Tudo para ir à final

Atletas | Competições | FPB
23 MAR 2010

Na segunda meia-final, medem forças em Barcelos o Algés e o Boa Viagem, às 17 horas de sábado, equipas que se conhecem bem, ou não tivessem por duas vezes se defrontado na presente temporada. Shanon Howel, pelas insulares, e Catarina Coelho, pelas algesinas, contam-nos como as equipas estão a viver estes dias antes do jogo e as aspirações que têm para esta prova.Shanon Howell, a influente norte-americana que alinha no Boa Viagem, não tem dúvidas de que a defesa e os pequenos detalhes vão fazer toda a diferença neste jogo. Já perderam uma final de uma competição esta época. Considera que apesar da derrota a equipa saiu mais madura e capaz para vencer futuras finais? Eu sou da opinião que depois de cada jogo, ganhe-se ou perca-se, retiramos sempre qualquer tipo de aprendizagem dele. Independentemente de vencer ou não um encontro, saímos sempre mais maduras relativamente àquilo que éramos. A nossa equipa nunca desiste. Depois de perder uma partida, lutamos ainda mais para vencer o próximo. Nos dois encontros anteriores realizados entre as duas equipas esta temporada, as suas percentagens de lançamento não foram famosas. Mérito da defesa ou simplesmente duas más tardes da sua parte? Poderá ser um pouco das duas coisas. A primeira vez que as defrontamos foi o primeiro jogo da temporada, mas mesmo assim consegui 17 ou 19 pontos. Acabei por estar mal no lançamento, não por causa da defesa mas pelo simples facto de estar num dia desastrado a lançar ao cesto. Na segunda vez, defenderam-me de uma forma um pouco diferente do habitual. Portanto, não só tive uma má noite a atirar ao cesto, como também a forma como me defenderam acabou por ter a sua quota-parte de responsabilidade. A equipa demonstra alguma irregularidade nas suas exibições. O que será necessário fazer como equipa para que as coisas corram bem nesta meia-final? Definitivamente a nossa defesa representará um papel decisivo neste jogo. Na maioria das vezes nenhuma das equipas consegue boas percentagens de lançamento em jogos com estas características. Quando assim é, tudo se resume aos pequenos detalhes, tais como, defesa, ressaltos, lances-livres e turnovers. Se conseguirmos ser melhores nestes aspectos, iremos vencer o jogo. O Algés já vos venceu esta época. Que pontos fortes destacaria no adversário do próximo sábado? Cada uma das equipas já venceu por uma vez. Julgo que será possível a qualquer um dos conjuntos vencer numa só partida. São mais fortes na do que nós na posição de poste, mas em contrapartida somos mais poderosas na posição de base. Catarina Coelho, por sua vez, não acredita que o Algés vá acusar nesta partida o facto de ter perdido os últimos dois jogos para o campeonato.A equipa chega a esta final-four da Taça de Portugal depois de somar duas derrotas consecutivas em jogos a contar para o campeonato. De alguma forma isto poderá influenciar a vossa prestação na prova? Não, são duas competições diferentes, porque esta competição é a eliminar então sabemos que temos que estar concentradas do inicio ao fim do jogo para marcarmos presença na final. Esta vai ser a 2ª meia-final da época. Na sua opinião estão mais preparadas e em melhor forma do que na altura em que perderam frente ao CAB Madeira na meia-final da Taça Federação? Temos continuado a trabalhar e estamos muito motivadas e empenhadas. Nos últimos 5 anos marcarmos presença em quatro 4 final-four da Taça de Portugal e queremos chegar à final. Sabemos que estamos bem e muito unidas para esse objectivo. Em jogos a contar para o campeonato uma vitória para cada lado, com a equipa da casa a perder sempre. Desta vez será em campo neutro. O segredo passa por parar a norte-americana Shannon Howell ou mais coisas serão necessárias fazer para que o Algés esteja presente na final de domingo? A Shannon Howell é uma grande jogadora da nossa Liga, mas uma equipa não se faz apenas com uma jogadora mas sim com o colectivo e o Boa Viagem tem outras jogadoras com qualidade. Estamos a trabalhar e a preparado o jogo para parar os pontos fortes da equipa adversária. Sabemos se defendermos bem e parar o colectivo temos grandes possibilidades de chegar a final. Algumas jogadoras influentes não podem dar o seu contributo à equipa. Existem soluções dentro do plantel de forma a ultrapassar essas contrariedades? Infelizmente a única jogadora que não poderá jogar é a Natália André. Temos algumas jogadoras com pequenas lesões mas vão se superar e dar o seu máximo. Todas as atletas da nossa equipa dão um grande contributo. O importante é o nosso colectivo funcionar.

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23 MAR 2010

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