Sub18 Femininas a duas finais de garantir Mundial de Sub19 em 2025

Próximo encontro é frente à Bélgica, no sábado, dia 10

Seleções
8 AGO 2024

Que luta no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos! A Seleção Nacional de Sub18 Femininos ficou a quatro pontos (68-64) de bater Israel e de garantir desde já o apuramento para o Mundial de Sub19 em 2025 na Chéquia, numa edição do Campeonato da Europa em que já carimbou a melhor classificação de sempre. 

Porém, Portugal não precisa de atirar a toalha ao chão, porque ainda tem a possibilidade de se apurar para o Mundial se conseguir vencer a Bélgica no próximo encontro e depois a seleção vencedora entre o duelo da Finlândia com a Hungria, na disputa entre o 5.º e o 8.º lugar.

Portugal entrou esta quinta-feira no jogo a provar que merecia figurar entre as quatro melhores seleções da Europa, com um parcial de 9-0 a abrir o marcador. As pupilas de Agostinho Pinto queriam as meias-finais e só desaceleraram a meio do quarto inicial, com os primeiros pontos israelitas a caírem perto dos cinco minutos de jogo.

O primeiro quarto terminou 12-17 para o conjunto das quinas, depois de uma boa réplica de Israel – que assim continuou nos 10 minutos seguintes. As azuis e brancas venceram o segundo quarto (21-16) e o encontro foi empatado para o intervalo (33-33).

Já o terceiro quarto foi, como se diz na gíria, “taco a taco”. Oportunidades repartidas de lado a lado e Portugal sai a vencer por uma margem mínima, 17-19. Com o coletivo a funcionar e com o apoio de 2300 adeptos nas bancadas do CDC.

Destaque para as exibições da já habitual Clara Silva (duplo-duplo de 17 pontos e 10 ressaltos), que veio do intervalo revigorada (marcou 13 dos seus 17 pontos no 3.º quarto), Leonor Peixinho (20pts, 9/11 LC, 6res, 4ast, 1rb) e Maria Andorinho (10pts, 6res, 2ast, 1rb, 1dl).

Portugal vai jogar agora este sábado, dia 10, às 15h30, no CDC de Matosinhos, frente à seleção da Bélgica, que perdeu hoje com a França por 87-48. Duas vitórias separam Portugal da primeira presença de sempre num Mundial de Sub19 (apuram-se as cinco primeiras seleções europeias), a disputar na Chéquia, em 2025, um marco histórico para o Basquetebol português, e apenas o segundo Europeu em que Portugal participaria por apuramento (em 2016, após as Sub16 Femininas se terem sagrado vice-campeãs da Europa, esteve presente no Mundial de Sub17 – numa equipa liderada precisamente por Agostinho Pinto – e, como anfitriões, no Mundial de 99 de Juniores Masculinos).

Nos restantes resultados do dia:

No primeiro jogo de quinta no CDC, a Espanha arrasou a Hungria por praticamente 50 pontos de diferença, vencendo confortavelmente todos os quartos e reforçando o seu estatuto como uma das seleções que ainda não sabe o que é perder, a passo de Portugal e França. As suspeitas do costume voltaram a fazer exibições de encher o olho e destacam-se cada vez mais na luta pelo troféu de MVP do torneio: Iyana Martin Carrion marcou 21 pontos (aos quais somou seis assistências) e Awa Fam apontou (mais) um duplo-duplo, com 22 pontos e 13 ressaltos. Segue-se a Sérvia nas meias-finais.

A Itália garantiu a manutenção na Divisão A depois de derrotar o Luxemburgo num jogo que começou com as atletas luxemburguesas por cima nos primeiros minutos. Porém, a Itália tomou a liderança ainda no final dos primeiros dez minutos e, desde aí, nunca mais olhou para trás, garantindo um triunfo por mais de 24 pontos. Do lado do Luxemburgo, destacou-se Joyce Etute com 21 pontos, 15 ressaltos e um roubo de bola. Já no lado italiano, nota para a capitã Emma Zuccon com 19 pontos e 19 ressaltos.

Foi “taco-a-taco” até ao fim. A Finlândia até esteve à frente grande parte do jogo, mas a Sérvia ajustou-se ao intervalo e ganhou a segunda parte para avançar para as meias, com maior firmeza no capítulo defensivo e nem os 20 pontos de Tiia Talonen (ou o jogo completíssimo de Lilli Onnela, 20 pontos, sete ressaltos, quatro assistências) foram capazes de parar a máquina sérvia, impulsionada por Angelina Davorija (17 pontos, dois ressaltos e duas assistências) e Jovana Popovic (15pts, 4res, 4ast), que também estará na corrida para MVP se mantiver a grande forma. A finlandesa Nicole Ogun, em destaque na fase de grupos, esteve mais apagada, mas ainda assim conseguiu 10 pontos (e quatro ressaltos), pelo que vai ser mesmo a Sérvia que, apesar de ter ficado em último do Grupo C na fase de grupos, vai avançar para as meias-finais, onde encontrará a Espanha de Carrion e Awa Fam.

A Polónia junta-se às equipas que já garantiram a manutenção na Divisão A, ao vencer a Eslovénia por um total de nove pontos. Foram as eslovenas a começar melhor a partida, com um grande 1.º período (22-7), contudo, não conseguiram ganhar mais nenhum parcial (14-20 / 13-21 / 8-18). Destaque-se a prestação de Tjasa Turnsek, com 19 pontos, 12 ressaltos, três assistências e dois roubos de bola. No lado polaco, foi Natalia Rutkowska quem mais se destacou com 17 pontos, dez ressaltos, duas assistências e quatro roubos de bola.

Sem grande surpresa, a França reforçou o seu papel como uma das favoritas e venceu confortavelmente todos os quartos para bater a Bélgica por 87-48. O selecionador Aurélie Bonnan deu minutos a todas as jogadoras, em antecipação da meia-final com Israel, mas Tea Cleante continuou a ser a melhor marcadora, com 18 pontos em 22 minutos de jogo (e cinco assistências). Mathilde Selle somou 15 e juntou-lhes oito ressaltos. Do lado belga o esforço foi bastante repartido, com nove jogadoras a pontuar – segue-se a equipa das Quinas na discussão do 5.º ao 8.º

A Letónia mostrou toda a sua garra no Municipal de Guifões e levou de vencida a Alemanha, garantindo a permanência na Divisão A, com um terceiro quarto decisivo – parcial de 17-4 para as letãs, que tinham ido para o intervalo a perder 45-47. As germânicas ainda levaram o último quarto de vencida (20-22), mas não foi suficiente, e cabe-lhes agora disputar o apuramento entre o 13.º e o 16.º lugar. A letã Anna Liepina voltou a ser MVP, com um grande duplo-duplo: 23 pontos e 16 ressaltos, eficácia de 37 valores. Ao seu lado, Evelina Otto somou também ela um duplo-duplo, de 17 pontos e 11 ressaltos. Na Alemanha, o destaque foi, além dos 16 pontos de Johanna Huppertz e os 22 de Rosalie Esser,  o duplo-duplo (12pts, 13res) de Clara Bielefeld.

  • Turquia 81 – 73 Croácia

Mais um jogo a doer até ao final, com todos os parciais equilibradíssimos e com a Turquia a conseguir descolar da Croácia somente nos últimos minutos. Manutenção garantida para as turcas e as crotas, que ficaram em 4.º no Europeu de Sub16 Femininos de 2022, vão mesmo ter de lutar para não descer à B, na disputa entre o 13.º e o 16.º. Na Turquia houve quatro jogadoras a marcar na casa das dezenas, com máximo nos 19 pontos de Asya Barnes, e na Croácia, a MVP do jogo, foi novamente Petra Bozan, com 25 pontos (10/16 LC, 3/6 3P) e 17 ressaltos a colecionar um novo duplo-duplo no Europeu.

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