Sportiva continua a fazer história

Continua invicta a equipa do Sportiva Azores Airlines no Grupo H da Eurocup Feminina, depois de ter batido, em casa, o Namur (68-59) em jogo a contar para a 3ª jornada.

Competições
12 NOV 2015

Com este resultado as açorianas deram um passo de gigante rumo à próxima fase, mas mais importante do que isso, fica a excelente imagem que o campeão nacional deixa em mais um jogo europeu. Muito focadas defensivamente, disciplinadas taticamente, a alternarem muito bem o jogo interior com os lançamentos exteriores, a mostrarem uma disponibilidade física para jogarem sempre que possível em contra-ataque, as jogadoras do Sportiva encheram de orgulho os seus adeptos, o basquetebol feminino português e naturalmente o Presidente da FPB, Manuel Fernandes, que fez questão de assistir ao vivo este jogo. 

 

O Sportiva Azores Airlines começou o jogo mantendo-se fiel à sua filosofia, a tentar jogar sempre a um ritmo elevado, na busca de contra-ataques ou transições rápidas. Embora sempre muito consciente quando marcar os ritmos do jogo, ou por outras palavras quando a jogar 5×5 em meio campo, e quando isso acontecia na maioria das vezes na procura do seu jogo interior onde a referência era Ashley Bruner.

 

Depois do equilíbrio que se registou nos primeiros minutos, dois triplos consecutivos davam uma vantagem mais alargada às açorinas (16-7). A equipa do Namur vivia muito das penetrações em drible, ou do tiro de longa distância, mas faltava-lhe o jogo interior. A 3.11 minutos do final do 1º tempo, quando o resultado estava em 18-12 favorável às insulares, Shaqwedia Wallace sofreu uma pequena entorse e temeu-se o pior. Ivanovic, que desempenhou a posição de 1º base, somou mais um triplo (21-15), e quase todos surgiram de situações de bloqueio central, fazendo pagar caro a defesa contrária passar por trás no bloqueio.

 

Depois de ter terminado o 1º quarto a vencer por 23-20, a diferença rapidamente subiu para os nove (29-23), mas do lado contrário os triplos eram a arma utilizada para reduzir distâncias (29-26). Nos últimos 4 minutos do 1º tempo, o Namur aposta numa zona 2×3, que retirou eficácia ao ataque do Sportiva. Wallace (10 pontos na 1ª parte) regressou ao jogo, trouxe de imediato mais capacidade de penetração, mas foi o jogo interior, com Bruner sempre incansável nesse trabalho, e os ressaltos ofensivos e consequentes segundos lançamentos que permitiram à equipa de S. Miguel terminar na frente os primeiros 20 minutos por 35-26.

 

A etapa complementar não começou da melhor forma para a formação portuguesa, sobretudo porque continuou a mostrar-se algo vulnerável às penetrações em drible (37-33). A paragem no jogo fez bem à equipa da casa, que voltou ao campo com outra agressividade defensiva, e a colocar muitos mais problemas ao ataque adversário. No lado oposto a agressividade também se mantinha, sobretudo através das penetrações, que resultaram em muitas conquistas para a linha de lance-livre. A 3 minutos do final do 3º período a diferença chegou aos dois dígitos (46-35), e não fossem os lançamentos de longa distância do adversário, e vantagem do Sportiva no final quarto seria bem superior (53-45).

 

As campeãs nacionais entraram muito bem no 4º período, triplo de Ivanovic, e a explorarem tal como aconteceu no final do período anterior, a vantagem no jogo interior através de Ashley Bruner (58-45). Pena foi o desaproveitar de algumas situações de contra-ataque pois o Sportiva poderia ter conseguido nesta fase do jogo ter fugido em definitivo. O Namur regressa à zona 2×3, mas a disciplina tática e paciência ofensiva das açorianas, muito bem na relação entre as suas postes, a alternar bem com o jogo exterior rapidamente obrigou as belgas a abandonar essa opção defensiva (63-49).

 

Embora tenha cometido alguns erros ofensivos na parte final do encontro, o bom desempenho defensivo do Sportiva, muitos roubos de bola, garantiu sem sobressaltos mais uma vitória, merecida, incontestável e memorável para o clube açoriano da ilha de S. Miguel (68-59).

 

A norte-americana Ashley Bruner (14 pontos e 16 ressaltos) foi enorme e incansável nas áreas próximas do cesto, e sempre a referencia interior da equipa. Shaqwedia Wallace (14 pontos, 6 resaltos e 3 assitências) representou sempre agressividade ofensiva, quer pelas penetrações, quer pelos contra-ataques ou lançamentos de longa distância. Já Milica Ivanovic (21 pontos, 6 ressaltos e 2 assistências) esteve muito bem no papel de 1º base a liderar a equipa, a marcar os ritmos de jogo, embora sempre com um grande sentido de cesto e a somar pontos importantes em momentos decisivos. Tamara Milovac (10 pontos, 4 ressaltos e 5 assistências), embora mais discreta, foi importantíssima no trabalho menos visível, sobretudo na defesa e na relação atacante com Bruner.

Competições
12 NOV 2015

Mais Notícias