Sónia Costa: “O Basquetebol é um estilo de vida”

Jogou nas terras do Ribatejo e veio para Trás-os-Montes licenciar-se em Educação Física e Desporto.

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12 OUT 2010

Aqui, criou amizades e praticou a sua profissão sem nunca se desligar da sua paixão. Passou por clubes como o Basket Clube Vila Real e o Clube Juvenil Boa Viagem (Ilha Terceira – Açores).

Olá Sónia, antes de começarmos parabéns pela tua nova função na Associação de Basquetebol de Bragança e que tenhas muito sucesso.Conta-nos o teu percurso desportivo, como jogadora e como treinadora.Iniciei a minha aventura no desporto escolar (E. Básica Pêro de Alenquer) por incentivo do meu professor de educação física, José Couto. Mais tarde foi criada uma secção de basquetebol na Associação Desportiva do Carregado onde ingressei. Depois passei pelo Clube de Jovens Alves Redol e CTM Vila Pouca de Aguiar e assim se passaram 15 anos fantásticos. Como treinadora tudo começou com um convite do professor Nuno Leite. Na altura estava no meu 3º ano de universidade e ele lançou-me o desafiou de treinar uma equipa de minibasquete no Basket Clube de Vila Real (BCVR) e bem acho que gostei mesmo da experiência pois nunca mais parei. Um muito obrigado pelos votos de confiança ao professor Nuno Leite e ao José Leonardo, na altura presidente do BCVR. De uma forma sumária como treinadora passei pelo BCVR (minis, iniciados (masculinos e femininos) e cadetes femininos), AB Vila Real selecção minis, selecção iniciados masculinos), CJ Boa Viagem (minis) e AB Ilha Terceira (selecção minis femininos).Quais são os teus objectivos no basquetebol?Os meus principais objectivos são tentar ao máximo ajudar a criar “aquele bichinho” os jovens, ou seja, o gosto pelo basquetebol e poder contribuir de alguma forma para o melhoramento do basquetebol (competições/prática) quer a nível local quer a nível nacional. Também através do basquetebol espero poder contribuir para o desenvolvimento pessoal dos jogadores.Como vês o Basquetebol? O que achas que mudou e melhorou desde que deixaste de praticar?Para mim o basquetebol é uma diversão e um gosto. Ir para o treino era um escape, era algo positivo e bom, posso mesmo dizer que no momento em que ir para o treino passou a ser um compromisso/obrigação deixei de jogar. Quando passei para o papel de treinadora tentei criar sempre esse momento de prazer nos meus jogadores. Através do basquetebol tentei e tento incutir aos jogadores um momento de diversão bem como de crescimento pessoal e desportivo.Desde que deixei de jogar penso que o que melhorou foi o aumento do número de praticantes nos escalões de formação e o número de actividades que se proporciona aos jogadores. Diz-nos aspectos positivos e negativos na tua vida basquetebolística.Aspectos positivos sem dúvida o convívio e o contacto com outros jogadoras e treinadores. As competições e os encontros de rua nos vários torneios, havia sempre bastante competitividade no entanto qb, posso mesmo dizer que era uma competitividade e agressividade positiva. Em relação aos negativos só mesmo a falta de fair-play que se tem verificado nos últimos tempos. Por vezes e mais nos meios pequenos existe uma grande rivalidade entre treinadores/clubes que muitas vezes são transmitidas aos jogadores.RetrospectivaQuem és? Fala-nos do teu lado desconhecido.Lado desconhecido? Ah, ah, ah!!! Sinceramente acho que sou um livro aberto. Como todos sabem sou uma pessoa simples mas com convicções fortes e não gosto muito de desistir. Quando entro em alguma coisa é para ir até ao fim tento dar sempre tudo e o meu melhor. Este princípio aplica-se tanto na minha vida pessoal como profissional.Como ocupas os teus tempos livres. Quais os teus hobbies?Nos últimos anos felizmente não tenho tido muito tempo livre. Mas sempre que tenho algum tempo livre esse é para realizar pesquisas no âmbito desportivo e se possível no basquetebol e para descansar é claro.Nova EtapaFoste recentemente convidada para ser a Directora Técnica da A.B. Bragança. Como surgiu o convite?Estava a preparar mais uma viagem para Torre de Moncorvo, local onde trabalho, quando surgiu o telefonema do António Costa, presidente da Associação. O meu nome surgiu por intermédio o professor Marco Oliveira, DTR Vila Real. Depois de analisadas as possibilidades o perfil desejado pela nova direcção da AB Bragança foi o meu e assim surgiu mais este desafio na minha vida.Quais são os objectivos da Associação a curto e longo prazo?O principal objectivo da associação e consolidar as relações com os clubes existente e angariar novos clubes. Numa primeira fase estamos a ajudar os clubes já filiados a dar uma maior importância ao minibásquete. Estamos também já a entrar em contacto com alguns clubes e câmaras no intuito de criar novas secções de basquetebol, ou seja, estamos a tentar criar novos grupo de minibásquete. Uma das grandes preocupações desta nova direcção é criar uma boa base de sustentação, como se diz na gíria construir uma casa pelos alicerces, ou pela base. Desta forma queremos a longo prazo ter um maior número de clubes filiados e atletas inscritos bem como uma boa prática desportiva.No Minibásquete, o que pretendem fazer para aumentar o número de praticantes e de torneios?Como já referi anteriormente nesta primeira fase estamos a realizar uma intervenção um pouco agressiva. Estamos a entrar em contacto antigos clubes filiados e câmaras no intuito de criar novos grupos de minibasquete. Neste momento apenas temos um clube com minibasquete. Para dinamizar este aumento de atletas de clubes para além da nossa presença em campo estamos a planear campos de férias e intervir em campo de férias já realizados através das câmaras municipais.Sabemos que participaste no IV Jamboree de Vila Pouca de Aguiar, como foi a experiência. O que recordas com saudade desse evento?Sim é verdade. Foi uma experiência muito enriquecedora. O contacto e a troca de experiências com outros treinadores e com os miúdos é algo que não se consegue exprimir, só mesmo passando por lá. Aconselho a todos os treinadores e monitores dos escalões de formação a participar num Jamboree. Em relação ao que recordo com mais saudades: o convívio.Que tipo de estratégias vão implementar para dinamizar o minibásquete na zona e aumentar a participação dos outros escalões de formação?Penso que já respondi a esta questão. Vamos dinamizar campos de basquetebol, aumentar o número de concentrações/encontros (nacionais e internacionais) e intervir com blocos de basquetebol, dados por treinadores de basquetebol em campos de férias camarários.

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12 OUT 2010

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