Artigos da Federaçãooo
Óscar Trigo: “Esta é a concentração mais importante da época”
Óscar Trigo, selecionador nacional de seniores BCR, aguarda com expetativa a próxima concentração, que terá como palco, Vila Nova de Gaia, de 2 a 9 de julho. Para o timoneiro da equipa nacional, a maior disponibilidade de tempo permitirá amadurecer conceitos de jogo, introduzir outros, mas, acima de tudo, colocar à prova os convocados do ponto de vista competitivo.
“É a concentração mais importante da época. Precisávamos de uma semana para recapitular aquilo que trabalhámos nas concentrações anteriores, tanto a nível defensivo, como ofensivo, e introduzir a transição ofensiva e a saída de pressão. A partir daí, começaremos a trabalhar rotações de jogo, ter claros que cincos vamos utilizar. E isso só se pode fazer competindo com equipas, que sejam alheias à dinâmica interna do grupo”, sumarizou, desvendando em que moldes se processará a necessária vertente de competição.
Se as manhãs serão vocacionadas para o treino, as tardes vão privilegiar o jogo, com a seleção nacional a enfrentar um “combinado” de jogadores, onde sobressai Alexis Ruiz, internacional espanhol recém-contratado pelo campeão espanhol e da Europa BSR Amiab Albacete. No grupo de oponentes de Portugal, constarão ainda outros jogadores espanhóis e alguns atletas do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto, formação bicampeã nacional. A intensidade vai ser a palavra de ordem, até porque, frisa o técnico, o timing desafiante do Campeonato da Europa C – 18 a 24 de setembro – não proporcionará oportunidade para reajustes. “No mês de setembro, não podemos desenvolver nada. Apenas insistir nos conceitos. Esta concentração é essencial. Precisamos que os jogadores tenham a condição física adequada para suportar as seis horas de treino diário”.
Com as fases decisivas das competições nacionais “frescas” na memória, Óscar Trigo debruçou-se ainda sobre o estado atual do BCR português, confessando uma melhor impressão face à inicial. “Há uma diferença muito ampla entre as duas equipas [APD Braga e BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto] que jogaram a fase final e as demais. São algo mais completos, baseiam-se num jogo bastante mais coletivo, onde há preponderância da defesa”, sintetizou.
Contudo, a margem para evolução é evidente: “Continuo a pensar que o jogador português tem de dar um passo ao nível do contacto, de marcar a linha e não permitir que ninguém passe a partir daí. Fisicamente, há progresso. Mas falta esse ponto de tensão defensiva. Falta também um ataque muito mais trabalhado e isso só pode acontecer a partir do momento que a defesa gere dificuldades”, sintetizou.
A seleção nacional de seniores BCR reúne-se de 2 a 9 de julho, em Vila Nova de Gaia, e treinará maioritariamente no Pavilhão Municipal Dr. Manuel Ramos. No último dia de trabalho, 8 de julho, a comitiva irá utilizar o Pavilhão Municipal Carlos Resende.
Augusto Pinto: “Há um maior número de jovens a praticar a modalidade”
Augusto Pinto, presidente do Comité Nacional de BCR, debruçou-se, em entrevista à FPB, sobre o progresso da modalidade na temporada que agora finda. Na ótica do dirigente do órgão responsável pela gestão do Basquetebol em cadeira de rodas, a modalidade Paralímpica coletiva mais popular à escala mundial, é vital existir a estabilização de um modelo competitivo interno, promover a captação de atletas, louvando o maior número de jovens no universo de praticantes, e rumar à semi-profissionalização, ponto de partida essencial para que um dia a seleção portuguesa possa sonhar com a chegada à Divisão A.
1 – Que balanço faz do modelo competitivo adotado para a presente época?
Sabendo todos nós que é difícil encontrar um modelo ideal, porque muitas das vezes está refém da capacidade financeira para o executar, pensamos, no entanto, que o que prevaleceu nesta época é aquele que se afigura mais equilibrado em todos os seus vetores. Transpôs mais desenvolvimento para a modalidade, com o estabelecimento de diferentes graus competição. Gostaríamos de continuar a manter este modelo na próxima época, pois consideramos contraproducente todos os anos testar novos modelos competitivos. Temos que consolidar o atual, ainda que com possíveis pequenos ajustes.
2 – Constatam-se ainda resultados baixos no BCR, particularmente no segundo escalão, inclusive entre equipas já com muitos anos de competição. Que pechas subsistem no nosso BCR a combater?
Ao delinear e criar a Divisão de Honra pensámos em dois enfoques importantes. Primeiro, possibilitar que as equipas que iniciam a modalidade tenham um período inicial de desenvolvimento da estrutura competitiva, não só a nível de atletas, mas também de treinadores e dirigentes. Não obstante este primeiro objetivo, não quisemos deixar de lhes proporcionar um contacto inicial com a alta competição de BCR. Essa foi uma mais valia desta primeira fase de Pré-qualificação. Evidentemente, suscitou resultados mais desnivelados, mas, ao mesmo tempo, obrigou a pensar que o caminho a trilhar seria fazer mais captação a nível de atletas e restante estrutura de recursos humanos.
Em relação às equipas com mais tempo no BCR e que não atingem um bom grau de competição, porque entendemos que possa ser uma fase ultrapassável, desejamos sempre manter esse grau transitório em contraposição do cancelamento de atividade desportiva. Gostaria ainda de realçar que a filosofia inerente à competição no escalão principal (Liga BCR) terá que ser repensada por todos nós e evoluir a médio prazo para uma capacitação no mínimo semiprofissional, se queremos outros patamares de desenvolvimento da modalidade.
3 – Que aspetos positivos realça e o que ficou aquém das expectativas na época decorrida?
Verificou-se um evidente maior grau de visibilidade da modalidade, muito fruto do trabalho desenvolvido pelos clubes da Liga BCR, mas, mesmo no escalão inferior, houve uma evidente aposta da parte de alguns clubes de serem mais competitivos. Verificamos uma evolução na forma de encarar a competição e pensamos que isso também deriva da implementação do projeto Valorizar da FPB, pois pode parecer, à primeira vista, um pequeno grão na engrenagem, mas acaba por ser paulatinamente um fator de desenvolvimento.
Não se perdeu o enfoque na captação de novos atletas, em especial há um maior número de jovens a praticar a modalidade. Não podemos, no entanto, dar-nos por satisfeitos e ir mais além. Continua a existir um grande défice na captação de atletas do género feminino, percebemos quão difícil é integrar as mesmas em equipas masculinas, mas é um esforço que tem que ser feito, possivelmente temos que encontrar novas fórmulas de trabalho para ultrapassar esta situação.
Realçamos um dos aspetos que ficou aquém do programado para esta época: a evidente falta de capacidade de passar à divisão seguinte no ranking das seleções europeias [em alusão ao facto de Portugal não ter subido à divisão B em junho de 2022]. Esta situação levou-nos a encetar uma série de procedimentos capazes de alterar este rumo, pois entendemos que isso afetou de forma significativa os atletas que participaram no último europeu.
4 – Qual o porquê da aposta numa nova equipa técnica para a seleção nacional e quais os objetivos a curto/médio e longo prazo?
Na sequência natural das medidas que foram tomadas para alterar os condicionalismos frisados no ponto anterior. Esta contratação teria que recair numa equipa já com resultados devidamente comprovados e mais que isso, no nosso entender, fosse capaz de alterar este constante estado de espírito resignado, pois estamos certos que a nossa seleção tem qualidade técnica evidente para estar num patamar superior na Europa.
Para além da capacidade técnica, esta nova equipa teria que conseguir criar grande empatia com os atletas e uma nova linguagem capaz de motivar toda a equipa. Não podemos deixar de realçar o excelente trabalho que está a ser efetuado na seleção mais jovem – Sub23 -, que está já a trazer mais capacitação ao plantel da equipa principal. Estamos convencidos que esta seleção jovem estará em boas condições para participar no europeu do próximo ano se a prova se vier a concretizar, pois é importante projetar dinâmicas positivas.
Ao nível da seleção sénior, a curto prazo, o objetivo é a subida à divisão B e, a médio prazo, conseguir atingir o patamar principal da europa, Divisão A. Para concretizar este último objetivo, alguns paradigmas a que estamos habituados no BCR terão que ser alterados e um deles, senão o principal, é o caminho para uma cada vez maior e melhor competição nacional, que tenha reflexos no desenvolvimento da modalidade a todos os níveis, ou seja, uma via para uma postura mais profissionalizante de todos os vetores do BCR.
5 – Continua a haver um baixo número de praticantes de BCR. Na presente época, este número aumentou, desceu ou manteve-se? Que estratégias concretas pretende o CNBCR adotar para promover a maior captação de potenciais talentos?
Esta época houve mais captação de atletas no BCR. Se a consideramos suficiente? Não, mas, como disse atrás, ela tem repercussão mais positiva pela faixa etária onde foi conseguida e que levou a uma diminuição da média etária dos praticantes. Este vetor de captação é o que tem o nosso primeiro objetivo. Temos de encontrar novas formas de desenvolver a captação e consideramos aqui que um ponto primordial a atuação que deve ser efetuada no desporto escolar. No entanto, consideramos que a estratégia atual tem que ser redefinida, pois esse trabalho de captação deve ser efetuado de forma continuada e não por impulsos. Para isso, temos que contar com o apoio essencial do CPP – Comité Paralímpico Português – e a tutela do governo nas áreas desportivas e educacionais.
Yuri Fernandes continuará a defender as cores do campeão francês
Yuri Fernandes prossegue nas fileiras do campeão francês, Hornets Le Cannet, na temporada 2023/2024. A formação da Costa Azul, potência do BCR gaulês e participante habitual das provas europeias de topo, é a casa do extremo ex-Trovões desde 2018. Com a sua ação a dividir-se entre a equipa principal e a formação de reservas, Yuri Fernandes vinca a competitividade como fator catalisador da sua decisão.
“Tenho o prazer de estar numa equipa que só pensa em ganhar. Quero aproveitar os minutos de jogo que tenho tido, na elite do campeonato francês, onde tenho uma carga de cinco treinos por semana. A intensidade dos treinos e dos jogos em si, e especialmente o espírito de família que se tem nesta equipa, pesaram na minha decisão”, sintetizou.
No que respeita ao futuro, as pretensões para a época que se avizinha passam pela “revalidação do título de campeão francês e ganhar todos os títulos possíveis”. O regresso a Portugal parece não estar em equação: “Só mesmo para representar a equipa nacional. Tenho a minha vida estabilizada aqui em França”.
Observador atento da realidade lusa na modalidade, Yuri Fernandes constata evolução. “Tenho acompanhado o BCR português, onde a equipa do BC Gaia tem vindo a rivalizar com a equipa da APD Braga, que durante anos dominou, depois da APD Sintra. O facto de outros jogadores darem o salto para campeonatos estrangeiros demonstra a evolução do BCR português. A divulgação da modalidade evoluiu desde que deixei Portugal, mas ainda há um longo caminho a percorrer, comparando com outros países”, rematou.
Seleção Nacional de Seniores BCR continua preparação para o europeu
A seleção nacional de seniores BCR irá estagiar de 2 a 9 de julho, em Grijó, Vila Nova de Gaia, dando continuidade à preparação para o Campeonato da Europa C. A prova será disputada em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, de 18 a 24 de setembro.
Para a mais longa das etapas de treinos até ao momento, Óscar Trigo, seleccionador nacional, e a sua equipa técnica, composta por Javier López, Ricardo Vieira e Daniel Pereira, não promovem qualquer alteração face ao último estágio, decorrido de 2 a 4 de junho, no Luso, Mealhada. Desta feita, os treinos tomarão lugar no pavilhão Dr. Manuel Ramos, em Grijó, Vila Nova de Gaia.
CONVOCADOS
APD Braga
Sílvio Nogueira – 2.0
José Miguel Gonçalves – 3.0
Hélder Freitas – 3.5
BC Gaia
João Castro – 2.0
Pedro Bártolo – 2.5
GDD Alcoitão
Hugo Maia – 2.5
André Gomes – 2.5
APD Sintra
Ibrahim Mandjam – 4.0
APD Leiria
Alexandre Conde – 4.0
APD Lisboa
Ângelo Pereira – 2.5
Unes FC Barcelona (Espanha)
Miguel Reis – 4.0
CAPSAAA Paris (França)
Christophe da Silva – 1.0
Mohawks Wheelchair Basketball (Reino Unido)
Luís Domingos – 2.5
Diretor responsável: João Crucho
Diretor adjunto: Luís Sintra
Fisioterapeutas: Sara Rodrigues
Staff: Carlos Peixoto
Márcio Dias e Marco Almeida foram os mais valiosos na final da Liga BCR
Na final da Liga BCR, concluída com um 3-0 favorável ao BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto, Márcio Dias, da APD Braga, e Marco Almeida, dos gaienses, estiveram em plano de destaque.
Se o barcelense, camisola 4 dos minhotos, totalizou 51.5 de valorização ao cabo das três partidas, o poste dos agora bicampeões nacionais ficou pouco atrás, ao registar 50.5. No duelo inaugural – 36-47 -, Marco Almeida – 4.0 – assinou a exibição mais tímida da final, cifrada em 3 pontos, 7 ressaltos, 1 assistência e 3 roubos de bola (8 val.), ao passo que Márcio Dias – 4.5 – protagonizou o oposto, ou seja, a sua melhor prestação, desdobrada em 14 pontos, 11 ressaltos, 5 assistências, 4 roubos de bola e 1 desarme de lançamento (19.5 val.).
Seguiu-se nova atuação sóbria do internacional português, no segundo duelo deste frente-a-frente – 46-54 -, reeditando-se o duplo-duplo, com 16 pontos, 10 ressaltos, 6 assistências, 1 roubo de bola e 2 desarmes de lançamento (17 val.). Já o número 16 da equipa laranja obteve a máxima valorização entre todos os atletas, englobando os três desafios, ao atingir a impressionante marca de 30.5 de valorização, produto de 18 pontos, 18 ressaltos, 2 assistências, 1 roubo de bola.
No desenlace da disputa pelo título – 53-51 -, Márcio Dias – 4.5 – foi quem mais remou para forçar o quarto jogo, ao contribuir com 16 pontos, 11 ressaltos, 6 assistências e 1 roubo de bola (15 val.). Por sua vez, Marco Almeida – 4.0 – amealhou 10 pontos, incluindo o cesto que viria a selar a conquista, 10 ressaltos, 1 assistência e 4 roubos de bola (12 val.).
Encerradas as competições de clubes na presente temporada, há já a certeza de mais uma página garantida na rivalidade a opor APD Braga e BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto, uma vez que ambos se enfrentam na Supertaça, em Outubro. Os gaienses ergueram o título de campeão nacional, consumando um inédito bicampeonato, bem como a Taça de Portugal, feito também sem precedentes na trajetória do clube. Quanto aos bracarenses, acrescentaram à sua vitrine mais uma Supertaça e alcançaram as finais do campeonato e da Taça de Portugal.
BC Gaia é bicampeão nacional!
O BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto revalidou o título de campeão nacional de BCR após vencer a APD Braga no terceiro jogo da final por 53-51!
Num encontro marcado pela ambição de ambas as equipas, este foi um encontro marcado pelo equilíbrio e pelas constantes trocas de liderança. O emblema de Braga entrou melhor e passou a maior do primeiro quarto na liderança, mas a resposta da formação de Gaia chegou logo no segundo período, com a passagem para a frente do marcador.
Ao intervalo o marcador assinavala uma diferença de apenas um ponto, 25-24, para a equipa do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto, e a toada não mudou no terceiro e quarto períodos, com a maior vantagem do jogo a chegar no final do terceiro quarto quando os eventuais bicampeões nacionais chegaram aos seis pontos de diferença.
A emoção continuou até final, mas a vitório ficou nas mãos da formação de Gaia, que celebrou o bicampeonato nacional e a dobradinha.
Daniel Silva (14pts, 5res, 6ast, 1rb), Pedro Bártolo (12pts, 4res, 6ast, 2rb), Ronaldo Souza (11pts, 6res, 2ast) e Marco Almeida (10pts, 10res, 1ast, 4rb) foram os mais esclarecidos nos vencedores, enquanto Márcio Dias (16pts, 11res, 6ast, 1rb) e Jorge Carneiro (16pts, 2res, 5ast, 3rb) comandaram os bracarenses.
BC Gaia e APD Braga prosseguem discussão do título no sábado
Na final da Liga BCR, o fim de semana pode ser decisivo no apuramento do campeão ou forçar a “negra”. O BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto averbou duas vitórias no terreno da APD Braga – 36-47 e 46-54 – e parte para o terceiro encontro sabendo que, em caso de novo triunfo, no sábado, 17 de junho, às 17h, em Grijó, – transmissão FPBtv -, festeja o bicampeonato. Se a APD Braga vencer, há novo embate, no domingo, também em Grijó, às 15h. O empate na eliminatória ditaria a quinta e decisiva partida, prevista para 24 de junho, em Ferreiros, Braga, às 16h.
Na antecâmara de mais um frente-a-frente da maior rivalidade do BCR nacional nas últimas épocas, ouvimos Rui França, treinador-adjunto e jogador dos gaienses, e Filipe Carneiro, atleta da APD Braga. O camisola #12 do conjunto minhoto mantém viva a esperança de fazer regressar o título de campeão a Braga e sinaliza o aspecto essencial para um desfecho positivo no próximo jogo. “Continuamos a sentir algumas dificuldades na saída da pressão a campo inteiro que a equipa de Gaia tem adotado. O trabalho sem bola terá que ser chave contra equipas mais rápidas que nós e que defendem bem um para um. Temos vindo a trabalhar esse aspeto e, se todos souberem o que fazer e manter a cabeça fresca nos momentos decisivos, não vejo porque não pensar na reviravolta”, resumiu.
Apesar de reconhecer o “peso” da desvantagem, o base/extremo internacional A recorda circunstâncias similares contornadas no passado e vinca que a veterania da equipa não é um capital inteiramente negativo. “O grupo ainda acredita e continua empenhado a cada treino e a pensar jogo a jogo. Somos uma equipa com uma média de idade já um pouco avançada, é verdade, mas também contamos com experiência. Já ultrapassámos reviravoltas em épocas passadas e com menos opções do que dispomos hoje”.
Já Rui França, tece elogios ao rival bracarense e adverte para a necessidade do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto se apresentar no seu melhor para se impor mais uma vez. “Irá ser com certeza mais um jogo intenso e emocionante, como têm sido todos os jogos com a APD Braga. Estamos a falar do nosso grande rival, são uma grande equipa e tudo farão para ganhar este terceiro jogo. Teremos de estar no topo das nossas capacidades para conseguirmos vencer e trazer o Bi-campeonato para a nossa vitrine.”, frisou.
Quanto à estratégia a adoptar para levar avante essa intenção, o técnico e jogador acredita que os seus pupilos se devem manter fiéis à postura dos jogos recentes. “Teremos de ter um bom equilíbrio tático e continuarmos com a grande intensidade defensiva que demonstrámos”.
Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio
Ismael de Sousa de regresso à Série A italiana
Depois de uma final inglória, em que Ismael de Sousa vira a equipa de Parma dar a volta na final, abriu-se nova oportunidade para o ansiado regresso à Série A. A Polisportiva Parma renunciou ao direito de militar no principal patamar do BCR do país transalpino, ficando uma vaga por preencher que a SSD Santa Lucia agarrou sem hesitar.
Ismael de Sousa, agora figura de proa da formação romana, transparece a alegria proporcionada por esta promoção inesperada. “Sempre sonhei em voltar a esse nível e voltar com o Santa Lucia é, sem dúvida, a melhor coisa que podia acontecer, pela sua história no BCR italiano”, comentou.
No que toca às expetativas pessoais para a temporada que se avizinha, o poste luso-cabo-verdiano traça objetivos simples. “Quero apenas ser feliz jogando, desfrutar e aprender cada vez mais com os melhores, a cada treino e jogo”.
Face ao hiato de três anos de ausência da Série A, Ismael de Sousa considera que “uma boa época seria assegurar a manutenção”.
Miguel Reis despede-se do Unes FC Barcelona
Após uma época de êxito, assente na qualificação para a Final Four da prova nacional e vitória da Liga Catalã, Miguel Reis revela a saída do Unes FC Barcelona. A montante da opção do internacional A e sub23 está a determinação do emblema blaugrana em abdicar de integrar a Primera División – segundo escalão do BCR espanhol – por motivos financeiros e assim militar, na temporada 2023/2024, na Segunda División, terceiro patamar. “Tomei a decisão de procurar outra equipa mais estável e que me permitisse continuar a aprender e a jogar a um grande nível”, explicou à FPB.
O rumo tomado por um dos mais bem-sucedidos clubes de BCR na Catalunha apanhou de surpresa os seguidores da modalidade, até porque existia a intenção declarada de lutar, no curso da presente época, pela subida à máxima divisão, a División de Honor, considerada uma das ligas mais competitivas da Europa. Apesar do imprevisto, Miguel Reis mostra-se convicto de que a aventura além-fronteiras é para continuar. “Ainda é tudo muito incerto, mas tenciono continuar a jogar fora. Tive um convite de uma equipa italiana e, se tudo correr bem, estarei na série A italiana”, confidenciou.
Do palco de estreia no BCR internacional, Miguel Reis garante levar as melhores recordações e reconhece amadurecimento em vários campos. “Foi uma experiência incrível, tanto no plano pessoal, como desportivo. Aprendi imenso enquanto jogador e enquanto pessoa; conheci gente fantástica que foram quase uma segunda família para mim. Tenho um balanço completamente positivo desta experiência e sede de mais”.
O foco do poste de 23 anos transfere-se agora para a seleção nacional, que terá, ao longo do verão, momentos preparativos para o Campeonato da Europa C, a decorrer de 17 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina.
BC Gaia amplia vantagem na final da Liga BCR
Na final da Liga BCR, o BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto voltou a levar a melhor sobre a APD Braga, alcançando assim a segunda vitória – 46-54. No próximo sábado, 17 de junho, joga-se o terceiro embate, em Grijó, às 17h. Em caso de triunfo, os gaienses renovam o título nacional. Se a APD Braga prevalecer, disputa-se o quarto encontro, também em Grijó, no dia seguinte, 18 de junho, às 15h.
No desafio desta tarde, os bracarenses repetiram a receita e entraram melhor, mas os gaienses reagiram, com recurso, mais uma vez, a uma estratégia de pressão alta, e reclamaram o primeiro quarto – 07-14. Os minhotos não baixaram os braços e responderam com um parcial autoritário, ancorado em vários roubos de bola, fruto da agressividade defensiva imposta – 18-13. No descanso, o marcador assinalava 25-27 para os visitantes.
Na segunda parte, o ascendente regressou às hostes gaienses, apesar da diferença pontual permanecer curta – apenas 4 pontos -, ao cabo de dez minutos – 36-40. Num jogo de parada e resposta constante, a APD Braga mostrou personalidade e viria mesmo a empatar a partida nos minutos derradeiros. O BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto não tremeu e marcou oito pontos consecutivos que ditariam o resultado final – 46-54. Nos comandados de Ricardo Vieira, sobressaíram Márcio Dias – 4.5 – (16pts, 10res, 6ast, 1rb, 2dl) e Filipe Carneiro – 2.0 – (12pts, 5res, 2ast, 4rb, 1dl). Pela turma forasteira, estiveram em plano de evidência Marco Almeida – 4.0 – (18pts, 18res, 2ast, 1rb), que rubricou um duplo-duplo traduzido em 30.5 de valorização, máximo da partida, e Pedro Bártolo – 2.5 – (16pts, 2res, 9ast, 8rb).
Todos os jogos da final da Liga BCR têm transmissão na FPBtv. O pavilhão Dr. Manuel Ramos acolhe o terceiro jogo a 17 de junho, às 17h, e o hipotético quarto duelo a 18 de junho, às 15h.
Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio.
Segundo capítulo da final da Liga BCR joga-se este domingo
O segundo jogo da final da Liga BCR disputa-se este domingo, 11 de junho, no pavilhão municipal de Ferreiros, Braga, às 16h, e tem transmissão na FPBtv. O BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto venceu o duelo inaugural por 36-47, também cumprido em casa dos minhotos, hegemónicos na fase regular da Liga BCR, daí a vantagem no fator casa nas duas primeiras partidas.
Na antecâmara de um encontro que já se converteu em clássico, Marco Almeida, poste dos gaienses, afiança que não há nenhuma receita distinta para procurar a vitória neste encontro. “As expetativas são exatamente as mesmas dos jogos anteriores. Sermos fiéis aos nossos princípios, organizados na vertente defensiva e disciplinados no ataque. Se cumprirmos com estes princípios, vamos estar mais perto da vitória”, assinalou.
Sobre os êxitos nos confrontos anteriores com os bracarenses, o atleta do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto é perentório: “Nenhum êxito vem por acaso. As vitórias e conquistas que o grupo tem vindo a alcançar são fruto de dedicação, esforço e muito trabalho”. Contudo, apesar de se aproximar o fim da temporada, considera que “existe sempre margem para o aperfeiçoamento individual e coletivo”.
Nos bracarenses, Sílvio Nogueira aponta o caminho para ultrapassar o rival gaiense e igualar a final. “A equipa da APD Braga terá de melhor a finalização e ser mais assertiva na defesa”, enfatizou. Para o internacional A, “a juventude e capacidade concretizadora” do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto pesaram nos desfechos recentes, refletindo “uma melhoria com o tempo”.
Recorde-se que na Supertaça, fase pré-qualificação do campeonato e na fase regular da Liga BCR, os minhotos alcançaram o pleno perante este mesmo adversário. Agora, embora o internacional A reconheça que a APD Braga não esteja “a conseguir apresentar-se na sua melhor forma”, o discurso emana a vontade de inverter o rumo dos acontecimentos.
Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio.
Regina Costa com expetativas positivas para o Mundial do Dubai
O Campeonato do Mundo de BCR arrancou ontem no Dubai, Emirados Árabes Unidos, e prolonga-se até 20 de junho. Regina Costa faz a estreia num Mundial como ITO – international technical oficial -, desde que preside à Comissão de Classificação do Conselho Executivo da IWBF. Antes, a portuguesa já participara em cinco campeonatos do mundo, num currículo que contempla igualmente três Jogos Paralímpicos, o último dos quais Tóquio 2020.
Na ótica de Regina Costa, a “chegada” do BCR ao Médio Oriente só pode ser considerada positiva. “Para a IWBF, é muito importante diversificar e ter cada vez mais países envolvidos no basquetebol em cadeira de rodas, especialmente um país com esta magnitude e poder financeiro. E é também um país com grandes projetos e investimentos no desporto em geral e desporto para pessoas com deficiência”, explicitou.
A prova estava prevista para novembro de 2022, pretensão que acabou por esbarrar no Campeonato do Mundo de Futebol, jogado no vizinho Qatar, o que ditou precauções de ordem logística por parte das autoridades do Dubai e o consequente adiamento. Ainda no último mês, houve a necessidade de alteração de instalações, mas “o início atribulado” não esmorece as expetativas de Regina Costa relativamente ao sucesso do evento. “Estou à espera de uma organização dedicada em providenciar o que for necessário”.
Sobre o processo de classificação propriamente dito, a classificadora não vislumbra desafios acrescidos, uma vez que a implementação das mudanças exigidas pelo IPC decorre há cerca de dois anos e deposita confiança na sua equipa. “Tenho um grupo experiente e competente a trabalhar comigo no Dubai”, vincou.
No futuro próximo, Regina Costa ambiciona “continuar no cargo” e finalizar o processo de reajuste do código de classificação da IWBF – International Wheelchair Basketball Federation -, com o fito de “melhorar o sistema, sempre com o benefício para os jogadores e para o basquetebol em cadeira de rodas em mente”. O mandato enquanto Presidente da Comissão de Classificação do Conselho Executivo da IWBF termina precisamente após o campeonato do mundo e a eventual reeleição significaria a manutenção no cargo até 2026, próxima edição da prova.
O mundial do Dubai tem transmissão no canal de Youtube da IWBF e o calendário pode ser consultado aqui.
Noticias da Federação (Custom)
“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”
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