«Superação, empenho e ambição»

O Montijo Banda Basket chega aos quartos-de-final da Taça de Portugal feminina de surpresa e agora prepara-se para receber o Boa Viagem.

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24 FEV 2011

A equipa que lidera o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão tem consciência que não será fácil defrontar as açorianas – uma formação com experiência de Liga –, mas o treinador da equipa da margem Sul do Tejo não descarta a hipótese de as suas jogadoras poderem fazer um brilharete.

Dão-se por satisfeitos por chegar até esta fase da Taça de Portugal? Não sendo a conquista do troféu um objectivo da equipa do Montijo Banda Basket para a presente época, é claro que estamos satisfeitos pelo percurso realizado até aos quartos-de-final, uma vez que fomos a única equipa que teve que disputar 4 jogos para chegar a esta fase da competição (eliminando sucessivamente EMA Meneres, Colégio Calvão, Esgueira e Estoril Basket).Concorda que o favoritismo está do lado da equipa dos Açores. No entanto, acha muito improvável poderem causar uma surpresa? Sim, pelo conhecimento que tenho da Liga Feminina e da equipa do Boa Viagem, o favoritismo e a obrigação de vencer está claramente do lado das visitantes, sendo que a Taça é sempre um dos objectivos que costumam traçar. A possibilidade de causar surpresa só poderá acontecer se, para além de podermos contar com todas as jogadoras aptas, estivermos realmente ao nosso melhor nível, defensivamente fortes e gerindo adequadamente as posses de bola. Sendo outsiders nesta competição, só através de superação, empenho e muita ambição poderemos tentar inverter o natural favoritismo do Boa Viagem.Considera que a maior diferença entre as duas equipas terá mais a ver com questões técnicas ou emocionais? Obviamente que a maior diferença está nas questões técnicas, pois o Boa Viagem possui um plantel composto por jogadoras bastante experientes, muito fortes fisicamente, do qual fazem parte duas jogadoras norte-americanas, uma australiana de ascendência portuguesa – Diana Neves – e três jogadoras internacionais portuguesas. Emocionalmente a nossa equipa tem demonstrado ser forte, tendo vindo a dar respostas adequadas ao nível exigido na competição em que estamos inseridos (1ª Divisão Feminina).Neste momento são líderes do campeonato da 1ª Divisão, com apenas uma derrota. Considera que existe uma grande diferença no nível das equipas que competem na 1ª Divisão para as da Liga? Sim, considero que existe diferença a nível dos plantéis e do investimento realizado, nomeadamente no que diz respeito aos 7 primeiros classificados para o playoff da Liga Feminina (Quinta dos Lombos, Vagos, CAB Madeira, Algés, Olivais Coimbra, Boa Viagem e ESSABarreiro). No entanto, não tenho dúvidas em afirmar que os actuais 4 primeiros classificados da 1ª Divisão fariam resultados iguais ou melhores do que os restantes clubes que participam na Liga.O projecto do feminino no Montijo é claramente uma aposta em chegar à Liga? Sim, assumimos que esse é um objectivo a médio prazo do MBB, que se for alcançado no final desta época nos dará imensa satisfação pelo trabalho realizado. O nosso projecto é algo organizado, pensado e estruturado que pretendemos que continue a afirmar-se como até aqui, essencialmente por ser “Diferente”.Recentemente esteve ligado ao masculino, que diferenças destacaria, para além das óbvias, entre um basquetebolista homem e mulher? Para além das diferenças óbvias, ritmo e intensidade do jogo, bem como a nível emocional, destaco o facto de, no sector feminino, ter que existir uma maior vontade para praticar Basquetebol na idade de sénior, uma vez que a nossa sociedade “pressiona” as mulheres a ter que enveredar por outras opções a nível familiar e pessoal.É da opinião que existe uma base maior de recrutamento para escalões inferiores no feminino comparativamente ao masculino? Não. A base da “pirâmide” de recrutamento é bastante superior nos escalões masculinos e isso torna-se ainda mais perceptível quando observamos o mercado de jogadores/jogadoras disponíveis para formar equipas de seniores. Mas, o facto de existir um número ainda relativamente reduzido de equipas femininas nos escalões de formação faz-me acreditar que este sector, devidamente acompanhado, possui uma enorme margem de progressão, podendo facilmente duplicar o número de praticantes existentes nos escalões mais jovens.Jogos dos quartos-de-final:Domingo, dia 27 de Fevereiro16.00 horas – AD Vagos x Quinta dos Lombos17.30 horas – IPP x Barcelos-MendanhaSousa17.30 horas – Mcell-Algés x GDESSA Barreiro18.00 horas – MontijoBandaBasket x Boa Viagem

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24 FEV 2011

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