Sub-20 foram muito combativas

As comandadas de Eugénio Rodrigues voltaram a revelar uma enorme capacidade de sofrimento, nunca se desuniram, mesmo tendo estado sempre em desvantagem no marcador. A 11 segundos do final do encontro estavam a dois pontos de distância do adversário.

Apesar de nunca ter permitido que a Holanda fugisse no comando jogo, Portugal nunca esteve em vantagem durante toda a 1ª parte do jogo inaugural do campeonato em Lanzarote, nas ilhas Canárias, em Espanha. No final do 1º período, a equipa nacional perdia por seis pontos de diferença e, muito embora não tivesse sido capaz de encurtar distâncias até ao intervalo (22-31), a diferença pontual manteve-se sempre na casa das unidades.

O recomeço da etapa complementar não trouxe grandes novidades, com as comandadas de Eugénio Rodrigues a manterem sempre o jogo em aberto, embora a meio do 3º período a diferença pontual tivesse subido para os dois dígitos (37-25). Reação imediata de Portugal, que até à entrada do último período baixou o prejuízo para os oito pontos (35-43).

Começaram melhor as holandesas o 4º período, que com um triplo, à passagem do 33º minuto, conseguiram a maior diferença pontual do encontro (52-39). Tempo então para a formação portuguesa mostrar a sua determinação e espírito combativo, com Joana Soeira, também de três, a dar o mote para a recuperação portuguesa.

A três minutos do final, Portugal já só perdia por quatro de diferença (54-58), estava por cima no jogo, e com uma dinâmica que deixava antever que a reviravolta no marcador era possível. Seguiram-se 2.30 minutos sem pontos, com Portugal a desperdiçar alguns lançamentos, aparentemente, de fácil concretização. Ainda assim, o marcador voltaria a funcionar a favor de Portugal, que a 11 segundos do final perdia por dois de diferença depois de uma bandeja de Josephine Filipe.

Portugal fez o que lhe competia, colocou o adversário na linha de lance-livre evitando que o tempo andasse, mas as holandesas não tremeram e acabaram por levar a melhor.

Para além de ter perdido a luta das tabelas (24-35), tendo permitido 12 ressaltos ofensivos, Portugal não esteve muito eficaz a lançar ao cesto (41.5% de 2 pontos e 27.8 de 3 pontos), dois capítulos do jogo determinantes para o sucesso de uma qualquer seleção nacional.

Foram quatro as atletas portuguesas a terminar o jogo na casa das dezenas em pontos marcados, com Josephine Filipe (14 pontos, 4 ressaltos e 2 roubos de bola) a ser a mais concretizadora, e Maria Kostourkova (12 pontos e 6 ressaltos) a melhor ressaltadora. Laura Ferreira, com 13 pontos, e Joana Soeiro com 12, foram as outras duas atletas a somarem mais de 10 pontos.

Portugal volta a jogar esta sexta-feira, às 20h.45, hora espanhola, diante da Bélgica, que no jogo frente à Ucrânia venceu por uns expressivos 66-38.