Sub 14 Femininos do SIMECQ são campeãs nacionais

Terminou ao princípio da tarde deste domingo, a fase final do Torneio Nacional de Sub 14 Femininos, com a vitória do SIMECQ, a coroar um percurso irrepreensível na época 2009/10, em que não sofreu qualquer derrota.

Competições
13 JUN 2010

O título nacional assenta que nem uma luva às pupilas de Fernando Brás, sendo uma magnífica prenda para a simpática colectividade da Cruz-Quebrada no ano em que completa o seu 130º aniversário.

Antes do jogo que viria a decidir o ceptro nacional, Académico e CPN marcaram a sua superioridade frente às duas formações insulares, respectivamente União da Madeira e Vitorinos, mantendo-se em boa posição para um hipotético desempate a três, no caso de o Juventude VRSA, ceder no jogo decisivo ante os campeões lisboetas. Foi o que acabou por acontecer, posicionando-se Académico (2º), CPN (3º) e Juventude VRSA (4º), na contabilidade do deve e haver, pois as três equipas terminaram empatadas com 3 vitórias e duas derrotas, todas com 8 pontos. Não foi surpresa para nós o início do encontro. Muito nervosismo e parte a parte, com as campeãs lisboetas a acusarem demasiado o facto de ser uma final. Ainda não estavam jogados 2 minutos e já Nicole Clavier tinha cometido duas faltas pessoais. Um primeiro desconto de tempo para o SIMECQ, que perdia por 0-3, surtiu efeito pois em meio minuto a equipa de Fernando Brás igualou (3-3). As algarvias, fazendo da rapidez de execução uma das suas armas, responderam com um parcial de 0-7, iniciado com um triplo de Beatriz Teixeira (nº 12). O SIMECQ não se entendia com a defesa zona aplicada pelo técnico contrário, denotando muitas dificuldades para organizar o seu ataque e por isso o resultado dos 8 minutos iniciais (4-10) espelhava precisamente essa incapacidade das lisboetas. A primeira jogadora a acalmar foi a capitã do SIMECQ, Beatriz Leitão (filha do antigo basquetebolista Rui Leitão, vindo de Moçambique e que envergou a camisola da Ovarense, entre outros emblemas). O primeiro dos seus 2 triplos reduziu o prejuízo para 11-12 (minuto 11), mas num ápice a irrequieta nº 13 algarvia (Sónia Santos), que viria a fazer parte do cinco ideal, felina a roubar bolas, deu de novo uma vantagem de 5 pontos ao Juventude VRSA (11-16), obrigando mais uma vez o treinador lisboeta a parar o jogo. Até ao intervalo (13-19) o cariz da partida não se alterou, porque enquanto o SIMECQ provocava faltas com direito a lançamento mas falhava lances livres (0/5), as algarvias viam cair o seu 2º triplo da autoria de Patrícia Ricardo (nº 9). No reatamento prosseguiu o sinal mais das comandadas de José Carlos Pereira que com 2 minutos jogados no 3º período tinham aumentado para 13-24, com mais uma bomba convertida, desta vez através da poste Patrícia Lourenço (nº 10). Acto contínuo Fernando Brás pediu novo desconto de tempo, com 6 minutos e 1 segundo para jogar, mas ainda assistiu a mais um erro das suas jogadoras (passe mal feito), aproveitado da melhor maneira por Sónia Santos, que, rapidíssima concluiu mais um contra-ataque (13-26). Simples mas tremendamente eficaz. Pouco depois e com o resultado em 17-26, a favor do Juventude VRSA, aconteceu a lesão (entorse num pé) sofrida por Maria Kostourkova, a poste do SIMECQ, uma das que mais acusou a responsabilidade da partida e que não estava a render o seu normal. A sua substituta, Mafalda Marques (nº 6), outra das jogadoras interiores das lisboetas, que já tinha actuado no 2º quarto, viria a revelar-se fundamental para a reviravolta, pelos ressaltos ganhos, pelas faltas provocadas e pelos pontos convertidos. Embora o jogo exterior do SIMECQ começasse a aparecer (triplos da nº 8 Marta Fernandes e novamente Beatriz Leitão), reduzindo a fasquia para 20-26 e 25-28, respectivamente, as suas opositoras não abrandavam o ritmo nem baixavam a guarda pelo que no final do 3º quarto a vantagem ainda pertencia à turma do Algarve (25-30). O cronómetro rolava mas o SIMECQ não conseguia virar o resultado. Quando se aproximava, as algarvias respondiam de imediato, com as diferenças a oscilarem entre os 3 e os 6 pontos. Com 3 minutos e 1 segundo para jogar (aos 32-37), o técnico lisboeta parou de novo o encontro. Passando a jogar com duas bases (a nº 4, Catarina Cardoso e a nº 15, Daniela Santos), Fernando Brás acertou no antídoto para atacar a zona contrária. Com a poste Mafalda Marques cravada na área restritiva, impondo a sua estatura na luta dos ressaltos ofensivos, a referida jogadora começou por fazer 34-37, num 2º lançamento após ressalto ganho na tabela ofensiva e, depois de Daniela Santos ter empatado (37-37) com um triplo sensacional no minuto 31, correspondeu da melhor maneira a uma brilhante assistência de Catarina Cardoso, colocando pela primeira vez a sua equipa na frente do marcador (39-37). Havia 50,2 segundos para jogar e de imediato José Carlos Pereira pediu um minuto. Novo desconto também para as algarvias a 14,4 segundos do termo e a escassos 2,1 segundos Catarina Cavaco (nº 8) empatou o jogo (39-39). Já havia pouco tempo e surgiu o inevitável prolongamento. Foi nos 5 minutos extra que a acção de Mafalda Marques foi mais preponderante, senão mesmo decisiva. Nesse período marcou 4 pontos (a fazer 43-43, de novo num 2º lançamento e 45-44, bem assistida por Catarina Cardoso), a que juntou 4 ressaltos sendo 2 ofensivos e uma bola recuperada. O prolongamento ficou marcado por sucessivas alternâncias e igualdades, até que a 12, 2 segundos do apito final a extremo Matilde Nascimento (nº 11) selou o resultado (47-45), numa entrada decidida. Novo desconto para o Juventude VRSA mas já nada se alterou.. e o SIMECQ conquistava o título. Destaque nas vencedoras para as prestações de Mafalda Marques (14 pontos e uma mão cheia de ressaltos), Beatriz Leitão (10 pontos e 2 triplos), Catarina Cardoso (alguns passes decisivos) e Matilde Nascimento, decisiva no 4º período e no prolongamento. Na equipa do Juventude VRSA, a melhor prestação foi da base Sónia Santos (13 pontos e alguns roubos de bola), bem acompanhada por Beatriz Teixeira (10 pontos e 2 triplos), Catarina Cavaco (8 pontos e 4 faltas provocadas, mas com pouca eficácia nos lances livres, falhando 6 das 8 tentativas) e Patrícia Lourenço (7 pontos e 1 triplo). Arbitragem bem conduzida pelo internacional Carlos Santos e Joana Pessoa, uma jovem com qualidades. Resultados da 5ª jornada: Académico 60-44 União da MadeiraVitorinos 39-77 CPNSIMECQ 47-45 Juventude VRSA No final teve lugar a cerimónia habitual de distribuição de prémios: medalhas para todos os participantes e troféu para a equipa vencedora, além de medalhas também para os juízes e oficiais de mesa da final. Cinco ideal (votado pelos treinadores das 6 equipas participantes): Sónia Santos (Juventude VRSA), na posição 1 (base); Catarina Cardoso (SIMECQ), na posição 2 (base/extremo); Sofia Girão (Académico), na posição 3 (extremo); Ana Moniz (CPN) na posição 4 (extremo/poste) e Maria Kostourkova (SIMECQ), na posição 5 (poste), que receberam troféus individuais. Classificação final: 1º SIMECQ 5 vitórias – 10 pontos2º Académico 3 vitórias – 2 derrotas – 8 pontos3º CPN 3 vitórias – 2 derrotas – 8 pontos4º Juventude VRSA 3 vitórias – 2 derrotas – 8 pontos5º Vitorinos 1 vitória – 4 derrotas – 6 pontos6º União da Madeira 5 derrotas – 5 pontos Por último, parabéns à organização da Associação de Lisboa, com o apoio da autarquia de Oeiras, que tudo fez para proporcionar as melhores condições às 6 comitivas, desde o alojamento à alimentação.

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13 JUN 2010

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