União Sportiva volta à Europa

Depois de uma fase de grupos em que o União Sportiva surpreendeu na Eurocup Feminina, a equipa açoriana, como o próprio site da FibaEurope refere, pode estar no meio do oceano mas pretende continuar bem no centro do basquetebol europeu.

Competições
5 JAN 2016

O próximo adversário é bem conhecido das campeãs nacionais, já que voltam a defrontar o Union Feminine Angers Basket 49. Neste momento o registo é de uma vitória caseira para cada lado, se bem que a formação insular tenha estado muito próxima de repetir o triunfo em França. Só no prolongamento foi derrotada, isto depois de não ter sido capaz de segurar uma vantagem pontual larga construída durante a 1ª parte. A 1ª mão esta eliminatória está agendada para esta 5ª feira, em Angers, com o inicio do jogo marcado para as 20.30 horas locais.

 

Analisando estatisticamente as duas equipas elas equivalem-se em muitos capítulos do jogo, embora revelem algumas diferenças no estilo de jogo que privilegiam. A equipa francesa procura um pouco mais a linha de três pontos como solução ofensiva, embora sejam as açorianas que têm neste momento uma maior eficácia (39.2% e 34.5). O oposto sucede nos tiros de curta e média distância, mais procurados pelo União Sportiva se bem que sejam as francesas a revelar uma eficiência superior (49.6% vs 48.5%).

 

Apesar de terem um registo idêntico, o controlo da posse de bola será certamente decisivo para o jogo, uma área do jogo em que o União Sportiva esteve melhor no jogo dos Açores e acabou por fazer a diferença no desfecho final. Conseguir marcar bem os ritmos de jogo, e procurar sempre boas situações de lançamento, sem nunca apressar as decisões atacantes.

 

A luta das tabelas, neste momento ligeiramente favorável às insulares (38.8 vs 36.2), e que se explica num melhor desempenho na tabela ofensiva (12.2 vs 9.7), é uma área do jogo em que a equipa liderada por Ricardo Botelho está obrigada a continuar a ser muito forte. Isto porque lhe permite jogar em contra-ataque ou transições rápidas, e o Sportiva já nos habituou a ser brilhante nessas fases do jogo, ou então garante segundos lançamentos, normalmente traduzidos em cestos fáceis ou faltas conquistadas.

 

A aleta Sofija Aleksandravicius, com 12.2 pontos, 7.8 ressaltos e 2.8 assistências de média, é a atleta que mais se destaca individualmente, se bem que a equipa francesa distribuiu a marcação de pontos por várias atletas. O que revela que várias atletas têm capacidade para fazer pontos, não dependem em exclusivo de uma ou duas referencias ofensivas, e as ameaças atacantes podem vir de várias posições e atletas.

 

As francesas são uma equipa agressiva quando no ataque, colocam problemas às defesas adversárias, já que em média provocam 17.2 faltas, quase mais seis do que o conseguido pelo União Sportiva (11.5). Sendo uma equipa com jogadoras altas, não surpreende que consigam ter capacidade de intimidação nas áreas próximas do cesto, 4 desarmes em média por jogo, um problema que as açorianas terão de contornar, sendo que não é uma novidade para a equipa nesta fase da competição.

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5 JAN 2016

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