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Portugal enfrenta Irlanda no segundo jogo do Europeu
Após a vitória estrondosa sobre a Arménia (95-23) no jogo de abertura do Campeonato da Europa de Basquetebol em Cadeira de Rodas – Divisão C, Portugal vira o foco para o jogo desta quarta-feira (13h30) contra a Irlanda.
Na antecâmara do embate frente a um dos candidatos à subida, Hugo Maia, capitão da seleção nacional, falou à FPB.
“Espero um jogo complicado, a Irlanda é uma equipa muito dinâmica e rápida, sabe bloquear. No jogo de hoje (vitória por 62-48 sobre a Finlândia) não teve tanta eficácia de lançamento como é habitual, mas acreditamos que amanhã podem ser mais assertivos e difíceis de parar se não estivermos concentrados na defesa”, explica.
A participar num europeu pela 9.ª vez, o internacional português elabora: “Tenho a certeza que se nos mantivermos focados na defesa, vamos conseguir frustrar os seus atiradores e dificultar o seu jogo”.
A equipa das Quinas entra em campo esta quarta-feira, pelas 13h30, num jogo com transmissão aqui.
Portugal entra com tudo no Europeu de BCR!
Não podia ter começado melhor a participação de Portugal no Campeonato da Europa de Basquetebol em Cadeira de Rodas – Divisão C! No jogo de abertura do Grupo A, a equipa das Quinas venceu a Arménia por 95-23 e mostrou os seus pergaminhos à restante competição.
Num encontro de sentido único, os comandados de Óscar Trigo entraram a todo o gás e depressa se distanciaram no marcador. Frente a um adversário que realiza a estreia em europeus, o conjunto luso manteve sempre a intensidade e foi construindo a vantagem ao longo dos 40 minutos, sem grande oposição por parte dos adversários. Todos os atletas lusos entraram em campo e deram o seu contributo para uma importante vitória.
Ibrahim Mandjam (27pts, 3res, 2ast, 4rb), Alexandre Conde (22pts, 6res, 1ast) e João Reis (14pts, 2ast, 1rb) foram as grandes figuras do conjunto português, com destaque também para Pedro Bártolo, que dominou no capítulo das assistências com nove.
A seleção portuguesa volta a entrar em campo esta quarta-feira, pelas 13h30, para defrontar a Irlanda. O jogo tem transmissão aqui.
Europeu de BCR arranca esta terça-feira e Portugal está motivado!
A seleção nacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas inicia, dia 19, a sua participação no Campeonato da Europa – Divisão C, competição que decorre, de 17 a 24 de setembro, em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina.
Inserida no Grupo A com Arménia, Irlanda e Finlândia, a equipa das Quinas entra em campo pela primeira vez esta terça-feira, pelas 8h15, para medir forças com a Arménia, um jogo com transmissão aqui. O grupo já realizou várias sessões de treino em território bósnio e encontra-se na máxima força para atacar a competição.
🇵🇹 A seleção nacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas continua a preparar a participação no Campeonato da Europe – Divisão C!
A equipa das Quinas entra em campo esta terça-feira, pelas 8h15, para enfrentar a Arménia. #SomosBasquetebol #ECMC2023 pic.twitter.com/qi0HJizUjm
— Basquetebol Portugal (@fpbasquetebol) September 18, 2023
Na antecâmara do jogo inaugural na prova, o selecionador nacional, Óscar Trigo, e o internacional português, Pedro Bártolo, falaram à FPB sobre o que esperar da competição:
“O grupo está ótimo, creio que as sensações da equipa são muito positivas. Trabalhámos bastante e temos bem clara a forma como queremos jogar”, explica o técnico da equipa das Quinas. “Neste momento aquilo que mais precisamos é de começar a competir!”, elabora.
Quanto ao primeiro jogo da fase de grupos, marcado para esta terça-feira, Óscar Trigo afirma que a preparação da equipa é fundamental: “O jogo de amanhã é frente a um adversário um pouco desconhecido, a Arménia. Não temos muitas referências sobre a forma como jogam por isso vamos apoiar-nos no nosso trabalho, na evolução da equipa, e conseguir a primeira vitória que é o que mais ambicionamos”, assevera.
Já Pedro Bártolo, figura da seleção nacional, reforça o desconhecimento da formação arménia: “Vamos enfrentar uma equipa totalmente desconhecida, fazem a sua estreia oficial em Campeonatos da Europa da BCR. Há muito pouco acesso em termos de informação, mas presumimos, pelos resultados e alguns treinos que conseguimos visionar, que será um dos jogos teoricamente mais acessíveis”, confirma.
“De qualquer das formas, é um bom teste e vai ser importante entrarmos bem para ganharmos entrosamento, até porque na quarta-feira enfrentamos a Irlanda que também é uma das candidatas à subida”, confessa Bártolo. “O grupo está muito motivado”, conclui.
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Hugo Maia: “Estou cá pelo orgulho e honra que sinto a representar o nosso país”
Hugo Maia, figura emblemática do GDD Alcoitão, lidera o balneário da equipa das quinas, naquele que será o seu nono Campeonato da Europa. Único resistente da conquista da divisão C em 2007 – só superado em número de participações em Europeus pelo antigo jogador e capitão da selecção Pedro Gonçalves -, exemplo maior de longevidade, acompanhada de rendimento inequívoco, totalista de convocatórias desde 2007, sobram os factos ilustrativos do peso do capitão na história do BCR nacional e na selecção. Exímio na arte de contra-atacar, defensor-nato, imprime uma intensidade elevada em qualquer sector do campo e, pela capacidade agregadora dentro e fora das quatro linhas, tem no grupo reconhecimento e admiração unânimes.
Número: #15
Palmarés: Campeão da Europa C em 2007, Vice-Campeão da Europa C 2015, 8 Campeonatos Nacionais (1 pentacampeonato entre 2003 e 2008 pela APD Sintra), 8 Taças de Portugal, 8 Supertaças
Referências na modalidade: Nacionais: Pedro Bártolo, Carlos Arrais, Hugo Lourenço, João Cardoso, Pedro Gonçalves, Ricardo Vieira, Fernando Lemos. Internacionais: Patrick Anderson, Mustafa Kormaz, Harry Brown, Inês Lopes, Nils Anders. Seguramente que a esta lista se juntarão a actual equipa técnica, composta pelo Óscar e Javier pelo impacto positivo que já tiveram nesta nossa campanha.
Jogos da tua vida: 5º jogo da final do Campeonato Nacional frente à APD Leiria que culminou na vitória e conquista do 1º pentacampeonato Português; Jogo muito bem conseguido por mim, frente à Bósnia-Herzegovina, no Campeonato da Europa Divisão B 2010; Vitória necessária sobre a APD Braga que ditou o nosso (GDD Alcoitão) apuramento aos playoffs.
Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2007, ECMB 2008, ECMB 2010, ECMC 2015, ECMB 2016, ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
As minhas expectativas para este Campeonato da Europa, depois da vitória em Dublin e do 2º lugar em Lisboa é conquistar o 2º Campeonato da Europa Divisão C e o respectivo acesso à Divisão B. É um objectivo que esteve muito perto de ser alcançado em Sófia, 2019 quando fomos derrotados na meia-final por uma Grécia que quase não falhou e, mesmo assim, estivemos perto de alcançar a vitória. Neste Europeu, face aos adversários já anunciados, não podemos pensar em nada mais do que ganhar todos os jogos e conquistar o Campeonato da Europa.
2 – Será o teu nono europeu. Em que aspetos achas que podes ser útil à selecção e causar impacto?
O meu nono Europeu…parece que foi ontem o primeiro, e que primeiro!… O que eu já tive de explosividade e rapidez, não que a tenha perdido completamente, mas naturalmente que não são já características tão realçadas em mim. A liderança em campo, a capacidade de ajudar a equipa a organizar-se principalmente a nível defensivo, o tiro exterior de rápida execução e a capacidade de executar qualquer papel ofensivo, julgo que sejam os principais pontos em que posso ajudar a nossa selecção neste momento.
3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Apesar de continuar a ser um 2,5 rápido, considero-me neste momento um jogador muito mais cerebral. A capacidade defensiva sempre foi uma das minhas mais valias, mas apesar de ser um jogador que normalmente tem bola e gera jogo ou o último lançador, sempre fui no ataque um jogador muito polivalente e tenho-me distribuído pelos vários papéis a desempenhar pela nossa selecção sempre que necessário. O meu lançamento exterior tem vindo a melhorar, fruto da insistência do meu treinador em corrigi-lo e acredito que possa ser uma arma a usar nos desafios que nos esperam.
4 – Até onde gostavas de chegar com a selecção? Tens uma meta para te retirares ou estarás a jogar enquanto conseguires?
Gostava de conseguir ajudar a nossa selecção a voltar a subir e manter-se na Divisão B. Sei que a manutenção pode ser o desafio mais complexo, mas tanto o grupo de atletas actual, como os valores em ascensão nos sub23, com esta equipa técnica podemos almejar e sonhar com o topo da Divisão B e quem sabe, a elite do BCR Europeu. Não defini nenhuma meta a alcançar na selecção, não estou cá por estar, estou cá pelo orgulho e honra que sinto a representar o nosso país na modalidade que mais amo e naturalmente pela qualidade de jogo que ainda consigo manter. Enquanto for uma peça útil aos seleccionadores nacionais e me sentir fisicamente bem para representar condignamente o nosso país, cá estarei.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?
O Óscar e o Javi deram-nos uma lufada de ar fresco relativamente a conceitos, conhecimento, organização e estruturação de trabalho, segmentação do treino e trabalho para capacitar os atletas do que têm que fazer e principalmente numa mudança de paradigma relativamente à forma como temos que jogar BCR. Temos apenas que usar todo o conhecimento e ferramentas que nos têm passado, seguir e executar cegamente o que nos pedirem.
Estou 100% certo de que com esta equipa técnica podemos elevar Portugal ao lugar que o seu talento e potencial merece.
Pedro Bártolo: “Temos uma forma de jogar mais coletiva do que nunca”
Pedro Bártolo, figura central do Basket Clube de Gaia, transmite uma mensagem de confiança, relativamente às possibilidades de Portugal alcançar a promoção à divisão B, no Campeonato da Europa C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, de 18 a 24 de setembro. Referência da selecção nacional, o experiente base será um dos pêndulos da formação orientada por Óscar Trigo, particularmente, atendendo à juventude do lote de convocados.
Número: #6
Palmarés: 2x Campeonato Nacional, 1x Taça de Portugal, 1x Supertaça, Vice-Campeão Europeu C 2015
Referências na modalidade: Hugo Lourenço, Pedro Gonçalves, Hugo Maia e Henrique Sousa. Treinadores: Nicola Damiano e Óscar Trigo.
Jogos da tua vida: Supertaça 2021 vs APD Braga; Fase preliminar da Champions League 2019 vs Thuringia Bulls; Final Four da 2ª Divisão espanhola 2015.
Europeus passados (ou provas de seleções anteriores): ECMC 2015, ECMB 2016, ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022.
1 – Quais são as tuas principais expectativas para o Europeu?
Inevitavelmente, ganhar. Queremos dar uma afirmação demonstrativa da nossa capacidade, porque só pode ser assim, se a pretensão for singrar na divisão B. Temos uma forma de jogar mais coletiva do que nunca, uma noção plena do que temos de fazer dentro do campo e um grupo de jogadores que prima pela versatilidade.
2 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Considero-me um jogador eclético, com uma capacidade técnica acima da média e, não menos importante, com o passar da idade, cada vez mais cerebral. Preservo o meu lançamento de média a longa distância, mas, atualmente, procuro gerar mais a partir dessa ameaça.
3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção?
Realisticamente, o ponto de chegada que fará sentido para mim, na seleção, seria atingir a divisão A. Contudo, em termos estruturais, o nosso BCR não está apetrechado com as condições necessárias para irmos além da divisão B. Creio que, além de cobiçarmos resultados, temos de nos preocupar em ampliar a base de atletas, capacitar os treinadores e lutar para que a comunidade do basquetebol nacional nos encare da mesma forma que a qualquer outra seleção. Parece descontextualizado, mas o êxito da seleção implica mesmo uma revolução no modo de se olhar a modalidade, até porque, não esqueçamos, é a mais profissionalizada do universo paralímpico.
4 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da seleção?
Falamos de alguém que alcançou sucesso à escala paralímpica, que colocou Espanha no pódio nos europeus sénior e sub23, por isso seria hipócrita negar que não nos têm a acrescentar algo diferente. Já se sente uma identidade própria dentro do campo, o envolvimento extra treino dos atletas com o processo é notório e a implementação gradual dos conceitos táticos tem sido muito bem feita. Esperamos preservar esta equipa técnica durante muitos anos.
5 – Que impacto pode ter a subida de divisão da seleção no BCR nacional?
Depende. Se a promoção à divisão B for acompanhada por maior compromisso dos atletas, bem como apoio ao lote de selecionáveis, podemos almejar um crescimento sustentável. Caso contrário, continuaremos a ser conhecidos como a seleção ioiô, que sobre e desce, constantemente, de divisão. Não podemos basear o nosso desenvolvimento na saída de jogadores para ligas semiprofissionais ou profissionais.
João Castro: “Quero chegar à divisão B e um dia alcançar a divisão A”
João Castro, bicampeão nacional pelo Basket Clube de Gaia, faz a estreia em provas oficiais pela selecção sénior, no Europeu C de BCR, de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. A sua juventude não é sinónimo de falta de experiência, ou não fosse ele peça-chave dos êxitos da sua equipa, o Basket Clube de Gaia, onde despontou para a prática do BCR em 2016. Irrepreensível na defesa, arma no contra-ataque e disciplinado tacticamente, o extremo promissor amplia o leque de escolhas de Óscar Trigo, Javier López e Ricardo Vieira.
Número: #14
Palmarés: 2 Campeonatos nacionais; 1 Supertaça; 1 Taça de Portugal; Bronze EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022
Referências na modalidade: A nível nacional – Pedro Bártolo e Hugo Maia; a nível internacional – Patrick Anderson e Steve Serio. Treinador – Óscar Trigo
Jogos da tua vida: O jogo da Supertaça 2021 vs APD Braga, quando marquei o lance livre decisivo para levar a equipa a prolongamento
Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
A nível coletivo, espero que a selecção consiga a subida à divisão B. A nível individual, sei que vou dar sempre o meu melhor e espero ter muitos minutos de jogo, se não tiver muitas oportunidades, sei que faz parte.
2 – Este é o teu primeiro Europeu. Em que aspetos achas que és útil para a selecção? Quais os teus pontos fortes?
A minha agilidade, a minha capacidade defensiva e bloqueadora, assim como a velocidade.
3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção nacional?
Quero chegar à divisão B e quem sabe um dia alcançar a divisão A.
4 – O que é que a selecção nacional precisa de evoluir para alcançar a divisão A?
A parte da comunicação, o aspeto defesivo, mais especificamente ao nível do contacto e da “tripla ajuda”, e a nossa organização dentro de campo.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?
O foco no aspeto defensivo, aplicando exercícios específicos para evoluirmos. E a frontalidade em dizer o que fazemos mal e o que temos de melhorar. Também acho que acrescentam no aspecto táctico e de organização. E ajudam-me tanto dentro, como fora do campo.
6 – Alguns colegas estão a sair para jogarem no estrangeiro. Ambicionas sair de Portugal? É algo que tens como objetivo?
Sim. Ver os meus colegas a irem jogar para fora deixa-me feliz, porque sei que vão aprender coisas e, se um dia regressarem, vão melhorar a qualidade do BCR nacional. E isso faz-me ambicionar ir jogar para fora.
7 – No que é que tens de melhor como classe 2 e como jogador para ires para o estrangeiro?
Tenho de ser mais versátil. Saber exatamente quando abrir, quando tenho de fazer bloqueios, como tenho de defender; ter a capacidade de defender um atleta de classe 4; evoluir na leitura de jogo e melhorar o meu tiro. Tenho de comunicar mais dentro do campo, mas também fora. E tenho de ter mais maturidade. Em termos de atitude, demonstrar mais a minha garra e a minha força.
Europeu C de BCR: as palavras de quem brilhou na última subida
Em 2015, a jogar em casa (Lisboa), Portugal alcançou a ambicionada subida à divisão B, ao obter um segundo lugar no Campeonato da Europa C de BCR. Volvidos oito anos, alguns dos protagonistas de então destrinçam as chaves do sucesso e avaliam as hipóteses lusitanas de se repetir a façanha em Sarajevo, de 18 a 24 de setembro.
Jorge Almeida, seleccionador à data, lembra a coesão do grupo de 2015. “Tínhamos um leque de jogadores muito experientes e uma união muito grande em torno do objetivo traçado”. Nos anos seguintes, o técnico da APD Sintra identifica uma “evolução extraordinária do BCR a todos os níveis”, que Portugal não soube acompanhar. “A profissionalização foi fundamental para a evolução da modalidade. Em relação ao nosso BCR, penso que houve alguma evolução, mas mínima”, lamenta.
Contudo, constata circunstâncias encorajadoras no presente para que o objectivo traçado seja exequível. “A seleção tem uma equipa técnica com muita experiência e conhecimento, o que, aliado às condições que hoje a federação coloca ao serviço da seleção, perspectivo um bom futuro para a selecção. Temos também jogadores com experiência internacional como em 2015, o que pode ser determinante no final do campeonato”, resumiu. Para a consecução de metas ainda mais ousadas, o histórico treinador frisa a importância da profissionalização do BCR. “Só assim poderemos pensar em mais altos voos, porque o nível da divisão A é tremendo e inatingível nos próximos anos para nós. Mas subir à divisão B e permanecer na mesma trará grandes benefícios para o BCR nacional”.
Do elenco que contribuiu para o sucesso de 2015, salta à vista o nome de Nelson Oliveira (1.0), extremo ex-Rovteam, APD Leiria e BC Gaia, cujo desempenho lhe valeu a escolha para o cinco ideal da competição, que narra em retrospectiva. “Um campeonato muito bem disputado, sempre com a incerteza se conseguiríamos os objetivos de subida de divisão a que nos tínhamos proposto e a gratificação no final, com tão poucas condições de trabalho proporcionadas e talvez as possíveis pela entidade reguladora da altura”.
No tocante à distinção individual, o atleta natural da Figueira da Foz vinca a sensação de realização, depois dos esforços em prol da modalidade. “Sacrifiquei a familia, abdiquei de muito convívio com amigos, passei horas e horas a treinar sozinho num pavilhão, fiz muitos kms na estrada sozinho para representar o meu clube, pois perto da minha área de residência não havia clube de BCR, e por fim ter aquele prémio foi muito gratificante”, resume.
Na origem da promoção à divisão B conquistada em Lisboa, Nelson Oliveira aponta como factores essenciais a complementaridade e profundidade dos escolhidos à época. “A experiência dos mais internacionalizados, a força e dedicação dos recém-chegados e o respeito e humildade dentro do grupo de trabalho, potenciaram em muito a probabilidade da concretização do objetivo da subida”. Convicto em nova subida de divisão, reitera a preponderância da profissionalização e salienta a necessidade de formação de jogadores. “A aposta na formação tem de continuar e, enquanto o BCR não for mais profissional, o atleta tem de ter um compromisso mais pessoal. Quero dizer com isto que não chega o trabalho e treinos nos clubes, embora tenha a noção que nem sempre é fácil conciliar a vida laboral com o desporto. Mas, se queremos estar ao nível das restantes equipas da europa, temos de trabalhar mais que eles e cada atleta tem de fazer um trabalho individual extra clube”, diagnostica.
Já Pedro Gonçalves, antigo capitão da selecção nacional e recordista de participações em Campeonatos da Europa (10), sem esquecer o feito de 2015, enaltece o caminho trilhado a partir de 2007. “As bases começaram em 2007 e foram uma combinação de vários fatores. A chegada de um selecionador experiente e conhecedor, com uma mentalidade totalmente nova até então, exigente, extremamente competitiva e ganhadora”, sublinha, dando relevo igualmente ao investimento material e às diligências do staff.
O virtuoso base partilha da opinião de Jorge Almeida relativamente às possibilidades de Portugal voltar a consumar a subida. “As expectativas para o próximo europeu são necessariamente altas! Creio que é preciso ainda mais um esforço de todos os intervenientes do BCR para podermos estar num patamar acima. Ainda assim, e sem querer fazer comparações, acho que temos uma situação semelhante à de 2007, com um grupo jovem, mas com qualidade e muita vontade”, descreveu. Do longo trajecto na modalidade, que inclui mais de duas décadas ao serviço da selecção, o icónico jogador da APD Sintra rotula os Europeus de 2007 e 2015 como “o momento mais alto da carreira” e deixa uma mensagem ao grupo que ruma a Sarajevo. “Representar a Selecção Nacional é o expoente máximo na carreira de qualquer atleta e que “obriga” a dar tudo o que temos e ainda mais um bocadinho”.
Hélder Freitas: “Tento dar o meu máximo e nunca desisto”
Hélder Freitas oferece robustez ao jogo interior da selecção nacional, no Campeonato da Europa C de BCR, que decorre de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. Um dos elementos mais possantes e abnegados dos doze convocados, poderá revestir o cinco luso de maior solidez defensiva, altura e combatividade no desejado percurso rumo à promoção à divisão B.
Número: #9
Palmarés: 1 Campeonato nacional, 2 Taças de Portugal, 2 Supertaças
Referências na modalidade: Pedro Bártolo e Márcio Dias.
Jogos da tua vida: Os jogos com o BC Gaia exigem sempre mais de mim e por isso destaco esses jogos. E, também, um dos jogos contra a APD Leiria, na época passada – 22/23 -, em que tive oportunidade de jogar bastante tempo e fui o melhor marcador.
Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
É conseguirmos fazer o que não conseguimos fazer nos outros europeus: subir de divisão e ficar na história.
2 – Em que aspetos achas que és útil para a seleção?
Sei as qualidades que tenho. Sei que há jogadores “à minha frente” para entrar e para jogar mais tempo, mas sei que posso ser útil para a rotação. Um dos meus pontos fortes é o aspecto defensivo e sei que o “meu jogo” ofensivo é dentro da área restritiva, por isso vou empenhar-me ao máximo para conseguir entrar e fazer o meu melhor.
2 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Considero-me um atleta com força. Apesar de saber que sou um pouco inexperiente na leitura do jogo, sei que tento dar o meu máximo e nunca desisto.
3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção nacional?
Considero que, possivelmente, este vai ser mesmo o meu último europeu. Gosto disto, mas acho, sinceramente, que tenho colegas com capacidade para estar no meu lugar no futuro.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?
Vieram contribuir muito, porque têm muita “escola”. Já tínhamos qualidade, mas ganhámos ainda mais.
Sílvio Nogueira: “Gostava de deixar a seleção na divisão B”
Sílvio Nogueira, jogador da APD Braga, faz parte do lote dos convocados para o ECMC 2023, pela segunda vez, já que esteve, em 2019, no ECMC, na Bulgária. O extremo trabalhador, que se destaca pela sua polivalência, pode assumir funções na organização de jogo, como proporcionar a aproximação dos jogadores interiores da equipa das quinas de situações de finalização mais cómodas.
Número: #7
Palmarés: 6 Campeonatos Nacionais, 8 Taças de Portugal, 7 Supertaças
Referências na modalidade: Jogadores: Gregg Warburton, Pedro Bártolo; Treinadores: Ricardo Vieira e Óscar Trigo.
Jogos da tua vida: Primeiro título por Braga, em 2013, quando vencemos a Taça de Portugal. O penúltimo jogo na Bulgária, contra a Grécia, no Europeu C de 2019
Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2019
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
Espero que consigamos levantar o troféu, no final do Europeu, uma vez que é para esse objetivo que temos vindo a trabalhar juntamente com o Óscar e o Javier. A nível individual, espero acrescentar o mesmo que acrescentei quando fui ao europeu, na Bulgária, assim como dar o melhor de mim e todo o meu empenho.
2 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Penso que sou um jogador que pode ser fundamental ao nível de organização de jogo, mediante a equipa que esteja em campo. Também acho que, sendo um ponto baixo, posso ser importante para colocar os postes dentro da área restritiva.
3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção nacional?
Já estou quase com 40 anos, por isso a idade começa a “pesar”, mas gostava de, pelo menos, deixar a seleção na divisão B. E estabilizá-la na B.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?
Há certas coisas que nós já tinhamos, mas que esta nova equipa técnica soube despertar em nós, novamente, como, por exemplo, ver jogos de BCR e conseguir pôr em prática o que vemos. E, nesse sentido, acho que a vinda do Óscar e do Javier veio ajudar a colocar em prática aquilo que nós já sabíamos na teoria. Acredito que vamos levantar a taça e, com a continuação deles cá, a seleção vai ficar muito melhor.
Ângelo Pereira: “Para mim, é obrigatório alcançar o primeiro lugar na divisão C”
Ângelo Pereira, um dos mais prolíficos atiradores nacionais, vai disputar o seu quarto Campeonato da Europa, de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. O “benjamim” da edição de 2017, na qual protagonizou uma estreia memorável, justificando o rótulo de um dos mais talentosos jogadores da nova geração do BCR português, surge no lote de eleitos com maior maturidade e capacidade de gerir os ritmos de jogo, sem perder o “faro” pelo cesto a que habituou os seguidores da modalidade, muitas vezes bem para lá dos 6,75m.
Número: #8
Palmarés: Finalista vencido Taça de Portugal, finalista vencido Supertaça, Medalha de Bronze nos EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022
Referências na modalidade: Hugo Lourenço e Jorge Almeida. A nível internacional, Patrick Anderson, Steve Serio, Gregg Warburton e Phill Pratt.
Jogos da tua vida: A estreia com a selecção no Europeu de 2017, em que fui o melhor marcador. O jogo contra a França nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019, em que levámos uma tareia e sofremos uma pressão campo inteiro. Não tínhamos capacidade de reacção. Mudou a nossa forma de trabalhar.
Europeus passados (ou provas de seleções anteriores): Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019 e 2022, ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022.
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
Ganhar o Europeu. Do ponto de vista individual, procurar ter o máximo de minutos e fazer o meu melhor, enquanto estiver lá dentro, e também, quando estiver no banco, ajudar os meus colegas. Para mim, é obrigatório alcançar o primeiro lugar na divisão C. Quero ter a sensação de chegar ao ouro.
2 – É o teu quarto Europeu. Em que aspetos evoluíste e podes dar mais à seleção?
Ganhei mais experiência, tenho a capacidade de acalmar e compreender o jogo, apoiar os meus colegas mais jovens e sem presença em Europeus, casos do Alexandre [Conde], João Castro e Ibra[him] Mandjam. Ainda tenho o nervoso miudinho antes dos jogos, mas já estou mais calmo. Ainda me lembro do meu primeiro jogo, em que não conseguia sair do balneário com o nervosismo.
3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Sou melhor no ataque. Um atirador, bom a decidir, a ver o jogo e a fazer aquele passe no último instante. Tenho de melhorar a nível defensivo.
4 – Até onde gostavas de chegar com a seleção?
Vencer a divisão C, subir da B para a A e ficar na A. Gostava de estar lá em cima no topo e experimentar a sensação dos melhores jogos.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da selecção?
Têm uma mentalidade diferente, vieram da divisão A e sabem o que é competir na elite. Podemos ver na televisão, mas sentir, jogar a esse nível é totalmente diferente.
Miguel Reis: “Acredito plenamente que este pode ser o ano de Portugal”
Miguel Reis, jovem poste em ascensão no BCR internacional, na sequência de uma época positiva ao serviço do Unes FC Barcelona, é um dos rostos da renovação da selecção nacional. Certeiro na média e longa distância, o seu poder de fogo e capacidade de sacrifício no aspeto defensivo fazem dele uma peça indispensável no jogo da equipa das quinas.
Número: #13
Palmarés: 1x Campeonato Nacional, 1x Supertaça, Medalha de Bronze nos EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022, 5 ideal European Parayounth Games.
Referências na modalidade: Pedro Bártolo, Hugo Lourenço e Márcio Dias. A nível internacional, Alexander Halousky, Efrain “Flaco” Martinez e Phill Pratt.
Jogos da tua vida: Tenho dois jogos que me saltam à mente como sendo os “jogos da minha vida”: o jogo da conquista da supertaça, em 2021, sendo este o primeiro título que ganhei a jogar a modalidade, contra a APD Braga; e o segundo, o jogo da meias-finais da Final Four da 2ª divisão espanhola, contra Servigest Burgos.
Europeus passados (ou provas de seleções anteriores): Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019 e 2022, ECMBC 2022.
1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?
Acredito plenamente que este pode ser o ano de Portugal, se trabalharmos e remarmos todos para o mesmo lado em uníssono. Estou mesmo confiante que podemos sair de Sarajevo com um sorriso no rosto.
2 – Será o teu segundo europeu em que te será exigido um papel diferente. Em que aspetos evoluíste e podes dar mais à seleção?
Principalmente na leitura de jogo e no aspeto defensivo. Posso ajudar muito mais defensivamente e no transporte de bola.
3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Acredito ser um jogador versátil que pode ocupar várias posições dependendo do que o jogo pedir e, apesar de muitas vezes cometer o erro de me “agarrar á bola”, gosto de ser solidário com a bola nas mãos e dar jogo aos meus companheiros de equipa e não querer tudo “só para mim”. Quanto aos pontos fortes, tenho de destacar o lançamento exterior e a mobilidade que tenho.
4 – Até onde gostavas de chegar com a seleção?
Alcançar a divisão A. Sei que será um sonho distante, mas possível com muito trabalho.
Luís Domingos: “É a prova mais importante na qual alguma vez participei”
Luís Domingos, referência dos Mohawks Wheelchair Basketball da Premier, máximo escalão britânico, volta a estar no lote de selecionados da equipa nacional para um campeonato da Europa. Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, acolhe a selecção nacional de BCR pela terceira vez (depois das edições de 2016 e 2022), de 18 a 24 de setembro, com o campeonato da Europa C de BCR como pano de fundo. O versátil jogador, capaz de desempenhar praticamente todas as funções no campo, exibe um compromisso com o processo defensivo acima da média, apresenta-se como ameaça no contra-ataque e denota cada vez maior solidez no lançamento de média distância. Luís Domingos encara Sarajevo com máximo optimismo e espera que Portugal possa reclamar e manter uma posição na divisão B do BCR continental de selecções.
Número: #12
Palmarés: Division 2 – terceiro escalão britânico; 1 campeonato nacional; 1 Supertaça
Referências na modalidade: Pedro Bártolo, Márcio Dias, Hugo Maia. A nível internacional: Gregg Warburton e Mateusz Filipski. Treinador: Ricardo Vieira
Jogos da tua vida: Playoffs vs APD Braga na época 2021/2022 (especialmente jogos 3 e 4). Jogo contra Zuzenak na División de Honor [máximo escalão espanhol], ao serviço do Servigest Burgos.
Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2019, ECMBC 2022, EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude – 2019
1 – Quais são as tuas principais expectativas para o Europeu?
As minhas expectativas vão para lá do campeonato da Europa. Não só quero vencer o Europeu, como desejo que sejamos fortes o suficiente para competir e permanecer na divisão B.
2 – Chegas a esta competição com maior maturidade. Sentes-te preparado para assumir um papel mais importante no grupo?
Será o meu terceiro Europeu e seguramente a prova mais importante na qual alguma vez participei. Relativamente a campeonatos da Europa anteriores, sinto-me mais maduro, motivado e preparado mentalmente para o que teremos de atravessar para vencer a competição, que não será fácil, mas acredito plenamente que temos o que é preciso para ganharmos.
3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?
Antes, descrevia-me como lutador e sonhador. Mas agora vejo-me como um verdadeiro colega de equipa e alguém disposto a sacrificar-se pelo bem da equipa. Uma das minhas principais qualidades, que quero continuar a desenvolver e elevar, é a defesa.
4 – Até onde gostavas de chegar com a selecção?
No passado, acreditava que a selecção nacional era apenas uma selecção nacional, na qual sempre quis destacar-me de todos os outros. Mas hoje compreendo que é uma segunda casa, onde conheci pessoas que levo para a vida, portanto quero fazer parte dela e dar o meu melhor para que se possam atingir patamares só ao alcance de alguns “gigantes” europeus.
5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da selecção?
O Óscar e o Javi não são apenas treinadores extraordinários, mas também pessoas que compreendem verdadeiramente o que os jogadores enfrentam e necessitam para terem a melhor performance. Estão a criar uma cultura basquetebolística, algo que nunca vi na selecção nacional.
6 – Tiveste um ano de transição, depois de uma época a jogar em Portugal ao serviço do BC Gaia. Como foi esse reajuste a uma nova/antiga realidade? E como foi voltar a jogar em Inglaterra?
Se pudesse descrever o BC Gaia como uma universidade, diria que foi a minha universidade de Cambridge! Não só porque aprendi muito acerca de Basquetebol, mas também sobre trabalho duro e outros aspectos que me fizeram melhor jogador do que antes. Voltei a Inglaterra uma pessoa muito mais madura e alguém com ensinamentos que podem ajudar outros jovens jogadores da minha equipa.
Noticias da Federação (Custom)
“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”
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Legenda
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Miguel Maria
“Donec Aliquam sem eget tempus elementum.”
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