Ucrânia em sentido

O início do jogo parecia, no entanto, adivinhar um autêntico passeio ucraniano: aos 6 minutos venciam por 17-5 e terminaram o 1º período vencendo por 22-12 e demonstrando uma clara superioridade física e atlética – patente nos ressaltos: 39-25. A surpresa surgiu através de uma atitude guerreira, assente numa enorme agressividade defensiva, capacidade de antecipação e luta pela posse de bola – muito poucas vezes vista a nível das nossas competições internas.

Não foi só o público que ficou surpreendido com a capacidade de superação dos portugueses; também os ucranianos sentiram que Portugal estava em campo com atitude e motivação ganhadoras. Após um triplo de João Santos, a 1ª parte terminou com uma igualdade no marcador: 37 pontos para ambas as equipas. O 3º período foi muito disputado, proporcionando várias alternâncias no marcador e terminando com as equipas novamente empatadas – desta feita, nos 50 pontos. A 2’51 do final, uma assistência de António Pires possibilitou cesto de Ailton, passando o marcador para 60-56 favorável aos portugueses. O desgaste tremendo favoreceu o desacerto nos últimos lançamentos dos portugueses e possibilitou aos ucranianos festejarem efusivamente a vitória, apesar de Portugal ter limitado a Ucrânia a converter só 67 pontos. O destaque tem que ser global, porque a Selecção Nacional perdeu o jogo, mas ganhou o respeito do adversário e do público.Resultados de todos os jogos (dia 15):Holanda – 75 / Finlândia – 85Parciais: 22-21 / 21-22 // 18-18 / 14-24Ucrânia – 67 / Portugal – 60Parciais: 22-12 / 15-25 // 13-13 / 17-10Áustria – 77 / Suécia – 68Parciais: 19-11 / 19-17 // 19-17 / 20-23Geórgia – 89 / Islândia – 80Parciais: 28-24 / 17-16 // 15-22 / 29-18Polónia – 79 / Irlanda – 72Parciais: 11-22 / 16-14 // 26-18 / 26-18Macedónia – 91 / Eslováquia – 69Parciais: 19-16 / 15-19 // 22-22 / 35-12Grã-Bretanha – 39 / Bélgica – 86Parciais: 12-11 / 8-23 // 7-26 / 12-26República Checa – 74 / Suíça – 77Parciais: 15-27 / 17-17 // 17-15 / 25-18