Sofia da Silva: “Era um desporto que me fazia feliz e que, pouco a pouco, converteu-se numa paixão”
Portugal enfrenta a Ucrânia dia 6 de fevereiro
Seleção Nacional Feminina
4 FEV 2025
A FPB esteve à conversa com a capitã das Linces, que já se encontram em Coimbra em preparação para a última janela de qualificação do Women’s EuroBasket de 2025. Nos dias 6 e 9 de fevereiro a equipa das quinas entra em ação frente à Ucrânia e à Sérvia, respetivamente.
“Uma honra” é o que significa para Sofia da Silva, representar a Seleção Nacional num momento tão importante como este, justamente onde tudo começou para a atleta.
Jogar a última janela em casa e com a possibilidade de fazer história aumenta o peso da responsabilidade ou torna o momento mais especial?
Penso que o peso aumentaria mais se fosse terminar no estrangeiro, uma vez que a tendência tem sido essa e nem sempre obtivemos os resultados e sensações que gostaríamos.
Contudo, o facto de não ter que viajar, adaptarmo-nos a pequenos fusos horários, a alimentação, o idioma, o clima… Tudo isso ajuda a não perder o foco e esses pequenos, mas importantes fatores, são cruciais a curto espaço de tempo.
Qual seria o significado pessoal em conquistar a qualificação histórica jogada, ainda por cima, na tua cidade natal?
Seria um objetivo cumprido de 14 anos, não só meu, mas de todas as pessoas que fizeram e fazem parte da minha caminhada pela Seleção. Quando comecei a jogar basquete, não tinha aspirações desportivamente falando, simplesmente era um desporto que me fazia feliz e que, pouco a pouco, converteu-se numa paixão.
Sinto-me afortunada que seja Coimbra a acolher esta última janela, num pavilhão em que pude jogar com as minhas colegas da Associação Académica de Coimbra quando era cadete e júnior, e pelos Olivais F.C na minha etapa de sénior.
Como é gerir as emoções em jogos tão importantes como estes?
Acho que devemos encarar estes momentos com serenidade, paciência, mas sempre a desfrutar do momento.
O equilíbrio emocional trabalha-se durante a época no clube, e nas vivências diárias. Ninguém se transforma, da noite para o dia, em algo para o qual não trabalhou. As emoções devem ser reconhecidas, aceites e colocadas no seu devido lugar.
O que não soma, subtrai.
Sentes que, para estes últimos dois jogos, há alguma jogadora ou característica específica das outras equipas que, na tua opinião, exige maior atenção ou preparação?
Sim e não. O mais importante nesta janela será o cômputo geral de cada equipa. Cada uma das seleções com quem jogamos tem jogadoras com muita bagagem e experiência internacional, claro que se tornam melhores num todo.
Nós, Portugal, temos que potencializar as nossas virtudes e “maquilhar” as nossas fragilidades.
Que mensagem que queres deixar aos fãs que vão acompanhar estes jogos, tanto em casa como no pavilhão?
Que animem tanto como os fãs da equipa de Euroliga masculina (Partizan Belgrado), esse tipo de ambiente (podem procurar vídeos no YouTube 😉).
Venham e desfrutem de um momento que pode ser histórico para o Desporto em Portugal.
Por fim, e depois de mais de 120 internacionalizações, o que dirias às jovens atletas que sonham em chegar onde tu estás hoje?
Que não deixem de trabalhar, mesmo que tenham imenso talento. Rodeiem-se de quem realmente vos quer ver crescer, tanto a nível pessoal como profissional.
E por último, diria que desfrutem do processo, dos dias bons e menos bons, neles encontrarão a fortaleza mental que necessitam.
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