«Seleção tem vindo a crescer»

No próximo dia 21 de novembro a Seleção inicia a corrida pela presença no Campeonato da Europa na Eslováquia, um apuramento que não se prevê que seja fácil, mas que também não é impossível.

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16 NOV 2015

O selecionador nacional analisa nesta entrevista os adversários e as expetativas da equipa.

 

Tendo em conta o número reduzido de treinos que Ricardo Vasconcelos dispõe antes de iniciar a competição, o técnico prefere solidificar algumas ideias-chave, que no fundo serão a base tática da equipa em todos os momentos do jogo. “O trabalho a realizar num tão curto espaço de tempo prende-se com a ideia de formar uma equipa, um grupo coeso, de dois ou três conceitos muito claros quer do ponto de vista ofensivo quer defensivo.”

 

Nesta primeira janela de competição, Portugal vai defrontar, em teoria, na jornada inaugural a seleção mais forte do grupo, para depois receber um adversário que costuma colocar problemas de estatura e peso. “Só o primeiro classificado de cada grupo consegue de certeza apuramento direto. Os melhores 6 segundos classificados também irão marcar presença no próximo Europeu. No nosso grupo, a Eslováquia parte como favorita e a Hungria tem um poderio físico que normalmente nos coloca muitas dificuldades.”

 

Falando mais concretamente do jogo de estreia da equipa portuguesa nesta fase de qualificação, Ricardo Vasconcelos serve-se do scouting aquilo que a seleção eslovaca tão bem fez durante o último Eurobasket. “O nosso primeiro adversário e a Eslováquia cabeça de série do nosso grupo, que fez um excelente europeu conseguindo um 9º lugar. Pouco mais sabemos neste momento deles para lá do apresentado nessa mesma competição, mas temos claro a quanto será difícil o jogo fora.”

 

No entanto, o selecionador prefere focar-se na sua equipa, onde o objetivo claro é dar passos na sua crescente evolução, fazendo com que se aproxime cada vez mais das melhores seleções europeias. “Mas a Seleção Nacional tem vindo a crescer e a ser cada vez mais competitiva em todos os últimos apuramentos. A nossa jovem equipa vai espreitar todas as possibilidades de se meter entre estas duas potências do basquetebol feminino.”

 

A calendarização da fase de apuramento mudou radicalmente, e Vasconcelos não tem dúvidas que privilegia, por vários fatores combinados, as seleções mais credenciadas, bem como retira a possibilidade de as mais fracas se poderem preparar melhor de modo a serem capazes a disfarçar fraquezas inultrapassáveis. “A forma de disputa da atual competição é ótima para as grande potências onde o basquetebol feminino e profissional e onde as médias de idade e experiência das jogadoras é alta! O menor tempo de treino dificulta a possibilidade de montar estratégias tácticas que contrariem as equipas mais apetrechadas de soluções individuais. O facto de seremos uma seleção jovem ainda nos impossibilita a utilização das atletas que estudam nos EUA e em contrapartida as grande potências podem utilizar as suas jogadoras WNBA pois está parada nesta altura do ano.”

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16 NOV 2015

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