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Servigest Burgos falha busca da segunda vitória

O Servigest Burgos, de Helder da Silva e Luís Domingos, não conteve o poderio do CD Ilunion (87-69) e do Bidaideak Bilbao (94-65), enquanto na recepção ao BSR Valladolid cedeu nova derrota por 61-75. Segue-se uma jornada dupla, no próximo fim-de-semana, ante o Fundación FDI Las Rozas e o BSR Amiab Albacete.

División de Honor (principal escalão) – Espanha

CD Ilunion 87 Servigest Burgos 69

Parciais: 21-11 / 20-15 / 18-21 / 28-22

Bidaideak Bilbao 94 Servigest Burgos 65

Parciais: 21-14 / 32-23 / 17-15 / 24-13

Servigest Burgos 61 BSR Valladolid 75

Parciais: 12-18 / 8-25 / 23-14 / 18-18

Se na jornada anterior o Servigest Burgos “bateu o pé” ao líder invicto CP Mideba, apesar da derrota (67-72), desta feita os pupilos de Rodrigo Escudero assinaram desempenhos defensivos sofríveis, que goraram qualquer possibilidade de discussão. O primeiro de seis encontros em dezasseis dias opôs a equipa de Castela e Leão ao CD Ilunion, último campeão, ancorado nas prestações superlativas de cinco jogadores acima dos 10 pontos: Jake Williams – 2.5 – (12 pts, 4 as, 4 res, 2 rb), Pablo Zarzuela – 3.0 – (17 pts, 5 as, 5 res), Bill Latham – 4.0 – (19 pts, 8 as, 11 res, 2 rb), Amadou Diallo – 3.0 – (17 pts, 2 as, 6 res, 2 rb) e Terry Bywater – 4.5 – (16 pts, 6 as, 4 res). Por seu turno, nos recém-promovidos, nem a exibição de gala do polaco Mateusz Filipski – 4.0 – (37 pts, 3 as, 3 res, 2 rb) permitiu equilibrar a contenda. Luís Domingos (2.5) e Helder da Silva (2.0) não foram apostas.

No dia seguinte, em casa do Bidaideak Bilbao BSR, um candidato ao título, outra debacle na manobra defensiva deitou a perder as aspirações do Servigest Burgos, que, só no 2º período, encaixou 32 pontos. Nos anfitriões, destacaram-se os internacionais espanhóis Asier Garcia (25 pts, 13 as, 12 res), Manu Lorenzo – 3.0 (11 pts, 3 res, 1 rb) e David Mouriz -2.5 – (13 pts, 1 as, 1 res), bem como o colombiano Jhon Hernández -3.5 – (15 pts, 1 as, 4 res) e o mexicano Luis Eduardo Jasso – 4.0 – (17 pts, 5 res). Na formação visitante, os desempenhos acima da média de Mateusz Filipski – 4.0 – (29 pts, 3 as, 8 res, 2 rb) e do britânico Lee Fryer – 4.0 – (12 pts) revelaram-se insuficientes para contrariar a multiplicidade de soluções dos bascos. Nos 18:57 minutos em campo, o internacional A e sub22 Luís Domingos (2.5) demonstrou não ser um acaso a sua contratação e capitalizou a oportunidade com competência, nos bloqueios para libertar os companheiros de pontuação superior, a que juntou 3 pontos (1/1 2 pts e 1/2 LL). Helder da Silva (2.0) ficou no banco.

Por último, em casa, frente ao BSR Valladolid, Burgos surpreendeu pela negativa, dado que este era o embate previsivelmente mais equilibrado. Contudo, ao intervalo, o marcador já conferia uma vantagem muito significativa para o rival de província – 20 – 43. Mateusz Filipski (4.0) voltou a arrogar-se o estatuto de principal arma (25 pts – 5/7 de 3 pts -, 9 as, 8 res, 3 rb), bem secundado pelo compatriota Andrej Macek – 1.5 – (13 pts, 1 as, 3 res, 1 rb). Luís Domingos (2.5) disputou 7 minutos, enquanto o capitão Helder da Silva (2.0) não foi a jogo. Na turma vencedora, morava um inspirado Omid Hadiazhar – 4.0 -, iraniano do cinco ideal do último mundial, que registou 29 pts, 7 as, 9 res, 1 rb. Também os argentinos Adrian Perez – 3.0 – (17 pts, 3 as, 6 res, 2 rb) e Maximiliano Ruggeri – 2.5 – (17 pts, 6 as, 4 res, 3 rb) ajudaram a pender a balança a favor dos locais.

Próximos jogos do Servigest Burgos:

Sábado, dia 12, 17:00h (pt), VS Fundación FDI Las Rozas (casa), transmissão em: https://bit.ly/3lsFJ3X

Domingo, dia 13, 11:00h (pt), VS BSR Amiab Albacete (casa), transmissão em: https://bit.ly/3lsFJ3X

Nota: Foto – Federação Búlgara de Basquetebol


Treino aberto marca arranque do BCR em Sesimbra

“Vem Rolar Connosco” é o mote do evento de basquetebol em cadeira de rodas (BCR) agendado para esta sexta-feira, dia 11 de dezembro, no Pavilhão Municipal de Sampaio, em Sesimbra. David Lima, mentor do projeto, mostra-se otimista na constituição de uma equipa.

O desejo de revitalizar o BCR na margem sul do Tejo ganhou novo alento. David Lima, de 30 anos, conheceu a modalidade enquanto estudante de Dança e Música, em Berlim, por altura do Mundial de 2018, disputado em Hamburgo, e depressa se converteu à sua linguagem e caráter inclusivo. “Fui à procura, comecei a ver os jogos todos e decidi jogar. O ano passado, era a minha primeira época, mas, por causa da COVID, após três jogos, a liga foi interrompida”, lamenta. O breve trajeto enquanto jogador deu-se na RSC, da última divisão alemã (num total de 5).

Agora, de volta a Portugal, lança-se na árdua tarefa de formar uma equipa, em Sesimbra. “Este ano regressei com a Thirza, a minha companheira. Quando chegámos, comecei à procura e vi que as únicas equipas próximas eram em Lisboa“, uma distância geográfica à primeira vista contornável, mas quase odisseica, sem recurso a transporte próprio. “Tentei perceber como podia ir de transportes públicos. Sairia às 6 horas da tarde e voltava à 1h30 da manhã”, recorda.

Dos obstáculos à prática emergiu a vontade de suprir a falta de oferta no distrito de Setúbal e a associação à UDI, União Desportiva para a Inclusão, que também tentou, sem sucesso, a criação de uma formação de BCR. “Já têm o material, o treinador, estavam a ter dificuldade com o espaço e os jogadores. Conseguimos arranjar espaço no Pavilhão Municipal de Sesimbra, em horário pós-laboral, e estamos a tentar angariar jogadores, ao iniciar o contacto com as associações, com os grupos”, relata David Lima.

À equação de erguer em Sesimbra o 11.º clube de BCR ativo em solo nacional, soma-se a colaboração da Escola Secundária de Sampaio e da Câmara Municipal.

O primeiro passo será cativar potenciais interessados, no evento “Vem Rolar Connosco”, que tomará lugar no Pavilhão Municipal de Sampaio, no dia 11, das 20h30 às 22h30. A adesão já se cifra em 16 praticantes, metade com uma limitação motora e outro tanto sem qualquer comprometimento físico, onde se inclui o próprio David, pois, importa relembrar, na 2ª Divisão nacional, à semelhança do que acontece na Alemanha e noutras paragens, o BCR é aberto a todos. “Estive numa equipa em que era 50/50, em termos de pessoas com e sem deficiência motora. Pensámos em criar a equipa também por esta vivência de família e sociedade muito inclusiva que tivemos em Berlim. Tínhamos um treino, à sexta-feira, com mais de 50 pessoas, entre os 4/5 anos até aos 65, num pavilhão enorme; pessoas que não conseguiam levantar uma bola, a treinar num canto, outros jogavam na 3.ª e 2.ª Divisão, a um alto nível, miúdos a começar, etc.”, narra o impulsionador do BCR em Sesimbra, convicto de que conseguirá reproduzir este “contexto inclusivo”.

A confirmarem-se as previsões, no que concerne ao número de inscritos para o evento de sexta-feira, o cenário posterior mais provável contempla a realização de treinos regulares, “uma a duas vezes por semana”, com o intuito de, na próxima época, Sesimbra ter um representante na 2.ª Divisão Nacional.

Na ótica pessoal, David Lima, impossibilitado à luz dos regulamentos de jogar por um emblema do principal escalão, voltará a centrar-se na sua elegibilidade, graças ao critério de deficiência mínima, processo que interrompeu na Alemanha, uma vez que, no país, ter uma lesão não se perfila como requisito para jogar BCR. “Tenho lesões nos joelhos, porque jogava futsal, e já são muito grandes. Tenho dificuldades a andar e nas articulações. Sinto que não consigo jogar basquetebol a pé, portanto a minha modalidade seria o BCR”, explica, antes de salientar que tal proibição, na sua perspetiva, esbarra na própria natureza da modalidade. “Para mim, o jogo de BCR é, pela forma como foi concebido, muito inclusivo. Com a questão da pontuação, podemos ter pessoas de todos os tipos de habilidades e condições motoras”, finaliza.


Estágio da Seleção Nacional de BCR sob a lente da FPBtv

Decorreu, entre 4 e 8 de dezembro, mais um estágio da Seleção Nacional de basquetebol em cadeira de rodas, com o Luso a voltar a acolher a equipa portuguesa.

A FPBtv marcou presença nos trabalhos da formação lusa, com vista a preparar o Europeu de 2021 da Divisão C, numa reportagem para ver aqui.


“Man Out” a Pedro Gonçalves

Nome célebre da APD Sintra, ao serviço da qual conquistou 28 títulos, e referência dos principais êxitos da Seleção Nacional de basquetebol em cadeira de rodas, Pedro Gonçalves continua, aos 48 anos, a destacar-se como um dos melhores jogadores em Portugal. Tecnicamente virtuoso, prima também pela dedicação incansável ao jogo que conheceu há 30 anos. É ele o protagonista da rubrica “Man Out”.

Data de nascimento: 10 de abril de 1972
Ano de iniciação: 1990
Posição: Base/Extremo (e até poste!)
Clube: APD-Sintra e CP Mideba
Palmarés: Extenso… (28 títulos conquistados pelo Sporting CP-APD Sintra, entre Campeonatos, Taças e Supertaças)
Jogo da tua vida (e porquê): Final do Campeonato da Europa em Dublin, em 2007, que Portugal ganhou. Ouvir o hino do teu país enquanto a bandeira sobe… mais ainda sendo capitão, é algo indescritível! Um orgulho imenso que ainda hoje me deixa escapar do olho uma gota ou duas.

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como o “vendias”?
Punha-o(a) a experimentar! Nada como experimentar. Quem gosta de desporto, e experimenta o BCR, fica a gostar e volta.

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?
São vários os jogadores que admiro e que me influenciaram ao logo do tempo, sobretudo em Portugal, e seria extenso e injusto nomeá-los, porque me ia esquecer de algum. Mas para dar só um nome, escolho lá fora o meu amigo Abdi Jama, que, além de ser o jogador fantástico que todos conhecem, sempre a sorrir, é um ser humano extraordinário, com uma história de vida incrível.

Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR.
Incontáveis! Lembro-me de uma vez, com a equipa do CP Mideba, quando regressávamos de Itália depois de jogar uma Willi Brinkmann, creio, a tripulação do avião era portuguesa e achou piada haver 2 “tugas” (o Hugo Lourenço e eu) a jogar numa equipa espanhola. Vai daí, a meio da viagem, estava eu ferrado a dormir, quando uma das hospedeiras me acorda a dizer que o comandante queria falar comigo e com o Hugo! Epá… o que é que eu fiz, pensei! Mas não, afinal queria só conversar connosco e acabámos por fazer o resto da viagem no cockpit em amena cavaqueira, mesmo durante a aterragem em Lisboa, que por sinal é deslumbrante.

Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito?
Talvez escolha o passe. Mas também gosto muito de ressaltar e… pronto, lançar.

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”?
Ao Matt Scott! (risos)

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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

 

Nota: Foto de Photo Mumentus – Carlos Viana


Servigest Burgos cai nos instantes finais frente ao líder

Na rubrica “Portugueses lá fora”, relativa ao basquetebol em cadeira de rodas, destaque para o Servigest Burgos, formação de Helder da Silva e Luís Domingos, que ameaçou a invencibilidade do CP Mideba, mas que acabou por ceder a primeira derrota, por 67-72.

 

División de Honor (principal escalão) – Espanha

Servigest Burgos 67-72 CP Mideba

Apesar de munido de alguns dos melhores jogadores do mundo, como o norte-americano Matt Scott (3.5) ou os britânicos Phil Pratt (3.0) e George Bates (4.5), o CP Mideba sentiu sérias dificuldades para contornar a resistência do recém-promovido Servigest Burgos, que liderou a partida por longos períodos.
Mateusz Filipski (4.0), internacional polaco e a contratação mais sonante do emblema local, encabeçou uma excelente réplica desde o primeiro minuto e mostrou as credenciais que fazem dele um dos melhores jogadores da sua geração, ao registar 27 pontos, 11 assistências, 8 ressaltos e 2 roubos de bola. Contudo, perto do final, a sua exclusão por faltas, bem como do internacional espanhol Roberto Mena (4.0), ditou a perda de fulgor no jogo do conjunto de Castela e Leão. Helder da Silva (2.0) não saiu do banco, enquanto Luís Domingos (2.5) foi aposta de Rodrigo Escudero por cinco minutos, tempo insuficiente para o atleta luso dar continuidade às boas exibições rubricadas na pré-época e no encontro inaugural do campeonato, frente a Zuzenak.
Segue-se um ciclo desafiante de 6 jogos em 16 dias para o Servigest Burgos, em virtude do adiamento causado por alguns casos positivos à Covid-19 no plantel, no princípio de Novembro. O primeiro encontro disputa-se já hoje, às 16:45 (hora portuguesa), frente ao campeão espanhol, CD Ilunión, com transmissão aqui (https://bit.ly/2VoIKaP).

 

Calendário completo do Servigest Burgos, no mês de dezembro (hora portuguesa):

Sexta, dia 4, 16h45, vs. CD Ilunion (fora), transmissão aqui
Sábado, dia 5, 17h30, vs. Bilbao BSR (fora), transmissão aqui
Terça, dia 8, 11h, vs. BSR Valladolid (casa), transmissão aqui
Sábado, dia 12, 17h, vs. Fundación FDI Las Rozas (casa), transmissão aqui
Domingo, dia 13, 11h, vs. BSR Amiab Albacete (casa), transmissão aqui
Sábado, dia 19, 16h30, vs. BSR Casa Murcia Getafe (fora), transmissão aqui

 

Nota: Foto do Servigest Burgos


Seleção Nacional de BCR em estágio de 4 a 8 de dezembro

A Seleção Nacional A de BCR tem pela frente a segunda concentração da época, no Luso, entre os dias 4 e 8 de dezembro.

O selecionador nacional, Marco Galego, e o selecionador-adjunto, Bruno Silva, escolheram 14 atletas.

Portugal continua a preparação para o Europeu C de 2021, sobre o qual paira incerteza quanto à realização e data, sobretudo depois do Europeu B de 2020, na Grécia, “carrasco” da nossa Seleção na última competição, ter sido adiado.

Entre os 14 eleitos pela equipa técnica, face ao último estágio, em outubro, há a registar as saídas de Rui Pedro (2.5, extremo/poste, GDD Alcoitão), Henrique Sousa (1.0, extremo, APD Braga) e do capitão, Márcio Dias (4.5, poste, APD Braga).

De fora continuam, igualmente, os jogadores a militar em ligas estrangeiras, lote onde se incluem Luís Domingos (2.5, extremo, Servigest Burgos – principal liga espanhola), Ismael de Sousa (4.0, poste, Santa Lucia – Série B, Itália) e Christophe da Silva (1.0, extremo, CAPSAAA Paris – Nationale B, França), com a nuance dos dois últimos só iniciarem as respetivas ligas nacionais em janeiro. Em sentido inverso, regressam Iderlindo Gomes (4.0, poste, APD Leiria) e Daniel Tristão (1.5, extremo, GDD Alcoitão), que marcaram presença no último Europeu disputado por Portugal, em Sófia, Bulgária, em 2019, enquanto o jovem André Gomes (3.0, extremo/poste, GDD Alcoitão), dos quadros da Seleção Sub22, faz a estreia absoluta na equipa principal.

 

Convocatória:

APD Braga
Sílvio Nogueira, base/extremo, 2.0
Filipe Carneiro, extremo, 2.0
Jorge Palmeira, extremo/poste, 2.5
José Miguel Gonçalves, base/extremo, 3.0
Hélder Freitas, poste, 3.5

Basket Clube de Gaia
Pedro Bártolo, base/extremo, 2.5, subcapitão
Miguel Reis, poste, 4.0

GDD Alcoitão
Daniel Tristão, extremo, 1.5
Hugo Maia, base/extremo, 2.5, subcapitão
André Gomes, extremo/poste, 3.0

Sporting CP-APD Sintra
Ibrahim Mandjam, poste, 4.0

APD Lisboa
Ângelo Pereira, base/extremo, 2.5
Ahmat Afashokov, extremo, 3.0

APD Leiria
Iderlindo Gomes, poste, 4.0

 

Nota: Foto da Federação Catalã de Desporto para Pessoas com Deficiência Motora


FPB reuniu com clubes de BCR

Liderados pelo presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), Manuel Fernandes, e pelo Presidente do Comité Nacional de Basquete em Cadeira de Rodas (CNBCR), Augusto Pinto, sete representantes da FPB realizaram, na passada quinta-feira, por videoconferência, a última reunião com clubes neste início de época, depois das competições de basquetebol a pé.

Estiveram presentes 13 representantes dos 10 clubes que disputam as competições de BCR – AD Vagos Núcleo, APD Braga, APD Leiria, APD Lisboa, APD Paredes, BC Gaia, Cooperativa Lousavidas, GDD Alcoitão, Os Especiais e SCP-APD Sintra -, bem como seis representantes de cinco das seis Associações com clubes de BCR.

A reunião iniciou-se com a habitual partilha de informações por parte da FPB, nomeadamente no que se refere ao Projeto Assistência FPB/Wilson (aberto a candidaturas de clubes e Associações), à atividade do Marketing e Comunicação (com especial enfoque na nova plataforma FPBtv), à organização do jogo e ao Regulamento de Retoma e Plano de Contingência.

Passado este ponto, foi a vez dos clubes intervirem e partilharem com a FPB os constrangimentos da prática da modalidade, que viram acentuados com a pandemia, nomeadamente, a necessidade de aumentar o número de veículos para as deslocações das equipas, face às limitações existentes à ocupação dos veículos, ou os atrasos na classificação de atletas, impedindo-os de participar na competição. O aumento da visibilidade da modalidade do BCR nos canais de comunicação foi outra das reivindicações dos clubes, tendo também sido partilhada com todos os presentes a já existente possibilidade desta modalidade ser disputada, ao nível da 2.ª Divisão, por antigos/as atletas do basquetebol a pé, ainda que sem incapacidade, que deixaram a modalidade devido a lesões permanentes.

A reunião foi encerrada por Manuel Fernandes, que abordou os vários apoios já atribuídos ao BCR, a necessidade do seu enquadramento no âmbito das muitas atividades desenvolvidas pela FPB, bem como as alterações que advieram da justa integração desta modalidade no seio federativo.


CD “Os Especiais”, o único emblema insular no BCR nacional

Duarte Sousa é o presidente e treinador do CD “Os Especiais”, único clube insular do basquetebol em cadeira de rodas (BCR) nacional. O dirigente e técnico faz uma retrospetiva dos 14 anos de existência da equipa madeirense e assinala as principais dificuldades.

Há desafios comuns na subsistência de um desporto paralímpico, mas a tarefa aumenta em exigência quando se trata de erguer uma equipa de BCR, com a panóplia de custos associados, numa ilha. Nem por isso Duarte Sousa afrouxou a vontade de criar a secção, no Clube Desportivo “Os Especiais”, do Funchal, depois de se encantar com a modalidade, nos Jogos Paralímpicos de Atenas, em 2004, nos quais participou como técnico-adjunto da Seleção Nacional de basquetebol para atletas com deficiência intelectual. “Assisti com muito entusiasmo a vários jogos de BCR e questionei-me: porque não construir um projeto para implementação e dinamização do BCR na Madeira?”, relata.

Assim que regressou, pôs-se em marcha a aquisição de 12 cadeiras desportivas, bem como o contacto junto de “várias instituições com indivíduos com condição de mobilidade reduzida”. A constituição oficial da primeira equipa de BCR, na Região Autónoma da Madeira, seria consumada em março de 2006.

Catorze anos passados, o CD “Os Especiais” persiste nas competições nacionais como representante solitário dos arquipélagos, algo que supõe adversidades suplementares. “A não participação de todas as equipas que se inscrevem no Campeonato Nacional, na deslocação à Madeira, para efetuarem jornadas, calendarizadas pela CNBCR/FPB; o custo financeiro nas deslocações aéreas; e o cansaço que advém das idas ao continente para a realização de jornadas duplas em horários de viagens desajustados”, enumera o técnico e presidente da direção do clube, que alude ainda aos obstáculos na preparação.

Sem possibilidades de realizar encontros de caráter amigável, o CD “Os Especiais” conta com o apoio da Associação de Basquetebol da Madeira, “que organiza torneios com a participação de vários clubes regionais”. Apesar das condições de base pouco favoráveis, a formação insular, atualmente com 11 atletas no seu elenco, continua a disputar as provas nacionais, mais concretamente o segundo escalão. “Devido ao elevado nível competitivo, comparado com a nossa equipa, e após auscultação dos jogadores e posterior decisão, optámos por dar um passo atrás, ou seja, no sentido da nossa participação ser na 2.ª Divisão, de forma a criarmos bases sólidas e, eventualmente, podermos ascender uma vez mais à 1.ª Divisão”, narra Duarte Sousa, que enfatiza a integração prévia da principal liga e, “inclusive, o 2.º lugar na Taça de Portugal”.

Na época 2020/21, a estreia do CD “Os Especiais” está prevista para o começo de 2021. À margem dos embates com as equipas “B” de APD Braga, Sporting CP-APD Sintra, GDD Alcoitão e APD Lisboa, os madeirenses batem-se pela subida à 1.ª Divisão com a AD Vagos-Núcleo e a Lousavidas.

 

Nota: Imagem de Photo Mumentus – Carlos Viana


Yuri Fernandes abre a época com vitória folgada

No regresso da rubrica “Portugueses lá fora”, relativa ao basquetebol em cadeira de rodas, destaque para Os Hornets Le Cannet, de Yuri Fernandes, que venceram o Lannion por 91-31, na jornada inaugural da Nationale A, 1.ª Liga francesa.

 

Hornets Le Cannet 91 Lannion 31

Na estreia no máximo escalão gaulês, Yuri Fernandes (2.5), o primeiro português a atuar no estrangeiro a arrancar a época 2020/21, averbou um triunfo robusto na receção a Lannion, por 91-31. Apesar de ter sido lançado pelo técnico Daniel Paquet por apenas dois minutos, o extremo ex-Trovões (Barreiro) afirma que “as sensações foram boas” e promete “continuar a trabalhar para ter mais oportunidades”.

Com uma concorrência feroz na sua pontuação (2.5), frente ao espanhol Ivan Toscano e o internacional francês Luigi Makambo, Yuri revela que a aprendizagem com ambos pode ajudar a elevar o seu jogo: “Tenho uma relação muito boa com eles. Com o Luigi, falamos mais de como melhorar os aspetos defensivos e ofensivos; o Ivan procura dar-me confiança no meu lançamento”, refere.

Na próxima jornada, dia 3 de outubro, os Hornets Le Cannet visitam o reduto do Meylan Grenoble Handibasket. Na mesma data, o CAPSAAA Paris, de Christophe da Silva (1.0), disputa o primeiro encontro oficial, a contar para a Nationale B, em Estrasburgo.


Perspetiva do primeiro estágio das Seleções A e Sub22 de BCR

O selecionador nacional sénior de BCR, Marco Galego, e o selecionador nacional sub22, Ricardo Vieira, analisam o trabalho durante a paragem e abordam as expectativas para o estágio conjunto, de 1 a 5 de outubro.

Sem concentrações desde o último Europeu, em julho de 2019, a Seleção A de BCR volta a reunir-se, no Luso, de 1 a 5 de outubro, de forma a preparar a participação no Campeonato Europeu da Divisão C, de 2021. O tempo ausente dos pavilhões suscita alguma preocupação a Marco Galego. “Em termos de preparação presencial estamos muito atrasados em relação aos nossos rivais, alguns já treinam como seleção há algum tempo”, adverte, sem se escudar neste aspeto para justificar um eventual fracasso. “Não será pelo atraso que não vamos alcançar os objetivos”, promete.

O selecionador nacional enaltece a importância e o compromisso de atletas e staff no período de confinamento, vocacionado para a análise de vídeo e o treino físico. “Fazíamos reuniões quinzenais via zoom, em que cada atleta analisava um determinado momento de um jogo; além disso, mandavam para o Bruno Silva (treinador-adjunto) vídeos dos treinos físicos que estavam a fazer, sendo estes quase na totalidade elaborados pelo Bruno”, explica o treinador elvense.

No primeiro ensaio após a interrupção causada pela Covid-19, Marco Galego não pode dispor dos atletas a atuar no estrangeiro – Luís Domingos (2.5 – Servigest Burgos, 1.ª Liga espanhola; também sub22), Ismael de Sousa (4.0 – Santa Lucia Roma, 2.ª Liga italiana) e Christophe da Silva (1.0 – CAPSAAA Paris, 2.ª Liga francesa) -, pelo que contará com 14 elementos.

No que toca à Seleção sub22, que, tal como a Seleção A, se apresenta desfalcada dos jogadores a atuar fora do país – além do mencionado Luís Domingos, é baixa Nuno Silva (1.0 – Ticino Bulls, 1.ª Liga suíça) -, Ricardo Vieira demonstra entusiasmo, dado o empenho evidenciado pelos atletas nos últimos seis meses. “Tivemos um trabalho extraordinário! Os miúdos foram inexcedíveis. Criámos rotinas que pensávamos ao fim de seis semanas estarem implementadas, mas que, ao fim de pouco mais de três semanas, estavam solidificadas”, salienta com agrado.

Para o aguardado reencontro no Luso, o selecionador nacional da categoria deposita especial interesse na “cultura tática e evolução física de cada um”, atendendo à incidência nestas componentes ao longo da quarentena.

As Seleções A e sub22 de BCR entram em estágio na quinta-feira, dia 1, à noite, no Luso, e vão realizar oito sessões de trabalho, entre quinta e segunda-feira.


BCR procura reintegração no programa paralímpico de Paris 2024

Em entrevista à FPB, Regina Costa, responsável máxima da classificação a nível mundial, deu conta dos próximos passos da IWBF – Federação Internacional de BCR – para estar em consonância com o IPC – Comité Paralímpico Internacional.

David Eng (Canadá), George Bates (Grã-Bretanha), Barbara Gross (Alemanha), Annabelle Lindsay, Teisha Shadwell (ambas da Austrália), Cem Gezinci (Turquia), Dagmar van Hinte (Holanda) e Veva Tapia (Espanha) são os oito atletas excluídos dos Jogos Paralímpicos, por não se enquadrarem nos parâmetros de classificação do Comité Paralímpico Internacional – IPC.

O organismo transmitiu à IWBF – a necessidade de reajustar o seu código de classificação, sob pena de exclusão da modalidade dos Jogos de Tóquio 2021 e, com efeito imediato, a retirada do programa de Paris 2024. A polémica decisão fez deflagrar uma reação em massa dos atletas e treinadores de BCR, uma vez que, ao ser declarada inelegível a sua lesão, os oito atletas previamente mencionados (entre outros que possam vir a ter o mesmo destino) ficam privados de jogar basquetebol ao mais alto nível, olímpico ou paralímpico.

A divergência dos códigos de classificação das duas entidades obriga agora a IWBF a um cronograma rigoroso, que visa apresentar propostas, onde os Critérios de Incapacidade Mínima confluam nas normas do IPC. De salientar que o sistema de classificação funcional vigente no BCR, introduzido por Horst Strohkendl, em 1980, e considerado menos propício à fraude do que a fórmula de análise puramente médica até então em curso, colheu mais tarde o próprio entusiasmo do IPC, que aplicou a metodologia a outras modalidades.

Recentemente, no dia 3 de setembro, o IPC veio a público reforçar a legitimidade da sua posição, ao alegar o incumprimento da IWBF nas solicitações e prazos que lhe foram comunicados, sem, porém, esclarecer a conduta relativamente aos atletas arredados dos Jogos Paralímpicos. A 16 de setembro, Regina Costa e Norbert Kucera, secretário-geral, reuniram virtualmente com todos os organismos nacionais com o intuito de facultar as informações mais recentes do processo.

A presidente da comissão de classificação da IWBF respondeu a algumas questões que lançam luz sobre os próximos passos para uma resolução do problema.

 

Ao dia de hoje, o que falta à IWBF fazer para que o seu sistema de classificação esteja em linha com o código do IPC?
Atualmente, estamos a trabalhar no quarto rascunho das regras e regulamentos de classificação, onde estará incluída uma proposta para os Critérios de Incapacidade Mínima. Estes dois documentos têm de ser aprovados pelo IPC, e então estaremos em linha com o Código de Classificação do IPC.

Consideras positivo o adiamento dos prazos de reavaliação dos atletas de pontuação inferior a 4.0., para o pós-Tóquio? Todos os 4.5 e 4.0 das seleções que irão a Tóquio já foram reavaliados?
Já foram reavaliados, à exceção de quatro, em que foi pedida informação adicional. A alteração das datas para a segunda parte da reavaliação exigida pelo IPC tem vantagens e desvantagens, por isso é difícil formular uma opinião clara.

Que papel tem desempenhado a FIBA, no sentido de auxiliar a IWBF a resolver esta querela com o IPC?
O apoio que a FIBA tem dado à IWBF tem sido excelente, devido à vasta experiência nestas questões de cumprimento de regras e procedimentos. Há que ter em consideração que todo este processo também inclui o controlo anti-doping, e aí a FIBA tem sido mais do que um braço direito, porque já trabalham desta forma há muito tempo.

Qual foi a justificação do IPC para negar o período transitório concedido, por exemplo, ao ténis? [Atletas nas mesmas circunstâncias dos excluídos no BCR participarão em Tóquio]
Os pedidos forma feitos com timings muito distintos, uma vez que, quando o ténis fez o pedido, as suas regras de classificação já estavam em linha com o Código de Classificação do IPC. A IWBF ainda está no percurso para atingir esse objetivo.

A única solução para que os nove atletas excluídos passem a voltar a estar aptos à participação em Paralímpicos passa pela reformulação do código do IPC. Acreditas nessa mudança e em que medida teria de mudar?
O processo de reintegração desses nove atletas não será assim tão simples. O Código de Classificação do IPC está em constante atualização, e para o próximo ano será novamente feita uma revisão. É claro que a IWBF irá participar nesse processo, mas terá de haver um acordo entre todos os membros do IPC e ser feita investigação, no sentido de dar suporte a essas possíveis alterações, tal como até agora.

Para esclarecer a comunidade: os atletas excluídos continuam a poder jogar provas internas e internacionais, de clubes e seleções, reguladas pela IWBF (como Mundiais e Europeus)?
Ainda está em discussão com o IPC e a Comissão de Competições da IWBF. As provas internas serão sempre possíveis; o que está em questão são as provas internacionais [de seleções], uma vez que a maioria faz parte de todo o processo de qualificação para os Jogos.


“Sentimos que é praticamente impossível o surgimento de novas equipas”

Em entrevista à FPB, o presidente da AD Vagos, Mário Rocha, abordou o ano de arranque da equipa de BCR e as dificuldades inerentes à iniciação na modalidade.

Apesar do cenário adverso que enfrentamos, a AD Vagos renova o compromisso com o BCR e participará na 2.ª Divisão. Quais as metas para 2020/21?
A AD Vagos Núcleo tem, como meta, a consolidação deste projeto de BCR, em termos estruturais, financeiros e de enquadramento humano.

De que forma têm atacado a tarefa de captar mais praticantes para a modalidade?
A captação de novos praticantes é muito difícil. Tem sido feita através de abordagens pessoais a potenciais praticantes e entidades. A carência de equipamento específico, nomeadamente cadeiras de rodas, também é um óbice relevante.

Quais as principais dificuldades com que se têm deparado para levar a bom porto o projeto?
A carência de equipamento específico e toda a logística envolvente, como transporte, alojamento. A captação e a fidelização de apoios a esta causa é muito difícil. No primeiro ano, avançámos sem qualquer tipo de apoio, para além da cedência protocolada de duas cadeiras de rodas por parte da FPB. Conseguimos sensibilizar a Universidade de Aveiro, a quem a FPB tinha cedido três cadeiras, a emprestarem-nos as mesmas. Um grande reconhecimento ao Sporting CP/APD Sintra, que também nos facultou uma cadeira que já não utilizavam, que para nós se revestiu de enorme importância. Uma palavra de apreço para todos os elementos da FPB ligados ao BCR, pelos ensinamentos, compreensão e ajuda. No entanto, o ano de arranque representou um enorme esforço, sobretudo na sensibilização para a modalidade. Os encargos foram suportados pelo clube mãe, AD Vagos.

O que há a mudar para o crescimento do BCR nacional e, em particular, de projectos em iniciação como o da AD Vagos?
Do nosso primeiro contacto com a organização do BCR, ressaltam dois sentimentos algo contraditórios: por um lado, a recetividade, ajuda e preocupação com a nossa integração no meio; por outro, sentimos que, em termos materiais e humanos, é praticamente impossível o surgimento de novas equipas. Apesar do esforço da FPB, a cedência de apenas duas cadeiras para um clube que pretende lançar-se nestas andanças é, manifestamente, insuficiente. Poderia criar-se um “banco” de cadeiras para facilitar o arranque de novas equipas. A organização das provas é mais propensa ao afastamento do que à atração de novas equipas. Todos se deviam interrogar porque é que ao longo de várias décadas, as equipas intervenientes são praticamente imutáveis, e porque é que a percentagem de praticantes fica aquém do previsível. Que sentido faz um calendário em que uma equipa não apresenta uma atividade regular ao longo da época, com intervalos de meses entre jogos, e, em contrapartida, tem jogos consecutivos em certas semanas, com alguns a serem disputados no mesmo dia e, mais grave ainda, um a seguir ao outro, sem qualquer intervalo a separá-los? É possível, desta forma, promover a modalidade, sensibilizar entidades, motivar atletas, programar a época desportiva? Quanto a mim, não.
Além disso, como é que uma equipa que se está a iniciar, e com elementos que pela primeira vez têm contacto com esta modalidade, se pode defrontar com muitos atletas de equipas extremamente rotinadas, alguns inclusivamente da Seleção Nacional? É como se se misturassem os praticantes iniciais do basquetebol a pé (minis) com os seniores do SL Benfica, FC Porto, UD Oliveirense e elementos da Seleção Nacional! Este facto origina que, quem se está a iniciar, facilmente se consciencialize de que não consegue, não tem jeito e desista…

Qual seria o modelo competitivo mais indicado para quem se inicia?
Atendendo a que um Campeonato Nacional é muito exigente em termos de duração e gastos, sugiro a criação futura de encontros ou torneios oficiais, a serem realizados uma, duas ou três vezes por ano, por exemplo, ligados a alguns pontos altos, apenas por equipas em formação, que não integrem as 2.ª e 1.ª Divisões, e sem elementos destas.


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Miguel Maria

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