Segurar a liderança

Após duas jornadas disputadas, o União Sportiva continua invicto no Grupo H da Eurocup feminina, razão pela qual lidera isolado.

Competições
10 NOV 2015

O sonho de chegar à fase seguinte está cada vez mais próximo de se tornar realidade e uma vitória no próximo jogo seria um passo de gigante nesse sentido. O fator surpresa já não existe, obviamente que as campeãs nacionais já conquistaram o respeito das adversárias, pelo que mais do que nunca o conjunto de S. Miguel tem de tirar partido do fator casa. Vencer o Belfius Namur Capitale na próxima quarta-feira é um desafio enorme, mas as açorianas já provaram que têm potencial para competirem a este nível, bastará que se superem como  fizeram até agora, e sejam capazes de lidar com a pressão do facto de estarem muito perto de um enorme feito.

 

Depois de uma derrota na jornada inaugural, em França, frente ao Angers (84-88), o Namur venceu na última ronda, em casa, o Unior Gyor por 80-74. Pelos resultados que registou até agora percebe-se que é uma equipa que faz pontos com facilidade, sinal de potencial ofensivo, onde o jogo exterior se destaca. Tem quase 52% da linha de três pontos. Mas não sendo um grupo com uma média de alturas elevada, será interessante ver como o Sportiva se encaixará numa equipa que, em teria, se aproxima mais no estilo de jogo das portuguesas. As belgas também sofrem muitos pontos (81 pontos de média), e revelam problemas no capitulo do ressalto.

 

Resta às campeãs nacionais serem fortes na defesa do 1×1, ter atenção às atiradoras belgas, continuar a selecionar muito bem os lançamentos, se possível manter a excelente média de lançamentos de 2 pontos (56.2%), algo que a acontecer contribuirá para uma boa recuperação defensiva. Controlar a tabela defensiva será outro aspeto fundamental, até porque tal potencia contra-ataques e transições rápidas, momentos do jogo em que se conseguem mais cestos fáceis e com maior eficácia.

 

A internacional ucraniana Inga Orekhova é a grande estrela da equipa belga, assumindo-se como a principal referencia ofensiva do Namur, 19.5 pontos de média, embora seja igualmente uma ajuda na luta das tabelas (4.5 ressaltos). Orekhova formou-se em USF, onde joga atualmente Laura Ferreira, e foi uma das 20 atletas que atingiu a marca dos 1000 pontos (1017), registou 218 triplos, ficou a 3 do máximo da universidade, além de ter conseguido a melhor percentagem de lançamento de dois pontos numa temporada (65/73 – 89%). Estamos em presença de uma jogadora que neste verão voltou a fazer parte do plantel de uma equipa da WNBA, as Connecticut Sun, embora tenha participado em apenas 4 jogos da equipa.

 

A internacional Astou Traore é outra das figuras da equipa belga, média de 14 pontos e 5 ressaltos nos dois jogos até agora disputados, já que estamos em presença de uma atleta com experiência de Campeonatos Africanos, é a melhor marcadora da competição com 533 pontos, e Campeonatos do Mundo (9.4 pontos e 3.8 pontos) e com números muito interessantes. Depois de uma passagem por Espanha, Traore mudou-se para França e representou nas duas últimas temporadas o Saint-Amand, da 2ª divisão, e na última temporada foi a 7ª jogadora mais valorizada da competição com médias de 16.6 pontos, 7 ressaltos e 2 assistências.

 

Emmanuela Mayombo é mais uma jogadora internacional, que acrescenta qualidade, soluções e experiência ao jogo exterior do Belfius Namur Capitale. Fez parte da seleção belga que disputou o acesso ao Eurobasket 2015 (4,4 pontos), a que soma várias participações na Eurocup. Nas duas primeiras rondas já mostrou que é uma temível atiradora de 3 pontos (3/5 – 60%), e uma arma ofensiva das belgas com 13.5 pontos de média, a que junta 5.5 ressaltos.

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10 NOV 2015

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