«Somos aquilo que treinamos»

Sara juntou-se à AD Vagos ainda na idade de Sub-19. Foi ainda com 16 anos a jogadora mais jovem do País a competir numa Prova Europeia de Clubes (EuroCup), em França, contra a equipa do Mondeville.

Atletas | Competições
5 OUT 2015

Desde aí a jogadora que iniciou a sua formação no CP Esgueira foi Campeã Nacional de Sub-19, e Campeã da Liga Feminina, estando também na conquista de vários troféus, como Taças Vítor Hugo, Supertaça e Taça de Portugal.

 

A formação de Vagos não conseguiu passar a fase de grupos da Taça Vítor Hugo e tem até ao momento um saldo negativo em jogos oficiais já disputados esta temporada. Nada que seja motivo para alarme, até porque a atleta encara o futuro com otimismo, basta que haja mais tempo para trabalhar. “Os resultados não tem sido os esperados mas temos de nos manter sempre com expetativas positivas. O desempenho da equipa vai melhorar ao longo da época, precisamos de tempo para assimilar os novos processos e adaptarmo-nos à nova forma de jogar que, sem estrangeiras, terá de ser obrigatoriamente diferente.”

 

Sara está convicta que a AD Vagos vai crescer ao longo da temporada, mas isso requer tempo, a integração dos reforços, bem como adquirir as habituais rotinas da equipa. “Tenho a certeza que vamos ser melhores do que somos hoje. Precisamos trabalhar afincadamente nas ideologias que o treinador nos transmite ao longo da semana, ajudar as novas colegas a identificarem-se com algumas das caraterísticas que já vinham da época transata e consolidar tudo isto num objetivo comum.”

 

Individualmente as coisas têm corrido bastante bem à jogadora vaguense, que nos três jogos oficiais tem média de quase 17 pontos marcados. Sara prefere o êxito coletivo, embora saiba que se continuar a treinar com afinco o seu desempenho irá, necessariamente, beneficiar a equipa. “Acredito que a confiança é um fator chave para o sucesso de qualquer jogador mas se não houver trabalho durante a semana, em momentos críticos e importantes, o passe X não vai entrar, o drible por baixo das pernas vai ficar no pé. Somos aquilo que treinamos. A minha mentalidade mudou e quero manter-me constante para ajudar a equipa a ter sucesso, porque não vale de nada destacar-me individualmente se depois a equipa não atinge os objetivos traçados.”

 

O facto de atuarem só com portuguesas obrigará que as vaguenses joguem sempre em superação, se bem que Sara Ressureição questione o número de estrangeiras permitidas na LFB. “No meu entender as estrangeiras criam bastantes desequilíbrios e trazem maior qualidade ao nível basquetebolístico em Portugal. Mas daí a ser permitido aos clubes incluírem uma comunitária aos planteis, para além das duas estrangeiras, não posso concordar. Em que perspetiva é que isto defende a jogadora portuguesa que tanto tem dignificado o país além fronteiras?

 

O nosso estilo de jogo vai ser diferente, a nossa mentalidade e capacidade de sacrifico vão ser elevadas ao extremo, mas somos um grupo ambicioso!”

 

A equipa começam este fim de semana a fase regular com uma jornada dupla em Lisboa. Nesta fase da temporada o desconhecimento dos adversários é normal, até porque os planteis ainda não estão definidos. “Sou sincera, não tenho acompanhado as equipas da Liga Feminina, estou focada na minha equipa e nas estratégias que estamos a montar para o fim-de-semana.”

 

No sábado, às 18.15 horas, o Vagos defronta a Quinta dos Lombos, e no dia seguinte, pelas 17.15 horas, será a vez de medir forças com o SL Benfica. “Aquilo que posso dizer é que nos vamos transcender, lutar sem medos para conseguir o respeito do adversário. Com estrangeiras ou sem estrangeiras querer vencer faz parte do ADN do clube.”

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5 OUT 2015

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