Vitória SC e Benfica reeditam Supertaça no arranque do campeonato

Sara Ressurreição e Marta Martins falam sobre duelo de domingo da Liga Betclic Feminina

Atletas | Competições
1 OUT 2021

Depois do grande espetáculo verificado na Supertaça, Vitória SC e SL Benfica voltam a encontrar-se, agora em jogo da jornada inaugural da Liga Betclic Feminina. O duelo entre “conquistadoras” e “águias”, que está agendado para as 11 horas de domingo e que conta com transmissão n’A Bola TV e FPBtv, foi projetado por Sara Ressurreição e Marta Martins.

Na turma minhota, Sara Ressurreição reconhece a qualidade das “encarnadas”: O Benfica é uma equipa que apresenta uma panóplia de soluções, onde todas as jogadoras do plantel são capazes de acrescentar qualidade ao jogo e o facto do núcleo ter transitado, da época anterior, facilita os processos de integração das novas jogadoras às ideologias e forma de trabalhar. Isto, aliado à aquisição de uma jogadora como a Raphaella Monteiro, que apresenta uma aptidão física fora do comum e uma facilidade enorme na marcação de pontos, coloca o Benfica numa situação de favorito à conquista do campeonato. Na ótica das características mais predominantes do Benfica, em “jogo jogado”, claramente, preciso realçar a transição defesa-ataque, e a forte presença de várias jogadoras no ressalto ofensivo”, examina.

A base do Vitória SC dá a receita para um bom resultado: “O aspeto mental, especialmente nos minutos iniciais, será determinante para sermos bem sucedidas. Depois, controlar o ritmo do jogo e manter consistência e solidariedade defensiva são fatores que permitem oxigenar a nossa confiança e colocar todo o potencial dentro do campo”, refere.

Sara Ressurreição pretende continuar a assistir à evolução do basquetebol feminino: “Aquilo que desejo é que, todos os anos, as equipas possam adicionar mais valores aos seus plantéis e, consequentemente, elevar o nível basquetebolístico da Liga. Caso isso aconteça, a promoção do basquetebol feminino influenciará muitas jovens a ingressar nesta modalidade e às atletas já inseridas no meio a procurarem referências que lhes permitam sonhar, trabalhar e continuar a dedicar-se à modalidade. No fundo, é crucial que as novas gerações sejam mais evoluídas e capazes do que a geração presente, só assim conseguimos compreender se o trabalho, enquanto agentes desportivos, está a ser bem feito ou não”, expressa o desejo.

Quanto à sua equipa, a atleta de 27 anos descreve o Vitória SC, edição 2021/22: A equipa do Vitória SC sofreu algumas alterações desde a época transata, prevalece uma maior juventude, com as aquisições das jovens internacionais Mariana Pereira e Filipa Barros, e através da contratação de três estrangeiras há uma maior robustez no jogo interior e capacidade de colocar a bola no cesto. Por outro lado, a manutenção de atletas-chave, como a Catarina Miranda, a Bárbara Miranda, e a capitã, Ana Moura, são essenciais para o grupo conseguir elevar o seu nível a patamares que permitem competir por títulos, bem como facilitar o processo de adaptação e transmissão dos valores do clube. Enquanto conjunto, considero que o Vitória SC assenta o seu jogo numa pressão alta e constante da bola, induzindo o adversário ao erro e precipitação; ofensivamente, há uma grande capacidade de criar desequilíbrios do exterior, seja a partir do drible ou lançamento, sendo que existem mais jogadoras capacitadas para contribuir de forma positiva. O Vitória SC é um clube grande, com uma mentalidade vencedora e um ADN que lhe permite encarar todos os desafios de forma resiliente e promissora”, vinca.

No Benfica, campeão nacional, Marta Martins enumera pontos fortes do adversário: “O Vitória SC é uma equipa que conta com jogadoras muito capazes de desequilibrar, para além de que tem uma grande presença na luta das tabelas”, descreve.

A jovem base do clube da Luz apela à consistência: “Temos de conseguir ser consistentes ao longo dos 40 minutos do jogo, em todos os aspetos defensivos e ofensivos”, diz.

O Benfica viu chegar várias atletas, o que pode aumentar a hipótese de escolha, segundo Marta Martins: “Somos uma equipa competitiva, que gosta muito de trabalhar e que conta com novas soluções”, afirma.

Marta Martins espera uma época difícil: “Espero uma Liga muito imprevisível. Somos uma equipa competitiva, que gosta muito de trabalhar e que conta com novas soluções”, conclui.

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1 OUT 2021

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