Sem vencedor à vista

Quis o destino que as duas primeiras classificadas da 1ª volta do campeonato da Proliga, respectivamente o CBP/Sentir Penafiel e Lusitânia, se encontrassem na segunda meia-final, de sábado, às 18 horas, da Taça da Proliga. Depois de um ano de afastamento da modalidade, os insulares regressam à competição com uma equipa fortemente reforçada, que na opinião do seu técnico, Luís Brasil, tem condições para vencer esta competição. Mas a grande sensação da época é o Penafiel que, vindo directamente da CNB2, conseguiu persuadir, e aqui o mérito é inteiramente do seu presidente da secção, Sérgio Rodrigues, o consagrado técnico Valentyn Melnychuk para gerir o grupo de trabalho, sendo que os resultados estão à vista de todos. Ainda bem para a modalidade e para a ilha Terceira que o Lusitânia voltou ao panorama do basquetebol com energias renovadas para atingir o mais alto nível no menor curto espaço de tempo possível. O novo técnico açoriano, Luís Brasil, ao apostar em jogadores categorizados, alguns deles com experiência de Liga, começa a colher os frutos da forte aposta feita pelo clube para voltar a contar com uma equipa competitiva. “O balanço da época até à data é muito positivo, estamos com vários jogadores lesionados, mas continuamos bem na classificação.“ Apesar de contar no seu plantel com alguns dos nomes mais sonantes do campeonato da Proliga, o treinador insular atribui maior favoritismo aos penafidelenses, embora não negue que pensa em ”ganhar”, talvez em parte motivado pelas lesões que afectam o grupo de trabalho açoriano. “Julgo que irá ser uma meia-final bem disputada, com vantagem para o Penafiel devido à profundidade do seu plantel.” É reconhecido por todos aqueles integram o plantel do Penafiel, que o presidente da direcção, Sérgio Rodrigues de seu nome, é o grande obreiro do projecto de basquetebol em Penafiel. Felizmente para ele, e porque não dizer todos os penafidelenses, o seu esforço tem sido recompensado. “Não obstante todas as dificuldades experimentadas, fruto da inexperiência que advém de uma estreia nestes patamares, o balanço é francamente positivo, fantástico mesmo. O objectivo traçado pela direcção para esta época, a manutenção, está praticamente alcançado, contudo, o crescimento, a maturidade que a equipa tem vindo a desenvolver, fruto de um trabalho diário e intenso por parte de todos os envolvidos, com um respeito e reconhecimento emergente entre todos os elementos da equipa, obrigam-nos inconscientemente a sonhar e a querermos ser cada vez melhores, mais exigentes connosco, com o grupo e com o clube.” A presença numa meia-final da Taça da Federação da Proliga seria impensável no inicio do campeonato, mas passados alguns meses o presidente da direcção já acredita que com o trabalho do técnico que tanto respeita é possível superar a difícil equipa do Lusitânia. “Esperamos um jogo muito difícil, frente a um adversário experiente, em que os índices de concentração terão que superar a emotividade própria de um jogo a eliminar se quisermos de facto tentar levar de vencida a forte formação do Lusitânia, que apresenta, para mim, um dos planteis mais fortes da Proliga. O facto de termos conseguido vencer o Lusitânia na deslocação aos Açores, aquando da 8ª jornada, não nos atribui em nada o favoritismo da partida, visto sermos uma equipa em formação e sermos novos nestas andanças. A nosso favor, contamos com um forte espírito de equipa e entreajuda, mas acima de tudo de muito trabalho, liderado por um senhor, que dispensa apresentações e que nos tem levado a alimentar um sonho.” O trabalho sempre foi o lema do técnico Valentyn Melnychuk, que contagia tudo e todos, segundo Sérgio Rodrigues, com o seu desejo de vencer. “O nosso objectivo é exactamente o mesmo com que encaramos os jogos do campeonato: Trabalhar, trabalhar muito, para vencer! É impossível fazer parte de uma equipa liderada por Valentyn Melnychuck, que foi de facto a melhor aposta da direcção que lidero na partida para esta odisseia, não adquirir um espírito ambicioso e ganhador. Assim vamos concentrar-nos, trabalhar muito, com um forte espírito colectivo e como diz o meu treinador: “de coração quente mas com a cabeça fria”, tentar alcançar a final e trazer para Penafiel este Troféu que seria uma grande e merecida alegria para este grupo de trabalho, para esta direcção e para este clube!”