Superioridade esmagadora

Há situações em que não sabemos se havemos de sorrir ou ficar tristes... Sorrir porque a vitória dos terceirenses foi esmagadora, conseguida com classe e demonstrando qualidade para representar os Açores no Nacional...

Associações
31 MAI 2006

Chorar” porque assim não vamos longe. Os nossos miúdos reclamam competição, mas naquele que devia ser o ponto mais alto da competição nos Açores, defrontam uma equipa sem qualidade, sem recursos técnicos, sem conhecimentos tácticos, que tenta a todo o custo acertar no cesto (normalmente através de acções individuais), mas quase sempre sem sucesso. Naquela que devia ser a “base da pirâmide” e um escalão onde as diferenças deviam ser menores, nota-se um fosso enorme entre o basket da Terceira e o das outras ilhas.

Depois de uma primeira fase em que o Lusitânia venceu os Marienses (121-14) e o U. Sportiva (101-21) com facilidade, ninguém esperava outra coisa que não fosse a vitória dos terceirenses. Algo que se confirmou. O que impressionou os que estavam no pavilhão, para além dos números, foi a diferença de qualidade. De um lado uma equipa que tentou jogar colectivamente, em que os passes chegavam ao destino, em que o lançamento era utilizado com critério, em que o contra-ataque saía e era (quase sempre) concretizado e em que se tentava jogar basquetebol… Do outro, cinco jogadores derrotados à partida… Sem motivação, com dificuldades no drible, deficiências nos capítulos do passe e do lançamento, mas que mesmo assim tiveram fair-play e honra suficiente para lutar sempre e festejar como uma vitória cada ponto conseguido. Por isso também merecem nota positiva e o nosso apreço… Neste caso, as críticas vão para os mais velhos, que tinham obrigação de fazer mais por miúdos que merecem aprender a jogar basquetebol… O PRIMEIRO JOGO Mesmo assim, durante o aquecimento da primeira partida, as diferenças não pareciam tão óbvias. À primeira vista, os micaelenses pareciam capazes de fazer melhor, até devido à capacidade física de alguns atletas… Mas logo nos primeiros minutos ficou a sensação de que teríamos um jogo de sentido único. Com o Lusitânia a apresentar um cinco muito forte, com Rodrigo Mendes e André Vieira ( omelhor do jogo, que chegou aos 42 pontos, 27 dos quais nos primeiros dez minutos) a comandarem as operações, a equipa terceirense já vencia por 30-4 aos cinco minutos de jogo, chegando aos 41-4 no final do primeiro período. Até ao intervalo as coisas foram mais equilibradas, muito devido à baixa de produção dos “verde e brancos”, que estiveram menos “certinhos” no lançamento e mais atabalhoados na construção dos ataques. Aliado a estes factores esteve uma ligeira subida do U. Sportiva, que ganhou centímetros com a entrada de Rodrigo Costa e conseguiu um parcial de 14-9, com o resultado a chegar ao intervalo em 55-13. Depois do descanso as coisas voltaram à (a)normalidade. Ou seja, o Lusitânia voltou a pegar no jogo e foi aumentando a diferença. Bem na defesa e eficaz no contra-ataque, aequipa de José Araújo chegou ao final do 3º período a vencer por 86-26 e ao final da partida com um esclarecedor 108-30. Uma superioridade inegável, confirmada na segunda partida deste play-off final, disputada no domingo, que acabou com um esclarecedor 92-43. Os iniciados do Lusitânia disputam a fase final do Campeonato Nacional a partir do dia 9 de Junho, no Caramulo. Também presentes estarão as equipas do CAB Madeira, Estoril, Barreirense, FC Porto e Basket de Leça.

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31 MAI 2006

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