Victor del Tio

Ao longo dos tempos, a participação de Portugal no Torneio Internacional de Íscar, que já vai na décima quarta edição, deve-se em grande parte à influência de Victor del Tio, Director Técnico da Federação de Castela e Leão.

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8 DEZ 2010

Conheça um pouco melhor este treinador e porque carrega o epíteto de «melhor amigo do basquetebol português», na entrevista que concedeu ao nosso Portal.

PerfilVictor del Tio tem 53 anos e grande parte deles dedicado à nossa modalidade. É licenciado em História e leccionou nessa área. Actualmente, é técnico de desporto da «diputación» de Valladolid, responsável pela área geográfica de Pinares (onde se inclui Íscar). No basquetebol, e como treinador, fez a sua formação nos Maristas de Valladolid e chegou a seleccionador regional de Castela e Leão, primeiro nos Infantis e depois Cadetes. Nessa altura, e já lá vão 20 anos, foi convidado para director técnico, cargo que aceitou, exercendo até aos dias de hoje. Paralelamente, colaborou com o programa de detecção da Federação Espanhola, foi adjunto de selecções espanholas de cadetes e ajudou ainda a formação do CB Valladolid.Relação com PortugalVictor del Tio é um apaixonado pelo nosso país desde o tempo em que fazia férias na Figueira da Foz e passeava pelo litoral centro. “Recordo que o primeiro contacto que tive com alguém de Portugal foi com o treinador Carlos Gonçalves, de Coimbra, que depois me convidou para uma palestra em Montemor-o-Velho e depois veio cá a Íscar com a selecção. Entretanto, enquanto acompanhava as selecções espanholas tomei contacto com a Federação Portuguesa, primeiro com Artur Lima, depois com o Manuel Fernandes e mais tarde com o Eliseu Beja.” Mas um conjunto de oportunidades fez com que o treinador explorasse outras vias de contacto: “a Junta de Castela e Leão tinha um projecto transnacional e eu pensei em Castelo Branco e Guarda… temos feito algumas coisas interessantes por intermédio do António Sena. Depois, quando estávamos na Covilhã conheci o Rui Diniz, que na altura nos abriu as portas de Aveiro e Calvão… e por aí fora…”Torneio de ÍscarSendo um dos torneios, senão o torneio, mais competitivo da Europa do escalão sub-16; sendo Portugal um país que compete na Divisão-B; estando a nossa selecção fora dos pódios deste evento desde 1998; é legítimo perguntar: porquê continuar a convidar Portugal? Victor não hesita: “quando vou sair prefiro ir com os meus amigos”, e concretiza “consolidar um torneio internacional não depende só de desporto, é um evento social. A federação espanhola, a portuguesa e a de Castela têm de estar e depois, quando pensamos nas outras, então temos em conta a competitividade. As 14 edições da prova nunca estiveram em risco por isso mesmo, este evento faz parte do calendário das nossas federações, é um torneio NOSSO, e só tenho pena de termos perdido os nossos outros vizinhos – os franceses – que por obrigações escolares têm recusado a participação”. Numa vila com menos de 7000 habitantes impressiona o impacto desta organização, pois “foi o torneio que pressionou o desenvolvimento da vila, por exemplo em termos de capacidade hoteleira, e que levou mesmo à construção da Residência Juvenil da qual a nossa federação é sócia na gestão. Do presidente da autarquia, passando pelo vereador de desporto, pela oposição política, até ao mais simples funcionário, todos estão comprometidos com o torneio”. Quanto ao futuro, a ideia é a de chegar a outros continentes, “gostávamos de trazer cá o Brasil, Argentina ou Angola”.Em tantas organizações há sempre histórias e peripécias que não se esquecem, “este ano bateu recordes pela situação dos controladores aéreos, foi incrível como se conseguiu resolver tudo alterando a ordem do jogo Espanha x Portugal e adiando meia hora os restantes…”. Mas se desta vez Portugal ajudou, já noutra… “lembro-me que um vosso jogador provocou uma rachadela na tabela, a afundar no aquecimento do intervalo do jogo da manhã. Mal terminou a partida fomos à fábrica, a 60km, buscar outra para substituir e foi tudo feito em tempo recorde e pronto para o primeiro jogo da tarde”.

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8 DEZ 2010

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