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Miguel Reis: “Quero continuar a jogar fora. Tenho essa ambição”

No decurso do estágio da seleção nacional sub23 de BCR, Miguel Reis partilhou as suas impressões dos primeiros seis meses em Barcelona. Pela segunda vez na corrente temporada, o poste de 23 anos do Unes FC Barcelona compareceu aos trabalhos da seleção sub23, decorridos no CAR de Vila Nova de Gaia, de 17 a 20 de fevereiro, onde voltou a privar também com o seu técnico, Óscar Trigo, recém-anunciado como novo selecionador nacional de seniores BCR.

Atualmente no quarto posto da Primera División, segundo escalão do BCR espanhol, o Unes FC Barcelona tem colhido frutos com a aposta em Miguel Reis, um dos mais destacados jornada após jornada. No entanto, os primórdios da experiência na Catalunha rodearam-se de alguns desafios para o ex-BC Gaia. “Acima de tudo a intensidade que aplicamos em cada coisa, no treino e no jogo. E há um grande foco na defesa”, referiu como principais diferenças constatadas, confessando mesmo alguma incapacidade inicial para corresponder ao pedido. “Ao início, não foi fácil. Treinar àquele ritmo, ficava bastante cansado e nem sequer chegava ao cesto”.

Agradado com o cenário encontrado, Miguel Reis expressa o desejo de prosseguir a carreira internacional. “Quero continuar a jogar fora. Tenho essa ambição”, além de definir objetivos no tocante às seleções nacionais. “Nos Sub23, quero inspirar os miúdos a melhorarem e a terem a ambição de jogar lá fora. Além de fazer o nível do país crescer, também é uma boa experiência para eles. Na seleção sénior, aspiro a estar lá e fazer mais um Europeu”, resumiu.

Nota: fotografia cedida pelo Unes FC Barcelona.


BC Gaia e APD Lisboa com triunfos importantes na Liga BCR

Na Liga BCR, principal escalão do BCR nacional, o Basket Clube de Gaia regressou às vitórias e a APD Lisboa sorriu pela primeira vez nesta fase.

A jornada inaugurou-se com o duelo a opor APD Lisboa e BC Gaia, no pavilhão municipal Susana Barroso, em Odivelas, com a turma campeã nacional a responder de forma contundente à derrota sofrida ante a APD Braga, na jornada anterior. Após um começo equilibrado, os gaienses descolaram no marcador, no segundo quarto – 04-18 -, e puderam gerir confortavelmente a vantagem até final. Pedro Bártolo – 2.5 – (19pts) e Ronaldo Souza – 2.0 – (15pts) representaram as maiores ameaças no conjunto visitante, ao passo que, na formação da capital, Ahmat Afashokov – 4.0 – (14pts) e Ângelo Pereira – 2.5 – (9pts) foram os rostos do inconformismo – 10-13 / 04-18 / 13-20 / 13-15.

No dia seguinte, os lisboetas voltaram a entrar em campo, num embate decisivo na busca por um lugar nos quatro primeiros, no reduto do GDD Alcoitão. O equilíbrio foi a tónica dominante, tendo a APD Lisboa revelado maior assertividade nos dez minutos derradeiros. Ângelo Pereira – 2.5 – (20pts, 6res, 7ast, 1rb, 1dl), que demonstrou frieza na linha de lance livre nos momentos-chave, e Nelson Pereira – 5.0 – (12pts, 9res, 1ast, 2rb) lideraram as pretensões forasteiras. Nos comandados de Fernando Lemos, a sóbria prestação do capitão Hugo Maia – 2.5 – (15pts, 5res, 6ast) e o arrojo do jovem poste Afonso Tavares – 4.0 – (12pts, 5res, 1ast, 1dl) não bastaram para os cascalenses alcançarem a primeira vitória na Liga BCR, marco reclamado pelo coletivo rival – 10-16 / 12-10 / 15-12 / 14-20. APD Braga, BC Gaia, APD Leiria e APD Sintra ocupam, por agora, os lugares de acesso às meias-finais do playoff.


Óscar Trigo e Javier López observaram estágio da seleção sub23

O estágio da seleção nacional sub23 teve na plateia o novo selecionador nacional de seniores BCR Óscar Trigo e o técnico adjunto Javier López.

No CAR de Vila Nova de Gaia, entre 17 e 20 de fevereiro, catorze atletas integraram os trabalhos orientados pelo selecionador nacional da categoria Ricardo Vieira e por Daniel Pereira, selecionador adjunto.

Javier López abordou a chegada ao BCR português, um desafio que considera motivante. “Os projetos acontecem pelo entusiasmo. E o Óscar vendeu-me a seleção portuguesa com muito entusiasmo”, revelou. Sobre o empenho dos jovens atletas nacionais, o técnico e jogador de BCR deu um testemunho de otimismo. “Há jogadores bons e que necessitam de trabalho. Não faz falta procurar. Está aqui o futuro”, rematou.

Relativamente às possibilidades lusas de subir à divisão B, considerou a meta “bastante exequível” e abriu a porta a voos mais altos. “Porque não sonhar, daqui a um tempo, em estar no topo do BCR europeu com estes jogadores [Sub23]?”.

Óscar Trigo, que encabeça a nova equipa técnica, define igualmente sem rodeios o propósito assumido para a seleção nacional absoluta. “O objetivo claro é aumentar o nível competitivo da seleção portuguesa. Temos que procurar uma mentalidade ganhadora e, a partir daí, não tenho dúvida que vamos preparar o campeonato para ganhar e subir ao grupo B. E porque não ir à procura da divisão A? Não temos que nos colocar limites”, afirmou. No que respeita à seleção sub23, que pôde analisar in loco, as impressões foram positivas. “Vi uma seleção sub23 disciplinada e ordenada. E com muita vontade de trabalhar”, antes de vincar a satisfação por estar presente. “Era importante para mim estar nesta concentração para saber quais as bases de trabalho dos jogadores portugueses. E ver um pouco onde podemos chegar em termos de exigência”, concluiu.

 


Ismael de Sousa e o Santa Lucia retomam o rumo das vitórias

Na rubrica “Portugueses lá fora”, Ismael de Sousa reclama o protagonismo fruto das duas vitórias consecutivas, em Itália. Incide-se ainda nos últimos quatro jogos de Paulo Soeiro pelos Lux Rollers, no 3º escalão germânico, na luta do Unes FC Barcelona de Miguel Reis na cobiça pela qualificação para a Final Four e no trajeto de Christophe da Silva e Yuri Fernandes, na 2ª e 1ª divisão francesa, respetivamente.

Itália – Série B

Com mais dois jogos do que o segundo classificado, o SSD Santa Lucia ocupa o trono do grupo C, depois de somar duas vitórias nos últimos dois compromissos. Primeiro, no dérbi romano, Ismael de Sousa – 4.0 – contribuiu com 6 pontos no triunfo diante da SS Lazio – 66-45 -, com os parciais de 23-21 / 17-2 / 20-13 / 6-21. Seguiu-se novo êxito, ainda mais confortável, na receção a Asinara – 84-39. Desta vez, o poste luso registou 5 pontos – 31-02 / 18-12 / 23-09 / 12-16.

Espanha – Primera Divisón

O Unes FC Barcelona, com Miguel Reis – 4.0 – (10pts, 4res, 2ast) em bom plano, não se mostrou capaz de conter o poderio do líder invicto Servigest Burgos, claro candidato à subida, que se impôs por 82-51, um marcador que se explica, em grande parte, pela exuberante prestação do mexicano Efrain Martinez – 4.0 – (41pts, 15res, 9ast, 7rb; 46 val). Não obstante, os pupilos de Óscar Trigo continuam a ocupar o terceiro lugar e persistem no lote de quatro potenciais apurados para discutir a promoção à División de Honor.

França

Na Elite Nationale Bastide Medical, liga do topo do BCR gaulês, Yuri Fernandes – 2.5 – foi chamado a jogo e tirou partido dos 11 minutos em campo com 2 pontos e 1 roubo de bola, na vitória categórica dos Hornets Le Cannet, segundos na tabela, contra o último Luc Lille Handibasket – 98-34.

Já na Nationale 1 MMO, segundo patamar, Christophe da Silva – 1.0 – viu o CAPSAAA Paris afastar-se do duo da frente, ao averbar duas derrotas em três encontros. Na condição de visitados, os parisienses saíram vergados pelo Meylan Grenoble – 60-75 -, numa partida em que o extremo internacional A saldou a sua participação em 2 pontos marcados ao largo de 15 minutos em campo – 20-21 / 18-17 / 08-18 / 14-19. Na jornada seguinte, o CAPSAAA Paris recuperou os hábitos ganhadores, fora de portas, contra Blanquefort – 47-71 -, com o português a militar 20 minutos pelas suas cores – 08-16 / 10-24 / 16-16 / 13-15. Veio, por fim, uma derrota imprevista, às mãos de Quercy Scorpions Caussadais – 75-64 – duelo no qual Christophe da Silva – 1.0 – amealhou 6 pontos em 37 minutos – 14-11 / 08-25 / 23-16 / 30-12.

Alemanha – Regionalliga Mitte

Os Lux Rollers perderam a invencibilidade e a liderança do seu grupo, na Regionalliga, logo com duas derrotas, na jornada dupla com SGK Rolling Chocolate. Sem Aliu Baldé – 4.0 -, mas com Paulo Soeiro – 1.0 – os luxemburgueses viram a turma de Heidelberg levar a melhor em jogos atípicos, de enorme rispidez e intensidade defensiva, circunstâncias espelhadas nos marcadores de 40-45 e 30-35. Já no duplo compromisso com Breisgau Basket, mais uma vez privada do auxílio de Aliu Baldé e outras peças importantes no plantel, a equipa do Grão-Ducado conheceu desfechos contrários.

No duelo inaugural, os Lux Rollers inverteram a desvantagem que o placar assinalava ao intervalo – 20-27 – e prevaleceu por 46-52, muito por culpa do parcial infligido no terceiro quarto – 08-18. No segundo confronto, foi o coletivo de Friburgo a sorrir, por 45-58, com o desenrolar dos acontecimentos a decalcar-se do jogo anterior. Contudo, nesta ocasião, assistiu-se a uma reação enérgica da formação rival, que venceu o quarto derradeiro por 20-08. Paulo Soeiro – 1.0 – apontou 2 pontos.


Seleção sub23 de BCR cumpriu primeiro estágio de 2023

A seleção nacional sub23 de BCR, medalhista de bronze nos Jogos Europeus da Juventude de 2022, concentrou-se em Vila Nova de Gaia. De 17 a 21 de fevereiro, catorze atletas estiveram às ordens de Ricardo Vieira, selecionador nacional, e Daniel Pereira, selecionador adjunto. Os trabalhos decorreram como planeado sob o olhar atento da nova equipa técnica da seleção de seniores BCR, composta por Óscar Trigo, selecionador principal, e o seu adjunto Javier López.

Para André Gomes, um dos mais “veteranos” no grupo, a eventual estreia num Europeu da categoria não gera qualquer receio. “Há muita malta jovem, mas também elementos com experiência e qualidade. Acho que podemos sempre surpreender”, referiu o atleta do GDD Alcoitão.

Da ótica de Daniel Pereira, encara como “passo lógico” a integração progressiva da seleção em provas oficiais. “Estamos numa seleção e o objetivo é competir com outras seleções, independentemente de estarmos melhores ou piores do que os rivais, para que os atletas percebam em que patamar estamos e qual a distância para as outras seleções, de forma a trabalharam mais”, perspetivou.

A visão do técnico adjunto é corroborada por Ricardo Vieira, que enfatiza o foco competitivo do grupo. “Nós treinamos sempre e fazemos as concentrações, como se tivéssemos pela frente um campeonato do mundo e não da Europa. Essa é a nossa forma de trabalhar, a intensidade que aplicamos é com a perspetiva da competição”, analisa, mostrando agrado com o “entrosamento” dos seus comandados, apesar da disparidade de anos de prática e idade.

A seleção nacional sub23 deverá voltar a reunir-se no mês de abril, em data e local a anunciar.


Três árbitros nacionais no Clinic IWBF em Zagreb

A IWBF (federação internacional de BCR) Europa promove, de 23 a 26 de fevereiro, um Clinic de arbitragem, em Zagreb, Croácia.

Além do árbitro internacional Custódio Coelho, estatuto alcançado no Campeonato da Europa B/C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, em junho de 2022, integram a comitiva portuguesa Jorge Marques, de Lisboa, e Eduardo Teixeira, do Porto, outros dois candidatos a escalar a esse patamar. Ambos realizarão já as primeiras provas de caráter teórico.

No que respeita a Jorge Marques, este terá a sua primeira prova com avaliação em campo, em Toulouse, de 9 a 12 de março, no grupo B da Euroliga 2. Os três jovens juízes são acompanhados por José Cardoso, antigo árbitro internacional e atual membro da Comissão Técnica da IWBF.

Programa do Clinic aqui.

Nota: fotografias 1 e 2 da autoria de @mfportefolio


Victor Sousa: um percurso de devoção ao BCR

Victor Sousa viveu e teve influência perentória nos maiores êxitos do Basquetebol em cadeira de rodas português. O vasto currículo do ex-jogador e dirigente obriga a uma retrospetiva mais avulsa, sem obedecer a um trilho estritamente cronológico, uma vez que o seu trajeto se cruza com vários momentos marcantes na história da modalidade, cujo arranque em Portugal se situa na década de 60.

A começar pelo feito que fez a Europa olhar o BCR nacional com outros olhos, corria o ano de 2007, quando a seleção conquistou o único troféu do seu palmarés, o Campeonato da Europa C, em Dublin. “Na altura, os condimentos foram: bons jogadores, cadeiras novas e um treinador com convicções fortes”, rememora, em alusão à “fornada” de cadeiras Lince, marca mexicana, com que à data ajudou a munir os atletas, e o ímpeto de José Maria Cristo, técnico espanhol, então ao leme da equipa das quinas.

Há, porém, um antes rico e multifacetado no envolvimento nas estruturas que deram forma ao desporto Paralímpico e BCR no país. Aos 29 anos, depois de um passado pejado de atividade desportiva, entre Atletismo, Futebol e Futsal, Victor Sousa foi vítima de um atropelamento, que resultou numa lesão medular. A retoma das lides no mundo do desporto aconteceria mais tarde. “Tudo começou com a constituição da equipa APD Sintra, em resposta a um desafio lançado por um vereador da Câmara Municipal de Sintra, em 1986. Participei também em várias reuniões para a criação da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD), o meu primeiro contacto com a realidade do desporto Paralímpico”, conta.

A proatividade manifestada andou de mãos dadas com sucessivos desafios no dirigismo, que culminaram no desempenho de múltiplos cargos ao longo do tempo: Presidente da APD Sintra, Secretário da Mesa da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), Vice-presidente FPDD, Secretário da FPDD e Tesoureiro da FPDD. Secretário da Direção da Associação Nacional de Desporto para Pessoas com Deficiência Motora – ANDDEMOT -, Presidente da direção da ANDDEMOT, Presidente do Comité Nacional de BCR (CNBCR). Chegaria à direção da FPDD, por indicação dos clubes de BCR, em 1992, na sequência dos torneios organizados pela APD Sintra, designados “Bassintra”.

A participação não se confinou aos bastidores e, apesar da idade tardia para a iniciação – 41 anos -, dedicou-se à prática do BCR. “Não me sentia com motivação para dar início a uma nova modalidade desportiva com aquela idade. No entanto, como se diz “o que tem de ser, tem muita força””, confessa, atraindo-o também o “ambiente de sã convivência e camaradagem entre todos no BCR e no atletismo em cadeira de rodas”. Das incidências dentro de campo, onde assume não ter tido “uma grande valia”, jogando pela necessidade de “quórum”, no tocante à pontuação funcional, para a equipa recém-criada competir, resgata um episódio. “Guardo na memória um jogo da APD Sintra com a APD Lisboa, em Vieira de Leiria. Sintra estava a perder por cerca de 10 pontos, fui para o lance-livre (mal chegava ao cesto), esforcei-me ao máximo, ambos os lançamentos bateram na frente do aro, mas tombaram para dentro do cesto. Senti que a equipa de Sintra ficou galvanizada e acabou por ganhar o jogo e o torneio”, conta.

Motor da APD Sintra, o trabalho diligentemente lavrado fora das quatro linhas, numa era de visibilidade inferior para o desporto Paralímpico, levou a que a equipa se convertesse, a longo prazo, na principal força e na mais laureada do BCR nacional, estatuto que ainda detém, pese embora o menor fulgor dos anos recentes. “A grande diferença, penso, estaria na ideia de participar nas provas europeias, o que promovia a formação dos jovens jogadores da APD Sintra. A formação foi sempre o principal objetivo”, vinca, antes de elencar outros fatores. Entre eles, sobressaem a “aquisição de cadeiras de jogo à RGK com medidas personalizadas, a formação com um treinador jugoslavo e o patrocínio da TV Cabo, durante três anos”.

Em 2012, quatro anos depois de um marco memorável na sua alma mater, o pentacampeonato sintrense, o dever voltou a chamar Victor Sousa a um papel proeminente para enfrentar uma situação espinhosa. Perante um panorama desolador, em que Portugal falhara, por incapacidade financeira, o Europeu C de 2011, e não organizara qualquer prova interna oficial na época 2011/2012, reassumiu funções na ANDDEMOT. “O cenário era de penúria. Foi preciso negociar o pagamento das dívidas acumuladas, designadamente à arbitragem, sem as quais não se realizariam jogos. Foi um ato de muita coragem e de grande paixão pelo BCR. Comigo, na comissão de gestão, assumiram os riscos e os desafios que tínhamos pela frente, o Jorge Almeida e o Paulo Soeiro”, relembra. A missão saldou-se por enorme sucesso, de tal modo que, em 2014, a ANDDEMOT remeteu candidatura à IWBF Europa para a organização do Europeu C de 2015, vindo a juntar-se a FPDD e a FPB ao lote de entidades organizadoras de um evento que também desperta nostalgia. Portugal conseguiria o segundo posto e, pela segunda vez, além de 2007, a promoção à divisão B do BCR continental. “Tínhamos um lote de bons jogadores, uma dupla de técnicos (Jorge Almeida e Rui Lourenço), com grande conhecimento e convicção, a quem só a vitória importava, tendo conseguido passar para os jogadores essa convicção”, narra.

Aos 76 anos, é presidente da Mesa da Assembleia Local da Delegação Local de Sintra da APD e conserva o espírito crítico face ao BCR, do qual brota o desejo claro de ver a modalidade progredir. “Penso que falta formação nos clubes promovida pela FPB, formação de treinadores e sempre achei que deviam existir cursos específicos de BCR, reconhecidos pelo IPDJ. Em 2017, era possível. Penso que ainda o será hoje”, comenta o emblemático dirigente, antes de referenciar as dificuldades financeiras. “Há falta de financiamento aos clubes. Falta a possibilidade de contratação de jogadores estrangeiros de qualidade, que pudessem ser um exemplo a seguir pelos nossos jogadores”, temendo um desenvolvimento aquém do potencial para os melhores intérpretes do jogo a nível nacional. “Existem muitos jovens no nosso BCR, que vão tendo alguma evolução, mas receio que, a algum momento, essa evolução estagne, se acomodem e não evoluam tanto quanto as suas capacidades lhe permitiriam”, confessa.

Questionado sobre o legado que deixa ao BCR, a resposta vem com a simplicidade que se lhe reconhece. “Sinto-me bem, quando estou nos jogos, e todos me cumprimentam de forma afável”.

Nota: fotografia da autoria de Rita Taborda/FPDD.


ACD Cotovia/UDI, APD Paredes e APD Braga B em alta na Divisão de Honra

A Divisão de Honra viu a APD Braga B estrear-se com duas vitórias em dois jogos, bem como a ACD Cotovia/UDI e a APD Paredes somarem também o segundo triunfo.

A jornada arrancou com o primeiro duelo entre APD Braga B e CD “Os Especiais”, com superioridade clara dos minhotos – 47-13 -, que depressa se distanciaram no marcador. Eduardo Gomes – 4.0 – (17pts, 11res, 4rb), Gabriel Costa – 4.0 – (12pts, 6res, 2ast, 1rb) e Joana Delgado – 3.5 – (12pts, 6res, 3ast, 1rb) foram as referências da turma orientada por Carlos Peixoto. A resistência insular coube a Jaime Nascimento – 1.5 – (7pts, 1ast, 8rb) e Armando Alves – 3.5 – (4pts, 9res, 1rb) – 18-5 / 6-2 / 4-2 / 19-4.

A sul, a ACD Cotovia/UDI embalou para novo êxito, na receção à Lousavidas – 38-34 -, com David Lima – 5.0 – (24pts) em tarde inspirada, bem secundado por José Lima – 3.5 – (6pts). No conjunto nortenho, sobressaíram Paulo Leite – 4.0 – (12pts) e João Monteiro – 4.5 – (12pts) – 07-05 / 11-15 / 10-01 / 10-13.

No domingo, jogou-se o segundo embate entre APD Braga B e CD “Os Especiais”, com um desfecho similar à véspera, vitória incontestável do coletivo bracarense por 12-46. Gabriel Costa – 4.0 – (17pts) e Joana Delgado – 3.5 – (8pts) encaminharam as pretensões minhotas. Nos madeirenses, Jaime Nascimento– 1.5 – (11pts) repetiu o estatuto de principal ameaça – 03-11 / 07-15 / 0-10 / 02-10.

Em jogo agendado para 16 de fevereiro, a APD Paredes repetiu o desfecho da primeira volta e vergou a rival Lousavidas por 32-39, numa partida em que se distanciou paulatinamente, chegando ao intervalo com uma vantagem de 9 pontos – 15-24. Leandro Carvalho – 5.0 – (14pts) e Carlos Cardoso – 1.0 – (10pts) assumiram-se como os rostos do inconformismo lousadense, ao passo que, nos paredenses, Diogo Ferras – 3.5 – (10pts), recém-convocado para o estágio da seleção nacional sub23, e António Neto – 3.0 – (10pts) contribuíram para que a sua equipa preservasse a invencibilidade na Divisão de Honra.


APD Braga vence BC Gaia em jogo emotivo

Na Liga BCR, primeiro escalão, APD Braga, APD Leiria e APD Sintra averbaram triunfos importantes, na luta pela passagem às meias-finais.

A jornada inaugurou-se com um duelo empolgante, a opor APD Sintra e GDD Alcoitão, com os homens da casa a prevalecerem por curta margem – 51-48 – e registarem a segunda vitória nesta fase, potencialmente decisiva na cobiça por um lugar nas meias-finais da prova. Ibrahim Mandjam – 4.0 – (24pts) e Ricardo Pires – 5.0 – (13pts) lideraram as pretensões sintrenses, ao passo que, nos cascalenses, Hugo Maia – 2.5 – (17pts) e Pedro André Gomes – 3.5 – (12pts) assumiram as rédeas – 13-12 / 13-10 / 09-09 / 16-17.

No encontro mais aguardado da jornada, a APD Braga afirmou-se, pela margem mínima, na receção ao Basket Clube de Gaia49-48. A intensidade defensiva pautou o confronto entre as duas principais forças do BCR nacional nas últimas épocas, que se mostraram bastante perdulárias no capítulo ofensivo (33% e 36%, respetivamente, nos lançamentos de 2 pontos). Márcio Dias – 4.5 – (19pts, 12res, 1ast, 1dl), Filipe Carneiro – 2.0 – (6pts, 8res, 7ast, 3rb, 1dl) e José Miguel Gonçalves – 3.0 – (8pts, 4res, 9ast, 3rb) constituíram as maiores ameaças nos comandados de Ricardo Vieira. Marco Almeida – 4.0 – (10pts, 16res, 5ast), com a máxima valorização da partida – 23 -, Pedro Bártolo – 2.5 – (14pts, 6res, 6ast, 3rb, 1dl) e Daniel Rodrigues – 4.0 – (12pts, 12res, 1rb) foram os rostos do inconformismo gaiense. Deste modo, os bracarenses passam a ser o único emblema invicto.

Já a APD Leiria retomou os hábitos ganhadores e infligiu a terceira derrota à APD Lisboa, em igual número de jogos, na Liga BCR – 51-60. Iderlindo Gomes – 4.0 – (16pts) e João Jerónimo – 4.0 – (16pts) corporizaram a ambição da turma do Lis. No conjunto da capital, Ahmat Afashokov – 4.0 – (18pts) e Ângelo Pereira – 2.5 – (18pts) lutaram por um desfecho distinto – 08-11 / 11-19 / 20-14 / 12-16.

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio


APD Braga e BC Gaia invictos na Liga BCR

Na Liga BCR, escalão principal, a APD Braga e BC Gaia conservaram o registo cem por cento vitorioso.

No arranque da jornada, a APD Leiria vergou o GDD Alcoitão – 57-45 -, numa partida pontuada por enorme equilíbrio na primeira parte – 30-30. A assertividade leiriense, em contraste com o maior desperdício cascalense, inclinaram o marcador a favor da formação local, que voltou assim a desfeitear o conjunto orientado por Fernando Lemos. Iderlindo Gomes – 4.0 – (22pts) e Alexandre Conde – 4.0 – (13pts) encaminharam a turma do Lis para o resultado desejado, ao passo que, nos visitantes, ainda à procura da estreia a ganhar, sobressaíram Hugo Maia – 2.5 – (20pts) e Afonso Tavares – 4.0 – (10pts) – 16-16 / 14-14 / 11-08 / 16-07.

Seguiu-se o duelo a opor Basket Clube de Gaia e APD Sintra, com o conjunto nortenho a impor-se, depois de superar as muitas dificuldades causadas pela APD Sintra, que chegou a comandar com uma vantagem para lá dos dez pontos. Pedro Bártolo – 2.5 – (22pts, 3res, 13ast) e Daniel Rodrigues – 4.5 – (19pts, 6res, 1ast, 1rb, 1dl) lideraram a dinâmica gaiense. Nos sintrenses, Ibrahim Mandjam – 4.0 – (30pts) e Ricardo Pires – 5.0 – (9pts) constituíram as principais ameaças – 15-10 / 10-21 / 19-15 / 21-05.

No domingo, a APD Leiria entrou novamente em campo para receber a APD Braga, mostrando-se incapaz de aplacar as intenções dos minhotos – 40-61. Nos comandados de Ricardo Vieira, emergiu destacado Filipe Carneiro – 2.0 – (22pts), bem secundado por Márcio Dias – 4.5 – (15pts). Entre os pupilos de Luís Ramos, saltaram à vista os desempenhos de Alexandre Conde – 4.0 – (16pts) e Iderlindo Gomes – 4.0 – (10pts) – 14-12 / 10-18 / 10-19 / 06-12.

 


Convocados da seleção nacional sub23 de BCR

Depois de um primeiro apronto em dezembro, em Braga, a seleção nacional sub23 de BCR concentra-se em Vila Nova de Gaia, de 17 a 20 de fevereiro. Para o estágio a realizar-se no Centro de Alto Rendimento de Gaia, o selecionador nacional Ricardo Vieira e o selecionador adjunto Daniel Pereira elegem catorze atletas. Recorde-se que a seleção nacional sub23 procura uma inédita participação num Campeonato da Europa da categoria, previsto para 2023, depois de disputar em duas ocasiões, 2019 e 2022, os Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude. Na última edição, Portugal trouxe a medalha de bronze, num torneio que reuniu cinco seleções.

CONVOCATÓRIA

BC Gaia

Mamadu Djaló – 1.5

João Castro – 2.0

João Dinis – 2.5

Luís Assunção – 4.5

APD Leiria

João Pedro – 2.5

Nuno Nogueira – 3.0

Alexandre Conde – 4.0

APD Lisboa

William Silva – 3.5

Ahmat Afashokov – 4.0

GDD Alcoitão

Pedro André Gomes – 3.5

Afonso Tavares – 4.0

APD Paredes

Diogo Ferrás

APD Sintra

William Benedito – 1.5

Unes FC Barcelona

Miguel Reis – 4.0

Diretor responsável: João Crucho

Diretor adjunto: Luís Sintra

Nota: fotografia cedida pela organização dos EPYG 2022.


Le Cannet de Yuri Fernandes “cai” para a Euroliga 1

Os Hornets Le Cannet, casa de Yuri Fernandes, não conseguiram, em Bilbao, o passaporte para os quartos de final da Champions League. Na sexta-feira, 3 de fevereiro, a formação gaulesa começou por cair ante os turcos do Galatasaray62-75 -, encontro no qual o atleta luso não saiu do banco. Seguiu-se, da parte da tarde, um triunfo motivador para o segundo classificado do campeonato francês, diante dos britânicos Manchester Revolution50-91 -, a única partida em que o extremo ex-Trovões contou com alguns minutos, saldados em 2 pontos, 2 ressaltos e 1 assistência.

No segundo e derradeiro dia desta fase preliminar, Le Cannet mostrou competência face à oposição do conjunto anfitrião, Bidaideak Bilbao BSR, que precisou de resgatar a sua melhor versão para vencer – 74-76. A turma de Yuri Fernandes – 2.5 – fecharia o certame com uma segunda vitória, contra os italianos DECO Metalferro Amicacci Abruzzo50-70 -, resultado insuficiente para rumar aos quartos de final da Champions League, mas que valeu o terceiro posto no grupo e o consequente apuramento para a fase final da Euroliga 1, segundo patamar do BCR continental de clubes, em Cantù, Itália, saltando as etapas de qualificação para a dita competição, previstas para o mês de março. Precisamente o rival transalpino agarrou a quarta posição, que permite também a continuidade na Europa, mas na fase final da Euroliga 2. Já os britânicos Manchester Revolution, quintos, ficam arredados das provas europeias. Bidaideak Bilbao BSR, invicto nesta etapa, e Galatasaray disputam, em março, os quartos de final, em Erfurt, Alemanha, e Albacete, Espanha, respetivamente.

Nota: fotografia cedida pelos Hornets Le Cannet.

 


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Legenda

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Miguel Maria

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