante a primeira volta, marcou negativamente a equipa?Foi um jogo em que não estivemos bem, no entanto, não sinto que exista uma marca negativa a partir daí. Apesar de os últimos resultados não serem os esperados, o Guifões tem estado ao seu melhor nível?Não. Não temos estado consistentemente ao nível que todos achámos que podemos atingir. Desde o jogo com o AngraBasket, no qual voltamos a apresentar-nos a um bom nível, temos feito jogos de altos e baixos. Com a exceção do jogo em Algés, em que não conseguimos superar-nos, algo que tem de estar sempre na nossa mente, temos tido bons momentos, mas intercalados com outros menos bons.Todos temos conseguido, em determinados momentos, estar a um excelente nível, mas não temos tido a consistência para manter esse nível de excelência durante os quarenta minutos dos diferentes jogos. Concorda que o próximo jogo frente ao Eléctrico, obviamente que serão todos até ao final da fase regular, é do tudo ao nada para continuar a sonhar com o playoff?Obviamente que sim e obviamente que daremos tudo para continuar a perseguir esse apuramento, a que todos aspirávamos desde o início da época. Onde a equipa terá que melhorar caso queira vencer na próxima jornada?Consistência no trabalho diário e posse de bola. Não cometer erros infantis, melhorar os níveis de concentração em todos os momentos, focar-se no que há a fazer no momento, em vez de estarmos a pensar na(s) posse(s) de bola anterior(es). Basicamente temos de cometer menos erros, defensivos e ofensivos, não forçados.Defensivamente temos de ser mais intensos e disciplinados, não dando cesto fáceis ao adversário, ofensivamente, temos de ser mais disciplinados, sem bola, para, dessa forma, permitirmos, que quem tem a bola seja ainda mais criativo.Acreditar piamente na nossa capacidade.Temos todos de dar um passo em frente, aumentando os níveis de superação, física e mental, procurar mostrar dentro do campo, a vontade que efetivamente todos dizemos que temos, de ir ao playoff.Por último, continuar a demonstrar o carácter, que nos permitiu, lutar contra todas as adversidades surgidas ao longo desta época, em que apesar de tudo, chegamos a este momento com a possibilidade de estarmos entre os melhores.