Artigos da Federaçãooo

No universo das competições de clubes, continuam a escassear as ligas exclusivamente femininas, daí o caráter misto dos campeonatos. Portugal não foge à regra e contempla a possibilidade de atletas femininas competirem, lado a lado, com os seus pares masculinos, o que levanta a questão lógica e pertinente da igualdade de oportunidades em campo. Tal é assegurado graças à plasticidade do sistema de classificação vigente na prática do Basquetebol em cadeira de rodas, segundo o qual se pontua um jogador, entre 1.0 e 4.5, de acordo com a sua funcionalidade (em consequência da lesão), devendo o total do cinco em campo perfazer um máximo de 14.0, ao nível de seleções, e 14.5, na esfera de clubes.

No caso da regulamentação portuguesa, a integração de um elemento feminino no cinco prevê um acréscimo de 1.5 pontos, pela primeira jogadora, e 1.0, pela segunda, não se estipulando qualquer benefício adicional a partir da terceira atleta. Isto é, com duas atletas no terreno de jogo, a equipa poderá ascender a 17.0 pontos.

No país, o número de atletas femininas tem sido residual e inconsistente, mas a APD Braga pretende inverter a tendência e incorpora, para já, nas suas fileiras, Joana Delgado e Sara Coutinho. A FPBtv acompanhou e ouviu as jogadoras do emblema minhoto num treino, que vincaram a hospitalidade da equipa e encorajaram outras potenciais atletas a manifestarem abertura para experimentar uma das modalidades mais agregadoras do desporto Paralímpico.

Na rubrica Portugueses lá fora, olhamos as prestações de Ismael de Sousa, em Itália, e Christophe da Silva e Yuri Fernandes, em França.

FRANÇA

Nationale B

No segundo escalão do BCR gaulês, Christophe da Silva (1.0) enfrentou um mês de Janeiro azarado, contabilizando três derrotas. Contra Entente JDA (Dijon) – 72-51 -, o internacional A do Cap Sport Art Aventure Amitie (CAPSAAA) amealhou 5 pontos (2/3 2pts, 1/3LL) em catorze minutos – 21-06 / 21-16 / 13-12 / 17-17. Seguiu-se a receção ao líder invicto HSB Marseille Handi Sud Basket, favorito à subida, com as expectativas a confirmarem-se e os forasteiros a arrecadarem com facilidade os dois pontos – 43-86. Em vinte e nove minutos, o extremo luso contribuiu com 2 pontos (1/3 2pts, 0/1 3pts) – 15-17 / 14-26 / 6-24 / 08 -19. No último compromisso, a turma parisiense voltou a não conseguir ficar na mó de cima, perante um adversário direto, o Club Handisport Forezien, que levou a melhor por 67-47, não obstante o esforço de Christophe da Silva, autor de 7 pontos (3/3 2pts, 1/2 2pts) – 15-11 / 12-17 / 13-06 / 17-13. O CAPSAAA Paris ocupa o quinto posto, entre dez emblemas.

Nationale Deux – Poule E

No quarto patamar, Yuri Fernandes (2.5) foi a jogo com a equipa “B” do colosso Hornets Le Cannet e trouxe a vitória do reduto da segunda equipa do Hyeres Handi Basket – 43-50 -, outro nome com pergaminhos na modalidade. O duelo contou com intervenção importante do atleta ex-Trovões (Barreiro), que registou 6 pontos, 7 assistências e 5 ressaltos, o que permite à sua equipa comandar a série, à condição – 17-11 / 12-11 / 4-17 / 10-10.

ITÁLIA

Série B

Ismael de Sousa (4.0) e o Santa Lucia Basket Roma, histórico emblema da capital italiana que procura o regresso à divisão de elite, não podiam ter desejado melhor começo. No terreno do Crazy Ghost de Battipaglia, o Santa Lucia impôs-se por 52-42, com o poste que envergou as cores da APD Sintra, em Portugal, a averbar 8 pontos – 12-06 / 15-12 / 13-11 / 12-13. No dérbi romano, frente à Lazio, primeira equipa de Ismael de Sousa (4.0) em Itália, repetiu-se o êxito para os antigos campeões transalpinos – e da Europa -, com o marcador a assinalar 21-61. O atleta luso marcou 4 pontos – 07-18 / 4-14 / 4-19 / 6-10. Com os resultados alcançados, o Santa Lucia Basket Roma é líder do grupo D.

No Campeonato Nacional da 1ª divisão de BCR, APD Braga e APD Leiria impuseram-se frente a APD Lisboa e APD Paredes, respetivamente.

No sábado, em Ferreiros, a pentacampeã nacional APD Braga passou com distinção, no duelo com a congénere da APD Lisboa – 59-32 -, que já superava ao intervalo por dilatados 32-08. A rotação da turma bracarense, operada pelo técnico adjunto Carlos Peixoto – nas lides principais face à ausência de Ricardo Vieira -, dotou de algum equilíbrio a segunda parte de um encontro já sentenciado, diante de um conjunto lisboeta desfalcado de peças importantes como Filipe Nogueira – 4.0 – e Bruno Lopes – 3.0. Nos minhotos, que também se apresentaram privados de Jorge Palmeira – 2.5 -, destacou-se a parelha de internacionais Márcio Dias – 4.5 – (16pts) e Hélder Freitas – 3.5 – (11pts), enquanto no coletivo da capital, Ahmat Afashokov – 3.0 – (12pts) e Emanuel Soares – 3.5 – (8pts) foram os mais esclarecidos. Parciais: 12-06 / 20-02 / 15-06 / 12-18

No dia seguinte, entraram em campo a APD Leiria e a APD Paredes, com a formação nortenha a exibir a sua identidade batalhadora desde o primeiro segundo e a sair por cima no quarto inaugural – 8-12. A reação dos leirienses surgiu de imediato e rapidamente o ascendente da partida mudou de mãos, permitindo aos anfitriões chegarem ao intervalo a vencer por 30-14. O fosso agudizou-se e a APD Leiria, guiada pelos dígitos dos internacionais Iderlindo Gomes – 4.0 – (38pts) e Marco Francisco – 4.5 – (20pts), arrecadaria os dois pontos em causa por claros 83-18. Nos comandados de Domingos Marinho, Paulo Araújo – 1.0 – (10pts) e Eduardo Bacalhau – 3.0 – (4pts) emergiram como as principais figuras. Parciais: 08-12 / 22-02 / 27-04 / 26-00

Em 1972, Portugal chegava à principal montra mundial do desporto para pessoas com deficiência, os Jogos Paralímpicos. Na cidadã alemã de Heidelberg, após os Jogos Olímpicos de Munique, os onze atletas que compunham a primeira seleção portuguesa de Basquetebol em cadeira de rodas assinalavam a entrada em cena do país no grande evento idealizado pelo neurologista Sir Ludwig Guttmann.

Entre os eleitos, constava Fernando Neves, o novato de apenas 16 anos, já com uma outra experiência reveladora na bagagem e tão ou mais importante, a disputa da 20ª edição dos Jogos de Stoke Mandeville de 1971. Na verdade, os Jogos Paralímpicos de Heidelberg de 1972 só foram assim batizados mais tarde, pois correspondiam aos 21ºs Jogos de Stoke Mandeville, competição embrionária do movimento lançada na localidade inglesa desse nome em 1948. As duas provas passaram a distinguir-se a partir dos Jogos Paralímpicos de Toronto de 1976.

Uma e outra saída para lá da fronteira desvelaram um mundo de igualdade, desinibição na vivência da limitação motora e de excelência desportiva, com profundo impacto no jovem Fernando Neves, então desejoso de trazer a receita para solo nacional e, em concreto, para a sua terra-Natal, Mirandela. No regresso da reabilitação em Alcoitão e das participações enriquecedoras com a camisola das quinas, foi mais além e procurou alastrar a semente ao nordeste transmontano.

Aos microfones da FPBtv, Fernando Neves narrou todo o trajeto pulsante na promoção do desporto – e da igualdade – para pessoas com deficiência, cujo legado se ramifica até aos dias de hoje.

No Campeonato Nacional de 1ª divisão de BCR, a APD Sintra levou a melhor no duelo com a APD Lisboa, no único encontro disputado no escalão. Por seu turno, no Campeonato Nacional da 2ª divisão de BCR – zona norte -, a APD Braga B ultrapassou o BC Gaia B.

No pavilhão do Casal Vistoso, a APD Sintra deu seguimento ao excelente momento de forma e impôs-se por elucidativos 31-60 frente à APD Lisboa. Os comandados de Jorge Almeida mostraram-se superiores desde o apito inicial e já gozavam de uma vantagem de vinte e cinco pontos ao intervalo – 12-37. Na formação líder do campeonato, Hugo Lourenço – 4.0 – (17pts) e Pedro Gonçalves – 3.5 – (13pts) foram figuras de proa, enquanto nos lisboetas, Ahmat Afashokov – 3.0 – (15pts) e Ângelo Pereira – 2.5 – (10pts) repartiram o protagonismo. Parciais: 04-16 / 08-21 / 03-14 / 16-09

Na 2ª divisão – zona norte -, a APD Braga B, à semelhança do que acontecera no encontro da primeira volta, venceu o Basket Clube de Gaia B – 52-41. Nos bracarenses, distinguiram-se Eduardo Gomes – 4.0 – (24pts) e Gabriel Costa – 4.0 – (14pts). Pelos gaienses, saltaram à vista os desempenhos de Miguel Reis – 4.0 – (23pts) e Marco Almeida – 4.0 – (7pts). Parciais: 12-17 / 16-8 / 14-7 / 10-9

No Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de BCR, a APD Sintra vergou a pentacampeã nacional APD Braga, no único encontro do fim de semana.

No Pavilhão da Serra das Minas, em encontro incaraterístico, com ambas as equipas a exibirem baixos índices de concretização, a APD Sintra foi mais forte e não se resignou após um quarto inaugural em que a APD Braga se revelou superior. No decurso do segundo quarto, a formação orientada por Jorge Almeida passou para a dianteira do marcador, que não mais largou até final para arrecadar preciosos dois pontos na luta pelo primeiro posto na fase regular – 41-34.

Na equipa da casa ressaltaram as atuações de Hugo Lourenço – 4.0 – (14pts) e Ibrahim Mandjam – 4.0 – (13pts). Pelas cores bracarenses, Márcio Dias – 4.5 – (18pts), Hélder Freitas – 3.5 – (5pts) e Filipe Carneiro – 2.0 – (5pts) procuraram inverter o rumo dos acontecimentos. Os sintrenses comandam o campeonato, agora de forma isolada, com o BC Gaia a dispor de um encontro em atraso, ainda que os nortenhos percam no confronto direto com o líder. Parciais: 4-10 / 17-7 / 10-7 / 10-10

Tendo em vista a participação nos Jogos Europeus da Juventude a realizar em 2022, a Seleção Nacional Sub22 fez o primeiro estágio da temporada 2021/22 no Luso, entre os dias 17 e 21 de dezembro. A FPBtv não perdeu a oportunidade e acompanhou de perto os trabalhos da equipa das quinas, que tem como objetivo a participação, inédita, no campeonato da europa da categoria.

No Campeonato Nacional de BCR da 1ª divisão, a APD Sintra quebrou a invencibilidade do BC Gaia e passou a ocupar o primeiro posto. A APD Braga derrotou a APD Leiria e a APD Lisboa superou o GDD Alcoitão.

Em Ferreiros, a pentacampeã nacional APD Braga confirmou o crescendo de forma e bateu categoricamente a APD Leiria – 63-36. Hélder Freitas – 3.5 – (23pts, 6res) e Márcio Dias – 4.5 – (13pts, 8res, 7ast) foram os homens em evidência na turma de Ricardo Vieira, ao passo que, na APD Leiria, assumiram a batuta Iderlindo Gomes – 4.0 – (18pts) e Marco Francisco – 4.5 – (9pts). Com um jogo a menos face a APD Sintra e BC Gaia, a APD Braga, em caso de vitória nesse encontro, igualará na classificação os dois rivais e obterá vantagem na circunstância, mercê do cesta-average. Parciais: 20-9 / 12-04 / 08-12 / 23-11

No duelo mais aguardado da jornada, com incerteza até ao último segundo, a APD Sintra pôs termo ao registo incólume do BC Gaia, ao impor-se por 62-61. Ibrahim Mandjam – 4.0 – (25pts), Pedro Gonçalves – 3.5 – (17pts) e Hugo Lourenço – 4.0 – (11pts), nos sintrenses, Pedro Bártolo – 2.5 – (28pts) e Miguel Reis– 4.0 – (19pts), nos gaienses, reclamaram o protagonismo. Com os mesmos pontos do seu adversário, mas vantagem no confronto direto, a APD Sintra está no topo da tabela classificativa. Parciais: 15-16 / 16-19 / 14-15 / 17-11

Por último, em Odivelas, a APD Lisboa conquistou a segunda vitória da época, diante do GDD Alcoitão – 62-36. Ângelo Pereira – 2.5 – (20pts) e Ahmat Afashokov – 3.0 – (14pts) contribuíram decisivamente para o êxito das suas cores. Nos cascalenses, a réplica partiu, sobretudo, de Rui Pedro – 2.5 – (8pts) e Pedro Macedo – 4.0 – (7pts). Parciais: 18-06 / 12-09 / 19-10 / 13-11

O Basket Clube de Gaia (BC Gaia) celebra o seu 10.º aniversário esta quinta-feira. Para simbolizar esta data especial falámos com Rui Dias, presidente do emblema nortenho.

Rui Dias traça um atual retrato da realidade do BC Gaia: “Julgo que se encontra como a maioria dos clubes, com algumas dificuldades do ponto de vista económico para atingir os objetivos a que nos propusemos no início da época. Temos todos os escalões, no basquetebol convencional, com a exceção de sub14 femininos e seniores femininos. No BCR temos apenas o escalão sénior, embora já haja três atletas de Mini BCR (6, 7 e 9 anos). O número total de atletas ronda os 120. Com a situação atual perdemos alguns atletas na formação e estamos como a começar de novo. Ficámos com algumas lacunas em escalões de competição, situação que pretendemos colmatar o mais brevemente possível. Continuamos a trabalhar na captação de atletas em idade mini para que o futuro possa ser mais promissor”, afirma.

O basquetebol em cadeira de rodas (bcr) é um dos maiores destaques do emblema gaiense, e Rui Dias explica o porquê: “O basquetebol em cadeira de rodas, neste momento, é uma daa grandes bandeiras do clube, porque podemos alcançar títulos nacionais que nos podem dar uma maior visibilidade”, refere.

O líder do BC Gaia vinca todo o trabalho que está a ser feito em torno do bcr: “Esta aposta no basquetebol em cadeira de rodas tem sido um verdadeiro desafio, não só pelo trabalho inicial da abordagem de atletas experientes para reforçar a equipa principal, mas também por todo o trabalho de divulgação da modalidade, que tem trazido novos atletas e donde já conseguimos formar uma equipa “B””, destaca.

Rui Dias aponta a vários objetivos a concretizar pelo clube: “No BCR queremos obter títulos nacionais e participar numa competição europeia. No basquetebol convencional, temos como meta formar e captar novos atletas, como ponto principal, para que se possam levar estes mesmos atletas às seleções e competir em fases finais por equipas”, finaliza.

Entre os “Portugueses lá fora”, merecem ênfase as prestações de Christophe da Silva, em França, e Nuno Silva, na Suíça. Também João Pedro Delgado foi a jogo, na RGK League, na Grã-Bretanha. Paulo Soeiro e Aliu Baldé não alinharam nos dois encontros disputados pelos Lux Rollers, na Alemanha.

França – Nationale B

No segundo escalão gaulês, o Cap Sport Art Aventure Amitie (CAPSAAA), casa de Christophe da Silva (1.0) – que amealhou dois pontos – derrotou o Handi Basket Club Gravelines Cote D’Opale por dígitos esclarecedores – 62-39. Este foi o último encontro de 2021 para a formação do extremo internacional português, uma vez que os principais campeonatos europeus enfrentam uma paragem motivada pelo Europeu A, a decorrer em Madrid até 12 de Dezembro. O CAPSAAA ocupa, ao cabo de cinco encontros, a quinta posição, entre dez emblemas. Parciais: 19-10 / 11-12 / 14-8 / 18-9

Suíça

No campeonato suíço, Nuno Silva (1.0) contribuiu com dois pontos no triunfo dos Ticino Bulls sobre os Jura Raptors – 57-26. O conjunto dos Alpes Suíços fecha o ano no terceiro posto.

Alemanha/Luxemburgo – Regionalliga Ost – 3ª divisão alemã

Os Lux Rollers ganharam os dois jogos que marcaram o arranque da época, em circunstâncias insólitas. A situação pandémica obrigou a uma estruturação diferente dos jogos, que passaram a ter caráter amigável, devido ao extenso lote de atletas em quarentena nas equipas envolvidas. No primeiro encontro dos Lux Rollers, frente à equipa B de Rhine River Rhinos, que não tinha elementos suficientes para competir, os luxemburgueses, também a braços com parca disponibilidade de jogadores para formar um cinco com menos de 14.5 pontos (tecto de classificação para o somatório dos atletas em campo), acordaram não ultrapassar esse limite, acabando por vencer por 55-50.

Na segunda partida, sem cumprir o limite de pontuação, os Lux Rollers triunfaram – 78-54 -, embora o resultado oficial estivesse já estabelecido como 20-0. Paulo Soeiro (1.0) e Aliu Baldé (4.0) não puderam disputar os dois encontros.

Grã-Bretanha – RGK League

João Pedro Delgado (1.0) assinou a estreia na temporada 2021/2022 com êxitos inequívocos. O coletivo a atuar na RGK League, competição promovida pela reputada marca de cadeiras desportivas, bateu os Harriers 2 – 12-46 – e os Cobras – 42-26.

A Seleção Nacional Sub22 de BCR concentra-se no Centro de Estágios do Luso, na Mealhada, de 17 a 21 de dezembro. Sob as ordens do selecionador Ricardo Vieira e do selecionador adjunto Daniel Pereira, as esperanças nacionais vão testar-se depois de um hiato de oito meses, a contar do último estágio, em março, no mesmo local.

Sem registar ainda nenhuma participação em Campeonatos da Europa do escalão, Portugal prepara o futuro e investe na preparação dos seus jovens jogadores, uma dinâmica já disseminada por muitos dos países do continente. Recorde-se que a Seleção Nacional Sub22 viveu a sua estreia competitiva, nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude, em 2019, na Finlândia, com um saldo de uma vitória (Finlândia) e quatro derrotas (Itália, República da Irlanda por duas ocasiões e França).

Confira os convocados:

[table id=1 /]

No estágio de preparação que tomou lugar no Luso, de 30 de novembro a 5 de dezembro, Portugal disputou dois particulares frente ao Basketmi Ferrol. Apesar dos desfechos desfavoráveis – 53-56 e 66-71 -, os comandados de Marco Galego e Ricardo Vieira deixaram indicações auspiciosas.

No primeiro embate com o campeão da “Primera División” – segundo escalão do BCR espanhol -, a Seleção Nacional não conseguiu anular uma entrada perdulária e pouco agressiva no plano defensivo, cenário que tentou inverter com uma reação muito positiva a partir do segundo quarto. Com a formação galega a três pontos e posse de bola para empatar, Portugal não conseguiu levar o jogo a prolongamento – 53-56 -, mas ficou patente a capacidade para responder de forma mais afirmativa no compromisso do dia seguinte. Ângelo Pereira – 2.5 – (15pts) e Pedro Bártolo – 2.5 – (11pts) foram as principais ameaças nacionais, enquanto no conjunto espanhol, Pedro Paz – 4.5 – (20pts) e Juan Lopez – 4.0 – (14pts) se revelaram os mais afoitos. Parciais: 6/20 / 14-13 / 15-14 / 18-9

No segundo confronto, repetiu-se um marcador positivo para a ex-equipa de Pedro Bártolo – 2.5 -, Luís Domingos – 2.5 – e José Miguel Gonçalves – 3.0 -, mas pertenceu a Portugal o ascendente do jogo, desde o seu começo, fruto de uma estratégia defensiva pressionante e maior discernimento no ataque ao cesto. A equipa técnica nacional pôs em prática diversas combinações de atletas, dando minutos aos 12 convocados, sem que isso permitisse ao Basketmi Ferrol passar para a frente do marcador. Só no último quarto os forasteiros, liderados na partida por Pedro Paz – 4.5 – (24pts) e Lorenzo Envo – 4.0 – (24pts) conseguiram chegar à dianteira, com a Seleção Nacional, onde sobressaíram Pedro Bártolo – 2.5 – (17pts) e Ibrahim Mandjam – 4.0 – (16pts), a reagir de imediato e a encurtar distâncias. No final, o pragmatismo e experiência rivais vieram ao de cima, fechando-se o encontro com vantagem visitante de cinco pontos – 66-71. Parciais: 21-14 / 9-12 / 20-20 / 16-25