Série Açores – Feminino A minha leitura!

Associações
9 MAI 2006

Esta foi a nossa quarta época consecutiva de participação na tão badalada e questionada Série Açores da 2ª Divisão Feminina de Basquetebol (XXXVII Campeonato Nacional), um torneio fechado com a participação de quatro equipas, todos contra todos em jornadas duplas. Este ano desportivo, 2005/2006, contou com a presença do Fayal Sport, Operário, Marienses e TAC. No que se refere à equipa do Fayal Sport, é a mesma equipa base dos últimos quatro anos, com uma ou outra jogadora nova mas que não mudaram em nada o fio condutor e as ideias desta equipa. Para mim este ano foi a equipa que mais me decepcionou porque já foi várias vezes campeã dos Açores e este ano mostrou um fraco rendimento competitivo. É uma equipa onde a média das idades começa a ter algum peso no rendimento colectivo do grupo, bem como a motivação que me pareceu pouco presente. Quanto ao Operário, foi de todas as equipas a que mais me surpreendeu positivamente porque conseguiu reunir um colectivo bastante jovem, com algumas jogadoras mais experientes que deram algum equilíbrio e estabilidade à equipa. Tudo isto e aliado ao facto de terem algumas jogadoras de estatura mais alta, favoreceu-lhes bastante a sua performance desportiva permitindo-lhes a permanência na Série Açores do próximo ano. Relativamente à equipa dos Marienses, uma vez que saíram duas jogadoras influentes do seu cinco base principal, a equipa ficou bastante condicionada e debilitada no que se refere ao rendimento global. Em termos de estatura, penso que é de salientar o facto da equipa ser relativamente baixa, o que poderá também ter contribuído para aumentar as suas dificuldades em obter resultados que levassem à permanência na Série Açores. Foi um campeonato em que o nível de competição apresentado pelas equipas do Fayal Sport, Operário e Marienses foi bastante igual com a excepção da equipa do TAC que em doze jogos obteve outras tantas vitórias, e em quarenta e oito períodos (tempos de jogo) só perdeu três, o que prova efectivamente a superioridade competitiva em relação às restantes equipas participantes nesta prova. Em termos globais e tendo em conta a nossa participação, o nível do basquetebol praticado na Série Açores pode-se dizer que foi relativamente fraco, embora eu penso que todas as equipas trabalharam de uma forma coerente e aplicada dentro das suas possibilidades que infelizmente nem sempre são as mais desejáveis. Gostaria de referir que seria benéfico, para a qualidade geral do basquetebol a apresentar pelas equipas participantes na Série Açores, uma maior abertura em termos de legislação permitindo apoios (de acordo com contratos programa de desenvolvimento desportivo de cada clube) que facilitassem o reforço das equipas com atletas mais credenciados o que, na minha opinião, permitiria uma maior e melhor projecção do basquetebol feminino regional ao nível do nacional.

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9 MAI 2006

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