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Torneio Internacional de BCR – Cidade da Covilhã joga-se a 9 e 10 de setembro

À terceira edição, o Torneio da Covilhã ganha caráter internacional, o dado que salta à vista na prova que se vai realizar a 9 e 10 de setembro. A delegação distrital de Castelo Branco da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) organiza a primeira competição do calendário do BCR nacional na nova temporada, com o apoio da Federação Portuguesa de Basquetebol, Associação de Basquetebol de Castelo Branco, Câmara da Covilhã, União de Freguesias de Covilhã e Canhoso, Serviços Sociais da UBI e UBIUniversidade da Beira Interior.

Além da seleção nacional de BCR, para a qual o torneio representa a derradeira etapa de preparação para o Campeonato da Europa C – na Bósnia-Herzegovina de 18 a 24 de setembro -, integram o lote de participantes as equipas da APD Leiria, a seleção do Pará (Brasil) e o Basketmi Ferrol (Espanha), formação galega do segundo escalão espanhol. Raúl Pereira, presidente da delegação de Castelo Branco da APD, valoriza a “internacionalização do evento” e considera “estarem reunidos os ingredientes para uma excelente edição”. O dirigente garante o desejo de ver a modalidade desabrochar na Covilhã e que se venha a constituir uma equipa. “Temos feito esforços para que aconteça, o trabalho de casa está concluído. Batemos às portas, fizemos a divulgação e falámos com possíveis atletas”, frisou.

Contudo, a intenção esbarra ainda em aspetos-chave, nomeadamente a disponibilidade material e de espaço de treino. “Temos algumas cadeiras usadas, que, numa fase inicial são uma ajuda importante, mas encetámos esforços há já algum tempo para a aquisição de cadeiras novas. Também o pavilhão é uma necessidade e andámos à procura do mais indicado em termos de acessibilidade. Mas há coisas que não dependem de nós”, afirmou.

No imediato, o Torneio Internacional de BCR – Cidade da Covilhã pode constituir mais um impulso importante para fomentar interesse em torno da modalidade. No que respeita à seleção nacional de BCR, esta vai cumprir algumas sessões de treino nos dias que antecedem a prova, 7 e 8 de setembro.

 

 


Conhecidos os participantes do Europeu C de BCR

Oito países irão lutar pela subida à divisão B, de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, no campeonato da Europa da divisão C de BCR. Com o sorteio ainda sem data marcada pela IWBF – Federação Internacional de BCR -, Portugal sabe para já o lote final de potenciais adversários na fase de grupos.

Irlanda, Bulgária, República Checa, Hungria perfazem o leque de “repetentes” face à edição anterior. Finlândia, Dinamarca e Arménia retomam o contacto internacional, sendo que para estes últimos dois países representa mesmo uma primeira aparição oficial.

No passado recente, desde a edição de 2015, no confronto direto, a seleção nacional de BCR contabiliza um saldo amplamente positivo diante dos rivais. Em quatro partidas com a Irlanda, Portugal regista três vitórias. Diante da República Checa, soma igual marca. Perante as seleções húngara e búlgara, a seleção nacional venceu os dois duelos disputados contra cada um destes adversários. Por último, nos embates com a equipa finlandesa, ambos no campeonato da Europa C de 2015, em Lisboa, Portugal “tropeçou” na fase de grupos, mas viria a ditar leis na meia-final que carimbou a sua segunda subida à divisão B.

A seleção nacional de BCR tem pela frente um derradeiro momento preparativo no Torneio Internacional da Covilhã a 9 e 10 de setembro. A partida para a Bósnia-Herzegovina, nação organizadora neutra, uma vez que o país milita na divisão B, acontece no dia 16.


Custódio Coelho nomeado para o jogo da medalha de bronze masculina no Europeu A

Custódio Coelho está nomeado para apitar o jogo de atribuição da medalha de bronze, no torneio masculino do Campeonato da Europa da divisão A, entre a Alemanha e os anfitriões Países Baixos.
Ambas as seleções têm já assegurada a presença no torneio de qualificação Paralímpico com nações de outros continentes. O encontro está agendado para as 14h de Portugal e é transmitido aqui. Apenas os finalistas Grã-Bretanha e Espanha garantiram a vaga nos Jogos de Paris 2024.
O juiz setubalense vê assim premiado o bom desempenho no seu primeiro europeu da divisão A, em Roterdão, depois de, em 2022, ter feito a estreia em competições de seleções, no Europeu B/C, em Sarajevo, patamares que considera muito distintos. “A velocidade do jogo é totalmente diferente, a maneira como os jogadores aguentam os contactos também. Uma Letónia [2ª classificada na divisão B], que surpreendeu na altura, com low pointers rápidos, lançadores, na divisão A não conseguiu continuar as boas prestações”, exemplificou.
Ainda com mais um duro teste pela frente, como será o duelo a opor Países Baixos e Alemanha, face à expectativa de equilíbrio, Custódio Coelho faz um balanço positivo da experiência na montra maior das seleções europeias. “O conhecimento que levo e quero tentar passar aos meus colegas em Portugal é vasto. É importante tentar que as equipas procurem elevar o seu nível, principalmente em termos de contactos e familiarização plena com algumas regras”, afirmou.
Além do desejo de elevar o BCR no país, Custódio Coelho aponta como meta pessoal “tirar a licença completa”, ou seja, passar da categoria de árbitro zonal (europeu) para mundial.

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio


Seleção nacional de BCR procura repetir 2007 e 2015

A um mês exato do arranque do Campeonato da Europa C de BCR, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina – decorre de 18 a 24 de setembro -, fazemos a resenha das participações internacionais da seleção. Começando pelo objetivo cobiçado, a promoção à divisão B seria uma façanha alcançada pela terceira vez no percurso luso. Em 2007, em Dublin, palco do Europeu C conquistado por Portugal, celebrou-se a subida ao segundo patamar das seleções europeias, marco só superado pela inédita manutenção nessa mesma divisão B, em 2008, na cidade de Notwill, Suíça. De referir que, em 2007, no pódio individual, Portugal colocou dois jogadores no cinco ideal do torneio: o capitão Pedro Gonçalves – 3.5 -, histórico da APD Sintra (com um trajeto além-fronteiras digno de nota no CP Mideba), e Hugo Lourenço – 4.0 -, subcapitão e dono do percurso mais longo e laureado no BCR internacional de clubes, ao serviço dos espanhóis do CP Mideba.

Mas o trilho para a aparição portuguesa no panorama internacional desbravou-se bem antes. Foi no BCR, nos Jogos Paralímpicos de 1972, em Heidelberg, Alemanha, que Portugal assinalou a sua estreia absoluta na competição mais célebre do desporto para pessoas com deficiência à escala mundial, com um grupo de 11 jogadores. Houve também participações em 1971 e 1973 nos emblemáticos Jogos de Stoke Mandeville, prequela dos Jogos Paralímpicos. Na verdade, as edições de 1960, 1964, 1968 e 1972 dos Jogos Paralímpicos só obtiveram esse estatuto posteriormente. Jogos de Stoke Mandeville e Jogos Paralímpicos tornaram-se eventos distintos apenas a partir de 1976, com os primeiros a decorrem nos anos não-Paralímpicos.

Seguiu-se uma longa e penalizadora interrupção da presença da seleção nacional em provas internacionais, que cessa em 1994, através da integração do “Team Lisboa” em torneios europeus de clubes, estratégia encontrada para que a equipa nacional ganhasse paulatinamente ritmo e forma. Já enquanto seleção nacional – e numa era em que o BCR de seleções do “Velho Continente” se estratificava ainda em somente duas divisões -, Portugal disputa o Campeonato da Europa B, na Eslovénia, em 1996. Sucedem-se participações neste escalão nos europeus de 1999, enquanto anfitrião, em Tavira, e 2001, em Valladolid, Espanha.

Com o desenho de uma terceira divisão europeia, a seleção volta a surgir em cena no Campeonato da Europa C, novamente em casa, em Lisboa, corria o ano de 2005, obtendo um quinto lugar. Vieram os êxitos previamente narrados – conquista da divisão C e consequente subida à divisão B, em 2007; e manutenção na divisão B, em 2008 (sétimo posto) – e uma frustrante campanha em 2010, em Brno, República Checa, que ditou a descida, na sequência do décimo posto obtido, apesar dos fogachos de bom Basquetebol e algumas prestações promissoras.

Numa fase de má memória para a modalidade no país, a seleção falha os campeonatos da Europa C em 2011 e 2013, mas não se deixa abater e prepara um regresso memorável, com Lisboa, pela segunda vez, como pano de fundo. Em 2015, perante uma atmosfera galvanizante no pavilhão do Casal Vistoso, Portugal afugentou os deslizes nos jogos inaugurais com Bósnia-Herzegovina e Finlândia, e embalou para um trajeto notável, pontuado por triunfos contra Irlanda, Sérvia e Grécia. Na “desforra” com a Finlândia, nas meias-finais, uma exibição de requinte, valeu a passagem à final – o título escapou para a Bósnia-Herzegovina – e uma terceira ida à divisão B – desde a existência de três divisões. Nelson Oliveira – 1.0 -, que defendia as cores da APD Leiria, foi o representante luso no cinco ideal da prova.

Em 2016, em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, com as expectativas elevadas, no derradeiro fôlego de uma geração marcante do BCR português, a permanência esfumou-se num final dramático, na partida contra a Eslovénia, que retomou a dianteira a segundos do soar da buzina – Portugal foi nono em dez contendentes. Desde então, a seleção nacional de BCR reconstruiu-se, apostou em novos valores, constituiu-se o projeto sub-23, fonte de vários dos atuais atletas seniores, mas ainda não conseguiu a desejada terceira promoção à divisão B.

Em 2017, em Brno, República Checa, ficou-se pelo quarto posto. Em 2019, em Sófia, Bulgária, viveu um desfecho anticlimático, com a derrota perante a Grécia nas meias-finais, reclamando o bronze diante da República Checa. Pedro Bártolo – 2.5 -, à data jogador dos italianos do HS Varese, viu reconhecido o bom desempenho com a inclusão no cinco ideal. Em circunstâncias francamente mais desafiantes e perante um sorteio desfavorável, Portugal lutou, mas caiu face à oposição de Bélgica e Lituânia – duas seleções do grupo B -, no Campeonato da Europa B/C de 2022, organizado em Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina, que reuniu duas divisões em simultâneo, num formato sem precedentes, ditado pelas necessidades de reestruturação após a pandemia da Covid-19. Portugal chegou à décima posição, num total de catorze nações.

Um ano depois, com uma nova equipa técnica ao leme, encabeçada por Óscar Trigo – assistido por Javier López, Ricardo Vieira e Daniel Pereira -, e várias debutantes nos potenciais eleitos, Portugal parte com ambição renovada e de olhos postos no título, meta abertamente definida pelo selecionador nacional desde a mudança de ciclo. Com calendário ainda por conhecer, Bulgária, República Checa e Irlanda assumem-se, no papel, como principais rivais da seleção nacional na batalha pelas duas vagas de acesso à divisão B reservadas aos finalistas. Será também uma oportunidade para a equipa lusa quebrar o enguiço em Sarajevo, cidade que se revelou “inóspita” para os seus intentos nas duas presenças anteriores.

RESULTADOS DISPONÍVEIS

Jogos Paralímpicos de 1972 – Heidelberg, Alemanha

– Portugal 18 Bélgica 71

– Portugal 28 Espanha 58

– Portugal 26 Canadá 56

– Portugal 27 Suíça 25

Campeonato da Europa C – Lisboa, Portugal – 2005

– Portugal 76 Letónia 26

– Grécia 54 Portugal 50

– Finlândia 59 Portugal 49

– Portugal 59 Ucrânia 38

– Irlanda 43 Portugal 64

– Portugal 75 Lituânia 70

Posição: 5º

Campeonato da Europa C – Dublin, Irlanda – 2007

FINAL: Portugal 69 Lituânia 60

Cinco ideal: Hugo Lourenço e Pedro Gonçalves

Posição: Vencedor

Campeonato da Europa B – Notwill, Suíça – 2008

– Rússia 63 Portugal 60

– Portugal 55 Bósnia-Herzegovina 70

– Portugal 54 Bélgica 58

– Croácia 79 Portugal 61

– Lituânia 48 Portugal 52

Posição: 7º

Campeonato da Europa C – Lisboa, Portugal – 2015

– Portugal 34 Bósnia-Herzegovina 58

– Portugal 47 Finlândia 49

– Portugal 54 Irlanda 51

– Grécia 34 Portugal 58

– Portugal 74 Sérvia 50

– Portugal 61 Finlândia 50

– Portugal 51 Bósnia-Herzegovina 75

Posição: 2º

Cinco ideal: Nelson Oliveira

Campeonato da Europa B – Sarajevo, Bósnia-Herzegovina – 2016

– Bósnia-Herzegovina 76 Portugal 40

– Portugal 50 Lituânia 72

– Portugal 50 Letónia 76

– Portugal 40 Áustria 50

– Eslovénia 60 Portugal 59

– Irlanda 51 Portugal 56

Posição: 9º

Campeonato da Europa C – Brno, República Checa – 2017

– Portugal 28 Bélgica 72

– Grécia 46 Portugal 74

– República Checa 67 Portugal 50

– Portugal 51 Irlanda 52

Posição: 4º

Campeonato da Europa C – Sófia, Bulgária – 2019

– Portugal 80 Hungria 8

– Portugal 72 Bulgária 34

– República Checa 52 Portugal 77

– Grécia 61 Portugal 57

– Portugal 68 República Checa 56

Cinco ideal: Pedro Bártolo

Posição: 3º

Campeonato da Europa B/C – Sarajevo, Bósnia-Herzegovina – 2022

– Lituânia 77 Portugal 62

– Portugal 49 Bélgica 75

– Sérvia 57 Portugal 48

– Portugal 41 Bulgária 30

– Portugal 82 República Checa 47

– Irlanda 41 Portugal 63

– Hungria 24 Portugal 87

Posição: 10º

 

 


FPB colabora com o projeto “Joga Simples”

O Comité Nacional de BCR (CNBCR) acordou a cooperação com o projeto “Joga Simples”, cujo objetivo passa por construir uma base de dados com os clubes com modalidades adaptadas.

O precursor da iniciativa, Tiago Maia, jovem praticante de Ténis em cadeira de rodas, pretende, numa primeira fase, reunir informação relativa a todos os clubes e aferir lacunas existentes em aspetos como a disponibilidade de transporte para os locais de treino, as condições de acessibilidade, o material de prática disponível (no caso do BCR, cadeiras de competição) e o potencial suporte que a federação responsável possa providenciar, tanto a nível logístico, como na aquisição e cedência dos recursos em falta.

Na ótica do impulsionador do projeto, as atuais plataformas revelam-se insuficientes ou encontram-se desatualizadas. A longa travessia de 2018 até 2022 para descortinar uma solução que lhe permitisse o envolvimento no Ténis em cadeira de rodas constituiu o principal catalisador para a criação do “Joga Simples”. “Foram anos em que a informação que era dada não batia certo. Identificámos que os mecanismos existentes continham gralhas e, após os contactos com os clubes, constatámos ainda mais inconsistências. Pude comprovar logo no início que um dos clubes sinalizados para o Ténis em cadeira de rodas já não o fazia desde 2012. Por isso este trabalho é necessário”, referiu.

Para o lançamento do site, passo inaugural previsto para setembro, se alcançada a meta de “conseguir completar as bases de dados para que sejam fidedignas”, contribui uma extensa e jovem equipa de trabalho, totalmente voluntária, essencial para coadjuvar Tiago Maia na missão de concretizar a iniciativa, que se desdobra nas áreas de informática, logística, comunicação e recolha de informação.

Entre o leque de entidades parceiras, para além da FPB, sobressaem a Federação Portuguesa de Golfe, Federação Portuguesa de Ténis, SURFaddict, Football For All, Federação Portuguesa de Corfebol, Federação Portuguesa de Natação, EDGA (European Disabled Golf Association).

No tocante ao BCR, os dez clubes nacionais atualmente no ativo já foram incentivados a indicar as necessidades e informações solicitadas, na expectativa de que o universo de praticantes da modalidade cresça exponencialmente.

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio


Inscrições abertas para o Clinic Nacional de BCR

A Escola Nacional de Basquetebol (ENB), em parceria com o Comité Nacional de BCR (CNBCR), acaba de lançar o Clinic Nacional de BCR 2023, no âmbito da formação contínua de treinadores. O momento formativo está aberto a todos os técnicos (inclusive do basquetebol convencional), contempla uma primeira sessão online síncrona a 1 de setembro e a parte presencial a 2 e 3 de setembro.

O Pavilhão de Ventosa do Bairro, na Mealhada, acolhe a componente prática da formação, que prevê a atribuição de 2.8 unidades de crédito, ao passo que o alojamento está garantido no Grande Hotel do Luso (inclui refeições de sábado e almoço de domingo).

A acção será ministrada pelo selecionador nacional de BCR Óscar Trigo, técnico catalão com ampla experiência internacional – onde sobressai a participação nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 e Tóquio 2020 – e contará ainda com a presença de vários atletas da seleção nacional.

As inscrições devem ser feitas aqui até 21 de agosto e têm um custo de 65€ (ou 70€ para alojamento em quarto single).

 

 


Custódio Coelho: “Ser nomeado para o Europeu A é uma grande conquista para mim”

Depois das nomeações para o Europeu B/C e a fase final da Euroliga 2, Custódio Coelho tem reservado o maior desafio da carreira. O juiz, que atingiu o estatuto de árbitro internacional no Campeonato da Europa B/C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, em Junho de 2022, faz a estreia no ponto alto das competições de seleções à escala europeia. Integrado nos Campeonatos Paralímpicos Europeus de 2023, o Europeu A decorre de 11 a 19 de agosto, em Roterdão, e arranca com um Espanha vs Turquia, no torneio feminino.

Apesar do timing menos propício ao melhor desempenho, atendendo ao facto das competições nacionais estarem paradas desde o último jogo do campeonato nacional a 17 de junho, o entusiasmo de poder pôr à prova os conhecimentos adquiridos nas experiências prévias num palco tão ilustre não esmorece. O jovem árbitro abordou, em entrevista à FPB, como vive os momentos que antecedem a entrada em cena no Campeonato da Europa da divisão A de BCR.

1 – Como tem decorrido a preparação para o Campeonato da Europa?

Tendo em conta a paragem competitiva, em Junho, e o Europeu ser em Agosto, tenho aproveitado para me preparar da melhor forma possível, ou seja, com treinos físicos e com análise de jogos, essencialmente do Mundial, para analisar algumas das estratégias chave das equipas que irei encontrar e assim estar preparado para tomar as melhores decisões.

2 – Em que medida as anteriores experiências internacionais contribuíram para a tua evolução?

Arbitrar um Europeu B/C e uma Euroliga 2 foram momentos fundamentais para a minha evolução como árbitro de BCR. Nestas duas competições, fui exposto a um critério de arbitragem diferente e, de certa forma, mais exigente do que normalmente se aplica internamente, em competições nacionais. Foi necessário tomar decisões a uma velocidade mais rápida, onde a qualidade das equipas e dos jogadores é de nível superior, em termos de controlo de cadeira e intensidade dos contactos. Ambos foram um desafio que obrigaram a elevar o meu nível e a evoluir como árbitro de BCR.

Estas experiências também me permitiram trabalhar com árbitros experientes e receber feedback construtivo dos instrutores sobre o meu desempenho, o que foi essencial para o meu crescimento. Além disso, os diferentes estilos de jogo proporcionaram uma compreensão mais profunda das situações específicas no jogo de BCR.

3 – Quais as tuas expectativas para esta participação numa competição tão desafiante?

São altas, pois trabalhei bastante para alcançar este nível e ser nomeado para arbitrar o Europeu Divisão A é uma grande conquista para mim. Estou muito motivado para contribuir de forma positiva para o sucesso do campeonato, permitindo que os atletas demonstrem todo o seu talento em campo. O objetivo é garantir um ambiente competitivo e justo para todas as equipas e, ao mesmo tempo, continuar a assimilar conhecimentos.

Estou ansioso para fazer parte de um evento de alto nível como vai ser este Europeu e contribuir para a promoção e o desenvolvimento do basquetebol em cadeira de rodas nacional e internacional.

 

 

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Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio


Alexandre Conde vai jogar no Unes FC Barcelona

Alexandre Conde, internacional sub23, aceitou o convite do Unes FC Barcelona para a temporada 2023/2024. O poste, medalhista de bronze com a seleção sub23 nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude em 2022 e atualmente nos quadros da seleção A, deixa a APD Leiria para representar os catalães do Unes FC Barcelona, do terceiro escalão do BCR espanhol – uma descida por opção, já que a equipa cobiçou mesmo a subida à Divisón de Honor, máximo escalão.

A turma blaugrana contou, na época transata, com o selecionador nacional Óscar Trigo ao leme e Miguel Reis como uma das suas principais figuras. Apesar de ambos estarem de saída do clube (Miguel Reis ruma a Itália e Óscar Trigo foca-se em exclusivo na seleção), o conhecimento próximo contribuiu para a decisão do atleta.

“Já há muito tempo que era algo que queria. Sair de Portugal, ter uma nova experiência e elevar o meu nível. Surgiu a oportunidade de ir para o Unes FC Barcelona, onde já esteve o Miguel Reis. Falou-me muito bem dos colegas e do staff. Por isso decidi abraçar o desafio”, comentou.

A participação no Campeonato da Europa da divisão C, uma estreia no escalão sénior, antecede a ida para a Catalunha, um momento que aguça a motivação para a época que se avizinha. “Espero poder mostrar que já estou num bom nível para participar no Europeu e ajudar Portugal a ganhar”, projetou. A prova irá decorrer de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, organizador neutro, já que a nação dos Balcãs milita na divisão B.

 

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Ibrahim Mandjam alarga o contingente luso no BCR italiano

Ibrahim Mandjam, poste que militou na APD Sintra, terá a sua primeira experiência internacional, no Amicacci Abruzzo, vigente campeão de Itália. Ao cabo de sete épocas de prática da modalidade, sempre na APD Sintra, o poste internacional A e Sub23 (participou nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude em 2019) sente que chegou a hora de tentar a sorte numa liga de topo. “Quero crescer como atleta. A liga italiana é muito competitiva e, por isso, uma das ligas que me dá essa possibilidade”, afirmou.

Aos 25 anos, ruma ao Amicacci Abruzzo, emblema em estado de graça após a conquista do primeiro título de campeão de Itália, onde militam alguns nomes cimeiros do BCR internacional, como Matteo Cavagnini, um histórico da “Azzura”, ou os israelitas Amit Vigoda e Shay Barbibay. Ao comando, surge outra figura credenciada na nação transalpina, o treinador Carlo Di Giusto, reconhecido como um dos mais competentes a nível mundial, fator que não foi menosprezado pelo atleta luso. “Vai ser uma época de muita aprendizagem e evolução. Quero melhorar o controlo da cadeira, uma das lacunas que tenho, e igualmente melhorar o meu lançamento exterior. Vou ser treinado por um dos melhores treinadores do mundo. Tem tudo para dar certo”, rematou com otimismo.

Embora reconheça um menor conhecimento da liga italiana face a outras, sabendo que mora “no top 3 ou 4 a nível europeu”, Ibrahim Mandjam parte com a motivação em alta e anseia por enfrentar alguns atletas em particular. “Quero jogar contra o Sabri Bedzetti. Tem um controlo de cadeira absolutamente brutal. Também vai ser um prazer defrontar o Miguel [Reis] e o Ismael [de Sousa]”. Recorde-se que Ismael de Sousa alcançou a promoção à Série A com o Santa Lucia, um regresso muito acalentado à elite da formação romana, e Miguel Reis aceitou a proposta do Menarini Wheelchair Sport Firenze, de Florença, embarcando na segunda etapa da sua carreira internacional, depois de uma passagem bem-sucedida pelo Unes FC Barcelona, em Espanha.

 

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BCR arranca competições em outubro

Na temporada 2023/2024, repete-se o sistema de competição, que contempla uma primeira fase com quase todos os clubes nacionais. A reunião de clubes de BCR, celebrada a 16 de julho, viu ser aprovada novamente a disputa de uma etapa de pré-qualificação, que integra o BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto, APD Braga, APD Leiria, APD Sintra, APD Lisboa, GDD Alcoitão, APD Paredes e Lousavidas.

Face à temporada transata, de registar a renúncia da ACD Cotovia/UDI, que, tal como o CD “Os Especiais”, do Funchal, optou por participar somente na Divisão de Honra, segundo patamar que englobará também os dois últimos classificados da pré-qualificação, bem como as equipas “B”.

Já os seis melhores da pré-qualificação reúnem-se na Liga BCR, o escalão de elite desta vertente, a partir de Janeiro, e irão bater-se pelo apuramento para as meias-finais, em sistema de playoff (à melhor de três partidas), modalidade privilegiada igualmente na final, no apuramento do campeão nacional (à melhor de cinco jogos). Na Divisão de Honra, primeiro e segundo medem forças pelo título de vencedor da prova, num playoff à melhor de três encontros.

A fase de pré-qualificação descola a 21 e 22 de outubro. Antes, há lugar para a Supertaça, a opor BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto e APD Braga, no dia 5 de outubro, em local a designar. No calendário já divulgado, no que toca à pré-época, salta à vista a realização do Torneio Internacional da Covilhã, a 9 e 10 de setembro, onde a seleção nacional de seniores BCR terá uma última oportunidade de limar arestas para, de 18 a 24 de setembro, procurar um dos dois primeiros lugares – e consequente subida de divisão -, no campeonato da Europa da divisão C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. De realçar ainda a realização da XXII edição do emblemático Torneio Internacional de Lisboa, a 30 de setembro e 1 de outubro.

Na Taça de Portugal, tomam lugar os encontros da 1ª eliminatória a 8 e 9 de dezembro. A luta pela conquista da prova tem como epílogo a Final Four a 27 e 28 de abril.

Nota: Miguel Fonseca – @mfportefolio


Seleção nacional de BCR fecha época com estágio produtivo

De 2 a 9 de julho, decorreram os trabalhos da seleção nacional de seniores BCR, em Vila Nova de Gaia, entre Grijó e Canidelo. No terceiro momento preparativo para o campeonato da Europa C, na Bósnia-Herzegovina, de 18 a 24 de setembro, o mais extenso até ao momento, os comandados de Óscar Trigo tiveram a oportunidade de realizar alguns jogo-treino contra um conjunto de jogadores espanhóis, oriundos das equipas do Unes FC Barcelona e Fundación FDI Villa de Leganés, aos quais se juntaram outros do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto.

O capitão Hugo Maia realçou a necessidade de pôr em prática as aprendizagens e conceitos desenvolvidos. “É de extrema importância termos contacto com jogadores de um nível diferente do nosso. Provocam-nos uma série de dificuldades com que não nos deparávamos há algum tempo. É uma parte do processo extremamente importante para percebermos que lacunas ainda há a limar”, frisou o mais veterano dos convocados.

Satisfeito com o que rotula de “evolução notória” e “progressão bastante rápida”, a caminho do seu nono campeonato da Europa, o base/extremo do GDD Alcoitão transparece otimismo no seu discurso. “Todos os atletas deste grupo ambicionam levar o nosso país ao nível que ele pertence. Temos uma equipa técnica que nos potencia e que nos dá garantias que merecemos estar na divisão B”.

O selecionador nacional Óscar Trigo corrobora a visão positiva do seu pupilo. “Saio com sensações muito positivas. As duas concentrações anteriores serviram para criar um pouco as bases do que queríamos… gerar o nosso ADN, o que pretendemos como forma de jogar na competição que enfrentamos no mês de setembro”, explicou.

Questionado sobre os principais rivais que Portugal terá que enfrentar, o experiente técnico catalão prefere manter o foco no crescimento da própria equipa. “Temos de ter na mente que queremos ser uma das equipas a abater, porque isso é mentalidade ganhadora. Quanto a outras equipas, Irlanda e Bulgária devem ser as que têm mais experiência e com as quais nos teremos de bater pelo primeiro lugar.”

A seleção nacional de seniores BCR volta a reunir-se no princípio de setembro e participará no Torneio da Covilhã, cujos participantes estão ainda por definir.

 


Christophe da Silva regressa ao CS Meaux, do primeiro escalão francês

Christophe da Silva deixou o CAPSAAA Paris e vai representar novamente o CS Meaux, com o qual ergueu o título de campeão francês em 2017.

“Voltei ao Meaux, porque me permite conciliar a vida familiar e o desporto de alto nível. Quero estar pronto para o próximo europeu com Portugal e a melhor maneira é treinar num clube que dá as melhores condições para chegar ao objetivo. Além disso, está perto de casa e permite-me cuidar um pouco mais dos meus filhos”, explicou o internacional A, que conta no currículo com três participações em campeonatos da Europa – 2017, 2019 e 2022.

Na segunda etapa com a camisola do reputado emblema à escala nacional e continental, o extremo atuará pela equipa principal e pela segunda equipa, que disputa um patamar abaixo da elite, um projeto que considera atrativo. “Gostei do objetivo do presidente do clube, de ter duas equipas competitivas para fazer evoluir os jovens para que reforcem a equipa principal. Vou jogar com a segunda equipa, procurar manter o nível e partilhar conhecimento com os novos jogadores. Estarei pronto para jogar com a equipa principal quando for preciso”, resumiu.

Com a memória da conquista do título de campeão em 2017 ainda “fresca”, o atleta luso acredita que, apesar do campeonato ter “um nível muito mais alto hoje”, o CS Meaux “pode voltar a ganhar”, mercê da estratégia da direção do clube em potenciar os jogadores jovens na segunda divisão.

Ao longo da sua carreira, além de CAPSAAA Paris, onde se iniciou em 2009, e CS Meaux, Christophe da Silva militou também nas equipas de Gennevillier e Clichy, então no segundo e primeiro patamar francês, respetivamente.

 

 


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Legenda

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Miguel Maria

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