Uma exibição que merecia melhor sorte
Lição bem estudada da Seleção Nacional não foi suficiente para impedir a derrota por 78-75 em Minsk, perante a Bielorrússia.
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16 AGO 2017
Os comandados de Mário Gomes entraram para o jogo frente à Bielorrússia com a lição bem estudada e o plano bem definido: defender colectiva e agressivamente, pressionar os bases bielorrussos e tentar fechar as linhas de passe para o interior, ajudar sobre os postes sempre que necessário, ser paciente no ataque e procurar variar as soluções ofensivas. E foi isso mesmo que a Seleção Nacional fez nos primeiros minutos da partida. Portugal entrou a pressionar na defesa, a conseguir impedir situações fáceis de lançamento e a obrigar a Bielorrússia a trabalhar arduamente no ataque. E, na outra metade do campo, a procurar variar entre o jogo interior e exterior, entre os picks and rolls e penetrações e o jogo de costas para o cesto.
Mas a Bielorrússia também tinha a lição bem estudada e carregou no jogo interior durante todo o período inicial, com o gigante Parakhouski a criar muitas dificuldades aos jogadores interiores portugueses. Entre essa superioridade bielorrussa no interior e as dificuldades dos jogadores lusos em criar desequilíbrios nas situações de 1×1, a seleção nacional não conseguiu dar seguimento aos bons minutos iniciais e terminou o primeiro parcial com uma desvantagem de 16 pontos (26-10).
No segundo período, veio a recuperação. A seleção nacional alternou entre defesa zona e defesa individual e, com os bielorrussos a nunca se conseguirem adaptar a essa mudança, sofreu apenas 10 pontos. Do outro lado, marcou 23 (com destaque para Tomás Barroso, com quatro triplos marcados neste período) e foi para o intervalo a perder por apenas 3 (36-33).
Na segunda metade, manteve-se a alternância lusa entre a defesa homem a homem e a defesa zona e manteve-se o equilíbrio no marcador até ao fim. Foi uma segunda parte muito equilibrada, com ambas as equipas a trocarem cestos e parciais e com Portugal a manter a desvantagem na casa das unidades (53-49 no final do 3º período), e disputada até à última posse de bola. A seleção nacional conseguiu empatar a 62 com 5 minutos para jogar e a 72 a 1:19 do final, mas não conseguiu concretizar a reviravolta.
À semelhança do que aconteceu no primeiro jogo, frente à Bulgária, foi mais um jogo em Portugal começou por ceder uma vantagem grande ao adversário, fez uma grande recuperação, mas infelizmente não conseguiu completar a mesma.
Tomás Barroso (18 pontos, 4 ressaltos, 1 assistência), Pedro Pinto (15 pontos, 1 ressalto, 5 assistências, 1 roubo de bola), Stefan Djukic (12 pontos, 4 ressaltos, 1 assistência, 2 desarmes de lançamento), Arnette Hallman (7 pontos, 6 ressaltos, 4 assistências, 4 roubos de bola, 1 desarme de lançamento), José Silva (8 pontos, 2 assistências) e José Barbosa (7 pontos, 1 assistência) foram os melhores do conjunto luso.
No final, não sorriu a sorte a Portugal, que averbou a segunda derrota nesta fase, mas continua na luta pelo acesso à próxima fase de qualificação para o Mundial de 2019. O próximo desafio é já este Sábado, dia 12, na Bulgária. Depois, será a vez de receber a Bielorrússia, no dia 19, em Coimbra.
Declarações de Stefan Djukic, no final da partida:
"Nós temos de acreditar mais em nós mesmos. Ambas as equipas que defrontámos nesta fase de qualificação são acessíveis e demonstrámos em ambos os jogos que nos conseguimos bater com eles de igual para igual. Em campo os currículos não jogam e não podemos deixar os nossos adversários superiorizarem-se no início do jogo e só reagir quando temos o nosso orgulho ferido. No penúltimo jogo batemo-nos muito bem durante dois períodos, hoje foram três e a sorte caiu para o lado deles nos momentos finais. Ainda acreditamos que nos podemos apurar e vamos à luta, não podemos depender de ninguém e estamos cientes que temos de ganhar ambos os jogos de modo a garantir o apuramento"