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Jogadores marcantes #8: Eduardo Gomes

Paradigma de longevidade e fair-play, aos 53 anos, Eduardo Gomes continua a fazer a diferença na tetracampeã nacional APD Braga, fruto de uma apetência quase sem paralelo para marcar, de qualquer lado. Detentor de 16 troféus pelo emblema minhoto, renova a cada ano o entusiasmo pelo BCR, que só deixará quando não puder mais.   

O passado desportivo, resumido às funções de treinador-adjunto nas camadas jovens de uma equipa de futebol, não pressagiava os êxitos que se sucederiam. Eduardo Gomes (4.0) começou a praticar BCR há 22 anos, “através de Rafael Azevedo”, seu futuro colega e o primeiro contacto bastou. “Nem fui equipado. Apresentei-me lá e o Ricardo (Vieira) pôs-me logo numa cadeira. Fiquei apaixonado. Pensei: “Olha que maravilha”. A partir daí, nunca mais falhei um treino. Amo este desporto”, afirma a perder o fôlego.
De imediato, o fascínio produziu um compromisso ao nível dos melhores, espelhado na dedicação e no olhar aguçado. “Via os outros lançar e comecei a praticar sozinho, em casa, sem cesto, só a fazer o gesto”, resolução com frutos comprovados. O lançamento, virtude que consensualmente lhe reconhecem, aprimorou a cada treino, pela recriação constante da atmosfera do jogo. “Faço cada lançamento como se fosse no último segundo. Digo para mim “Estamos a perder por um” e é com esse lançamento que vamos passar para a frente”.
Uma ida a Vigo acrescentou-lhe soluções de concretização, perante a eficácia à tabela de um jogador do conjunto local, tal como o regresso de Márcio Dias (4.5) aos minhotos, após experiência em Espanha, pelo Servigest Burgos. “Jogava sempre do lado direito. Quando o Márcio voltou à equipa, perguntou se não me importava de trocar. Tive que me adaptar, e entretanto, comecei a lançar de todos os lados”, explica o veterano. O mérito da evolução atribui também a Carlos Vieira, fundador da APD Braga, e Ricardo Vieira, seu técnico atual. “Foram eles que me incentivaram”, sublinha, a par dos colegas, a quem louva “o apoio espetacular”. Para o treinador da APD Braga, Eduardo “tem uma vivacidade no jogo e intensidade que “envergonha” alguns novos atletas e até de Seleção Nacional”, dispara, caraterísticas que ajudam a compreender o impacto que mantém no conjunto tetracampeão nacional.
Há, porém, uma mágoa que não se apaga. “Sabes qual é o meu maior desgosto, a minha maior tristeza? Nunca vestir a camisola da Seleção”, confessa, apesar de aceitar a ausência das escolhas no passado. “Posso lançar bem, mas os outros têm velocidade”. Da mesma forma, Ricardo Vieira conjetura a disponibilidade de vários atletas da pontuação do seu pupilo, com qualidade, como atenuante para não constar nas convocatórias, mas frisa a injustiça. “Mais não fosse pelo prémio do que tem dado, e acredito ainda tem para dar, merecia ser reconhecido. Gostava de o ter visto mais em estágios, se fosse Sub22 garantidamente ia”, afiança em tom de brincadeira o selecionador da categoria.
Dissabores à parte, o encanto de Eduardo Gomes pela modalidade não parece afrouxar. “O que eu quero é jogar”.
Ricardo Vieira, Selecionador Nacional Sub22 e Treinador da APD Braga
O “Dado” é um caso a estudar pela ciência, pois quanto mais velho, mais vontade tem em crescer como jogador. Como ser humano, é um exemplo com todos, colegas de equipa e adversários. Não conheço um jogador ou agente desportivo (árbitros incluídos) que tenham algo a apontar-lhe, pelo contrário. As inúmeras vezes que já me aborreci com ele, em relação a parar uma jogada para ajudar um adversário ou desistir da mesma por fair-play, fizeram-me entender que não consigo mudar isso, está no ADN dele. É um prazer tê-lo na equipa, espero que se mantenha mais alguns anos connosco, pois poderá ser ou vir a ser o jogador com mais longevidade no BCR e com qualidade, pois em termos de longevidade temos já alguns exemplos, mas em termos de qualidade, como o “Dado” é difícil. Basta ver que tem feito parte do 5 inicial de uma equipa tetracampeã nacional e isso quer dizer alguma coisa, não?”

“Man Out” a Christophe da Silva

Christophe da Silva descobriu o basquetebol em cadeira de rodas em 2009, mas só chegaria ao “radar” da Seleção Nacional a partir de finais de 2016. Com o traquejo adquirido ao serviço do CS Meaux, pelo qual se sagrou campeão francês em 2017, o extremo viu recompensado o afinco e o caráter coletivo do seu jogo com duas participações em Campeonatos da Europa.  

Data de nascimento: 06/11/1982
Ano de iniciação: 2009
Posição: extremo/base
Clube: CS MEAUX (França – Nationale A)
Palmarés: Campeão de França – 2017
Jogo da tua vida (e porquê): CS Meaux 64-68 Bilbao BSR– Andre Vergauwen 2017 (estatística aqui) Perdemos por pouco contra uma grande equipa. Foi um jogo de alto nível e muito intenso.
Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como o “vendias”?
Antes do meu acidente, não conhecia este desporto. Desde que pratico, todas as pessoas que o conheceram, adotaram-no de imediato e começaram a segui-lo. É um desporto aberto a toda gente (em vários países, a participação está aberta a pessoas sem deficiência. Em Portugal, essa circunstância está restrita à 2.ª Divisão), não é preciso ter uma deficiência para praticar, e é um ótimo momento de partilha. As regras são semelhantes à versão convencional e o espetáculo é igualmente impressionante. A melhor maneira de ficar fã é ver pelo menos uma partida ou sentar-se numa cadeira. A partir daí, só podemos amar a modalidade.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti? 
Tive a chance de jogar com grandes jogadores e contra os melhores. É difícil nomear alguém em particular, mas os que realmente me ajudaram a crescer nesta modalidade são Otias Pliska, Audrey Cayol, Samir Goutali e Mario Farasman.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR. 
Durante uma sessão de consciencialização sobre a prática do BCR, com professores de Educação Física e treinadores de clubes do desporto convencional, quando testaram a modalidade, tiveram a impressão de inverter os papéis. Eles tornaram-se as pessoas com deficiência e eu a pessoa dita “normal”.
Qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito? 
Gosto de castigar a defesa adversária, fazendo o “comboio”*, para que o jogador que me segue possa marcar à vontade.
Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? 
Gostava de fazer “Man Out” ao Márcio Dias, capitão da nossa Seleção e jogador com muita experiência.
* Comboio ou “seal” – movimentação caraterística do BCR, geralmente materializada pelo jogador de baixa pontuação e/ou estatura, que prescinde de atacar uma vantagem numérica pelos cânones habituais para efetuar um bloqueio em movimento e permitir que o seu colega o acompanhe nas costas, alcançando deste modo uma posição próxima do cesto.

Entrevista a Augusto Pinto

Augusto Pinto, presidente do Comité Nacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CNBCR), analisa o presente e projeta a época 2020/21 em entrevista.

A pandemia terá consequências económicas danosas para os clubes, em particular para os que assentam numa estrutura mais frágil, onde se enquadra o BCR. Que resoluções saíram da reunião de clubes celebrada a 6 de junho? 
Pela primeira vez, em muitos anos, estiveram presentes todos os clubes de BCR. Existe uma grande interrogação sobre o futuro face à nova realidade que a pandemia trouxe. Outra preocupação evidente recai nas incertezas sobre as capacitações financeiras, pois a grande maioria depende dos apoios das autarquias, seja nas instalações desportivas, seja na logística de transporte. Foi consensual que temos de pensar de forma mais racional o quadro de competições. Neste sentido, os calendários da 1.ª e 2.ª Divisão serão realizados em datas não coincidentes e ficaram definidas as regras dos atletas que integram as equipas B. Uma alteração importante foi a disputa da fase final da 1.ª Divisão passar a ser realizada em sistema de poule entre as 4 equipas melhor classificadas da fase regular, num fim de semana.
De que forma irá o CNBCR prestar apoio aos clubes neste momento difícil? 
A primeira medida é consignar a cada clube uma verba equivalente ao valor da terceira prestação da taxa de participação da época transata; determinámos manter a isenção das taxas de inscrição de atletas, técnicos e enquadramento humano; e a FPB continuará a suportar a maior fatia dos custos da arbitragem. Além disso, ficará a cargo da Federação garantir, na próxima época, a viagem de avião das duas equipas que irão disputar jogos na região autónoma da Madeira. Está ainda em fase de estudo a possibilidade de criação de verba de estímulo aos clubes, tendo em conta a sua dinâmica, cujas regras esperamos ter definidas até final de setembro.
É expectável o aparecimento de novas equipas na próxima época?
Sabemos como é difícil a construção de uma equipa de BCR, nos aspetos técnico e logístico. Vamos manter o foco na dinâmica de aparecimento de novos clubes, aprofundando contactos anteriores já estabelecidos e realizando outros.
Na antecâmara de um ano tão importante para a Seleção A, que irá tentar a subida à Divisão B, confia num calendário suficientemente estimulante na preparação? 
No mínimo, vamos proporcionar as mesmas condições do ano de 2019, e claro, ir mais além, avaliando a cada momento as condições para realizar mais jogos ou torneios de preparação. Para superar entraves maiores, equacionamos a realização desses jogos de preparação em Portugal. A construção do calendário de competições para a próxima época vai ter em conta essa mesma atitude.
Na época dada por terminada, o CNBCR visou proporcionar um número de estágios elevado à Seleção Sub22. Esta aposta era um prenúncio de uma eventual estreia em europeus da categoria? Mantém-se intacta essa vontade e com uma data concreta?
A Seleção de Sub22 está ainda num estádio de construção que queremos consolidar na proxima época. Se os calendários internacionais não tiverem muitas alterações, prevemos a participação em competição europeias no ano de 2022. O trabalho que este grupo tem desenvolvido tem sido espetacular. Mesmo neste período de confinamento, o espírito de dedicação e sacrifício é de enaltecer (mas é desta têmpera que se criam bons atletas), o que nos leva a encurtar as reais expectativas de participação em competições internacionais.

“Não pares em casa”

Bruno Silva, adjunto da Seleção Nacional de BCR e do Basket Clube de Gaia, dedica o treino desta semana, mais global, à mudança de direção, potência aeróbia e força.
Segue-se o vídeo, sendo que em anexo podem ler todas as indicações.


Na época 2008/09, a APD Leiria sagrava-se campeã nacional pela primeira vez

O ansiado título de campeão nacional de basquetebol em cadeira de rodas da APD Leiria chegou acrescido do mérito de impedir um sexto triunfo consecutivo da APD Sintra, e de ser o primeiro erguido por uma equipa fora da Grande Lisboa. Marco Francisco e o histórico atleta/dirigente Manuel Sousa proveem o feito de memórias.  

A estreia nas conquistas acontecera na temporada 2007/08, com a vitória na Taça de Portugal, prenúncio para o que viria, apesar de o próprio título de campeão ter ficado a um palmo de distância em ocasiões anteriores. “Já tínhamos demonstrado que tínhamos equipa e éramos os melhores. Acontece que tínhamos um plantel muito jovem, muito aguerrido, com excelentes jogadores e ambiciosos, mas faltava experiência, algo que a APD Sintra tinha de sobra”, admite Marco Francisco, virtuoso poste dos leirienses, que revisita uma das oportunidades goradas mais dolorosas. “Estivemos uma vez a ganhar 2-0 no playoff da final, disputada à melhor de cinco jogos, e fomos perder 3-2”.
A amargura das tentativas falhadas pesou no compromisso em dobro que pautou a conduta dos atletas, na altura do feito, onde sobressaía a paleta de internacionais, ou em vias de se converterem, composta por Marco Francisco (4.5), Valter Mendes (4.0), Aníbal Costa (4.0) e Manuel Sousa (1.0). “Tinha de ser desta. O Playoff estava empatado 2-2, mas conseguimos uma grande vitória por 68-55 no quinto jogo”, lembra. Para Manuel Sousa, “na “negra” tem outro sabor”, além do primeiro título encerrar “uma sensação de incentivo geral”, que conduz à repetição de êxitos, um alvitre certeiro, pois desde então a APD Leiria somou ao palmarés dois Campeonatos e 1 Taça de Portugal.
Entre as “memórias fantásticas de um título muito sofrido, justo e desejado”, Marco Francisco louva o trabalho conjunto de todos os atletas e direção, “que sempre procurou dar as melhores condições de treino e material”, sobraçado pelas autarquias de Leiria e Marinha Grande, sem esquecer os adeptos, que frisa o camisola #5, “nunca faltaram para apoiar a equipa”.
Convidado a nomear os rostos do sucesso alcançado dentro de campo, “pergunta complicada e injusta”, Marco enfatiza o ambiente familiar no seio da equipa e que “cada atleta deu e dá o melhor de si, sem nenhumcontrapartida”, mas concede duas menções especiais. “É incontornável referir o nosso vice-presidente Manuel Sousa, que continua a exceder-se todos os dias em prol da APD Leiria. Não podia ainda deixar de sublinhar o trabalho fantástico que o nosso treinador/jogador Martinho Santos fez para atingirmos o primeiro título”.
No palanque dos notáveis, Manuel Sousa reconhece a importância do seu contributo, “um jogador de pontuação baixa, que nos muitos anos de seleção jogou sempre os 40 minutos”, e presta tributo a Marco Francisco e Cláudio Batista, referência da APD Leiria durante um longo período, transferido uma época antes para o Amivel Velez-Malaga, emblema da poderosa 1.ª Liga espanhola.
Para a APD Leiria voltar ao topo do BCR nacional, o emblemático dirigente, ainda no ativo como jogador, aponta a necessidade de combater a “falta de liderança e unidade”, porque a valia dos atletas não está em causa. Em sintonia com estas palavras, Marco Francisco acredita num futuro de novos triunfos. “Resta-nos agora trabalhar mais do que os outros, coletiva e individualmente, que os resultados vão aparecer”.

Portugueses lá fora: Hélder da Silva vai disputar o principal escalão espanhol

O Servigest Burgos, formação de Hélder da Silva, veterano base desde 1998, aproveitou a renúncia do Basketmi Ferrol, de Pedro Bártolo e Luís Domingos, para carimbar o regresso à División de Honor, sete anos depois. 

O Servigest Burgos, de Hélder da Silva (2.0), aceitou, na passada sexta-feira, o repto da FEDDF (Federação Espanhola de Desporto para Pessoas com Deficiência Motora) para ocupar a vaga deixada livre pelo Basketmi Ferrol, emblema dos internacionais Pedro Bártolo (2.5) e Luís Domingos (2.5), que obteve um meritório segundo posto, na fase regular, precisamente um lugar à frente do rival de Castela e Leão.
Os galegos abdicaram da promoção a 31 de maio, data imposta pela Federação Espanhola como limite para a comunicação de intenções, fator que, expôs o presidente Alvaro Illobre, precipitou a decisão tomada, “pois em pleno Estado de Emergência torna-se impossível circular livremente na procura de patrocinadores e realizar reuniões com os responsáveis das instituições públicas”. Além da dificuldade em angariar apoios em tão curto espaço de tempo, o clube vive uma situação económica difícil, expressa na necessidade de “contrair um empréstimo com ABANCA” para suprir os gastos da época agora terminada, bem como da segunda metade de 2018/19.
Face ao cenário exposto, o Servigest Burgos anunciou o desejo de se juntar ao Getafe BSR na subida à liga mais competitiva do BCR mundial, apesar da pandemia da Covid-19 ameaçar esse estatuto, assente, em larga escala, na presença dos melhores intérpretes estrangeiros do jogo. Hélder da Silva, capitão e símbolo da equipa, irá viver, assim, a sua sétima experiência no patamar mais alto do BCR espanhol, direito alcançado também na época 2015/16, fruto da conquista da 2.ª Divisão, mas, à data, por motivos similares aos elencados pelo Basketmi Ferrol, os burgaleses não puderam consumar a disputa da División de Honor.

“Não pares em casa”

Bruno Silva, adjunto da Seleção Nacional de BCR e do Basket Clube de Gaia, dedica o treino desta semana à potência aeróbia e mecânica de lançamento.
Segue-se o vídeo, sendo que em anexo podem ler todas as indicações.


Em 2007, Portugal erguia o seu único título e espantava a Europa

Em Dublin, Irlanda, a Seleção Nacional de basquetebol em cadeira de rodas (BCR), orientada pelo espanhol José María Cristo, conquistou o Europeu C e carimbou a primeira subida ao segundo escalão continental. Nos eleitos, estavam Paulo Soeiro e Hugo Maia, um dos resistentes e atual subcapitão da Seleção, que rememoram o maior êxito do BCR português.  

Gorada a primeira tentativa de chegar à Divisão B do BCR europeu – desde que este incorporara a Divisão C -, Portugal viveu uma profunda transformação estrutural que lhe permitiria não só o alcance da subida, como de erguer, com uma boa dose de surpresa, o seu primeiro e único troféu.
Da comitiva ganhadora, subsistem nos quadros da seleção Henrique Sousa e Hugo Maia, subcapitão, que alude à “preponderância marcante” do técnico espanhol, José María Cristo, e do “trabalho conjunto”, onde emerge o presidente da extinta ANDDEMOT (Associação Nacional de Desporto para Deficientes Motores) – dirigente e ex-jogador da APD Sintra –, Victor Sousa. “Deu-se uma reviravolta, porque houve a preocupação de fortalecer a estrutura, ao equipar com cadeiras os jogadores convocáveis”, aposta que constatou acertada na primeira pessoa. “É à conta desse investimento que eu desponto. A cadeira deu-me tudo”, refere o capitão do GDD Alcoitão.
Paulo Soeiro percute igualmente na importância das ações desencadeadas por Victor Sousa, diligente nas palavras de apelo ao compromisso. “Pediu que assumíssemos a responsabilidade de representar Portugal e contou alguns episódios passados que não queria ver repetidos”, consciencialização que contribuiu para uma seriedade competitiva com os frutos conhecidos. Na origem da façanha, culminada com triunfo ante a Lituânia por 69-60, Paulo Soeiro, que prossegue a sua carreira no Lux Rollers – 3º escalão germânico -, convoca ainda como aspeto determinante para o sucesso “as contantes palavras de acreditação de dois atletas, Hugo Lourenço e Pedro Gonçalves, o capitão, e do treinador”.
Para lá da visão global, que se repercutiu numa melhoria gradual do BCR nacional, Hugo Maia salienta que o papel de José María Cristo no progresso dentro de campo foi lacónico, mas fértil. “Havia muito talento e uma boa orquestra. Se ele tivesse usado muito o banco, se calhar nem tínhamos conquistado o ECMC. É aquele selecionador “eu tenho um cinco”, ponto”, filosofia que, aliada à estratégia de pressão, a partir daí uma “ferramenta muito aplicada” a nível interno, garantiu o respeito rival. “Era até espumar da boca! Pressão, pressão e mais pressão. Depois era berrar para fazer ouvir a nossa voz e não deixar o adversário respirar. De facto, eles nem conseguiam falar, porque a nossa ordem era falar mais do que os outros”, relembra Paulo Soeiro (1.0), um dos suplentes mais utilizados, que viu a união e o vociferar contínuo alastrarem-se ao banco. O extremo ex-GDD Alcoitão louva ainda os contributos do adjunto, Pedro Costa, “um apaixonado e estudioso do Basquetebol”, que oferecia análises pertinentes, assentes em “pormenores sobre como colocar a cadeira, bloquear, rodar ou defender”.
Seguiu-se a coroação, “o receber da medalha”, e uma última entoação d’ “A Portuguesa”. “Ouvir o nosso hino nacional e a maneira como cantámos dentro do pavilhão foi de arrepiar”, conta Paulo Soeiro, que não esperava uma recepção tão calorosa no aeroporto. “Não fazíamos ideia que havia tanta gente a seguir o nosso europeu. Quando a multidão nos viu, começou a cantar o hino nacional. Todas as restantes pessoas perguntavam quem éramos e porque é que não havia um único órgão de comunicação social à nossa espera, apesar de informados diariamente”.
Um ano mais tarde, Portugal embalava para um feito não menos meritório, ao assegurar a manutenção na Divisão B, em Notwill, Suíça, num encontro, cada vez mais frequente, com a Lituânia. Inscritos na história ficaram, em definitivo, os nomes de Paulo Soeiro, Pedro Gonçalves, Hugo Lourenço, Jorge Almeida, João Cardoso, Cláudio Batista, Aníbal Costa, Rui Nicolau, Henrique Sousa, Renato Pereira, Hugo Maia, Valter Mendes, Victor Sousa (dirigente), José María Cristo (selecionador), Pedro Costa (selecionador-adjunto) e Nuno Fonseca (massagista).

“Em Linha” com Fernando Lemos

A ligação à vertente convencional do jogo é de longa data, na qual, ao serviço do CA Queluz, obteve múltiplos êxitos, mas em 2018 surgiu em cena novo desafio: treinar a equipa de BCR do GDD Alcoitão. Treinador experiente, Fernando Lemos aborda a etapa recente com orgulho e garante que esta representa um veículo de aprendizagem. 

Ano de iniciação como treinador: 1991 (2018 no BCR)
Clubes/seleções orientados: CA Queluz, AB Lisboa, GDD Alcoitão
Palmarés: 1 vez campeão nacional de Sub16; 1 Taça Nacional Sub14; 1 Festa do Minibasquete (Sub12); 3 vezes campeão distrital de Lisboa Sub14, 3 vezes Campeão Distrital de Lisboa Sub16; 1 vez campeão distrital de Lisboa de Sub18
Jogo da tua vida: Talvez o jogo em que me sagrei campeão nacional de Sub16, numa Final Four em que a partida decisiva foi com o FC Porto, e na qual ganhámos por 17 pontos. Todos tinham tido no equilíbrio a nota dominante e, contra todas as expectativas, a minha equipa esteve brilhante e conseguiu uma vitória folgada, num jogo praticamente perfeito.
Resumo do percurso no desporto: CA Queluz – 1991-presente – treinou todos os escalões de formação e a equipa sénior em 2 épocas. Em 2019/20 foi treinador dos Sub14 e coordenador técnico do clube; Selecionador Distrital de Lisboa Sub12 – 2016/17 (conquista das Festas do Minibasquete). GDD Alcoitão – 2018/2019 – presente – participação numa Final Four da Taça de Portugal.
Que mensagem dirigias a um treinador hesitante em treinar BCR?
Dizia para assistir a treinos, observar um jogo, de forma a poder aperceber-se da beleza do BCR e a entender o esforço desenvolvido por todos os agentes para que a modalidade se afirme de uma vez por todas na sociedade, não como algo “autónomo” ou “satélite”, mas como parte integrante do basquetebol. Depois, que não tivesse receio de trabalhar, pois o ambiente que se vive no seio do BCR é muito salutar. Por último, dizia que o desafio em encontrar respostas para a constante evolução destes atletas é altamente encorajador, para também nós técnicos continuarmos a aprender e evoluir.
Quais os treinadores que exercem maior fascínio sobre ti e porquê? 
O mais importante para mim, pelo facto de ter tido a honra e o prazer de com ele trabalhar diretamente, como adjunto, nos meus primeiros anos de treinador, foi San Payo Araújo, a quem muito devo pela aprendizagem que me proporcionou. Destaco a sua humildade, capacidade de trabalho e o enorme amor ao jogo! Quero também destacar todos os treinadores que vim encontrar no BCR, pelo seu trabalho, dedicação e enorme qualidade, que também me tem permitido evoluir nesta nova etapa que abracei.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por treinar BCR. 
Ainda não tenho muitos. Destaco as perguntas curiosas que algumas pessoas que tenho levado a assistir a jogos me têm colocado, como um caso de uma pessoa que quando viu um atleta meu, após ter caído da cadeira, levantar-se pelo próprio pé e sentar-se novamente, me disse que o meu jogador era batoteiro, porque afinal andava e não devia jogar numa cadeira de rodas! Claro que de seguida lhe tive de explicar as patologias e a elegibilidade de cada atleta, mas foi curioso!
Quais as competências que consideras essenciais para ser um treinador de sucesso?
Em primeiro lugar, gostar muito do que faz, pois só com paixão poderá alcançar o sucesso. Depois três qualidades que considero decisivas: humildade, sentido de justiça e perseverança.
Em linha, a defesa que todos os treinadores querem, mas poucos conseguem. Qual a receita para lá chegar?
Muito trabalho e esforço, aliado ao domínio perfeito das técnicas de cadeira e à boa condição física. A defesa em linha é uma grande arma, pois permite à equipa que a consegue interpretar corretamente, colocar em dificuldade o ataque contrário. Para finalizar, deixo uma frase muito conhecida: “O ataque ganha os jogos, a defesa ganha os campeonatos!”.

“Não pares em casa”

Bruno Silva, adjunto da Seleção Nacional de BCR e do Basket Clube de Gaia, dedica o treino desta semana à resistência ao lactato.
Segue-se o vídeo, sendo que em anexo podem ler todas as indicações.


“Man Out” a Rui Pedro

A iniciação tardia não representou obstáculo para evoluir e quem o conhece identifica-lhe como virtude o entusiasmo incessante em relação à modalidade, que se repercute em partilhas e envolvimento nos círculos do basquetebol em cadeira de rodas (BCR) internacional. Em escassos quatro anos de prática, Rui Pedro, extremo/poste do GDD Alcoitão, tem já muito para contar.  

Data de nascimento: 10/09/78
Ano de iniciação: 2016
Posição: extremo/poste
Clube:  GDD Alcoitão
Palmarés: Finalista vencido da Taça de Portugal – 2016/17
Jogo da tua vida (e porquê): APD Braga vs. GDD Alcoitão – Precisávamos de ganhar para ir ao playoff. Com muita garra e grande oposição de Braga, sempre guerreiros, conseguimos os últimos quatro pontos com uma pressão a campo inteiro, nos últimos cinco minutos.
Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?
O BCR é fácil de vender. Basta convidares para fazer um treino, ver um jogo ou mostrar a “tua” evolução desde que se iniciou a prática. Ainda tem o fator social, que nos abre portas a outros conhecimentos.
Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti? 
Pedro Bártolo, um jogador completo; Marco Gonçalves, pela capacidade atlética e espírito coletivo; Márcio Dias e Hugo Lourenço, pela liderança em campo, sem esquecer outras qualidades. Internacionalmente: feminino – Joy Haizelden; masculino – Terry Bywater.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por jogar BCR. 
À parte das muitas vezes que o [Hugo] Maia vai ao chão, e que todas as quedas são diferentes, refiro a primeira vez que vi um treino. Entro no campo, apresentam-me e pedem ao Mário [Silva] para ver uma cadeira adequada a mim. Na minha cabeça, só podiam jogar atletas com uma incapacidade visível, no entanto, o Mário pára, tira os cintos e levanta-se da cadeira! Começa a andar normalmente e a tratar da cadeira. E eu disse: “Mas ele também joga?” Mas acho que ninguém ouviu.
Qual é o teu movimento, gesto ou momento do jogo favorito? 
Na fase de aprendizagem em que me encontro, preciso de evoluir muito na movimentação, na defesa e no ataque. Perceber quando e como bloquear. Diria que os bloqueios são um dos meus movimentos preferidos, quando os consigo fazer.
Qual é o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? 
Fica sempre bem fazê-lo a qualquer adversário, uma vez que o objetivo é finalizar em superioridade numérica. Mas sem preferência, respeito por todos.
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O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

Jogadores marcantes #7: António Botelho

Um dos célebres atletas de basquetebol em cadeira de rodas (BCR) da participação nos Jogos de Stoke Mandeville de 1971 e dos Paralímpicos de Heidelberg, em 1972, António Botelho inscreve com propriedade o seu nome no rol de jogadores marcantes.  Entre 1969 e 1993, jogou pelas equipas de Alcoitão, da extinta AFDA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas) e da APD Lisboa.

Ligado aos primórdios do BCR em Portugal, António Botelho, paraquedista em Angola, de 1963 a 1965, na guerra do Ultramar, mudou, na ação individual, a ligeireza e o menosprezo com que se olhavam a pessoa com deficiência e o desporto adaptado. Tudo começou no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão. “O campo era em alcatrão, com umas tabelas, que nem sequer tinham rede. As atividades foram iniciadas pelo Ângelo Lucas, estudante de fisioterapia”, a quem, entre risos e sem desmerecer o contributo, não reconhecia o grau necessário de competência. “Ele não percebia nada daquilo, nem regras de basquetebol sabia”, conta o antigo poste.
Com ele ao leme, os onze selecionados rumaram a Stoke Mandeville, Inglaterra, em 1971, para disputar os jogos sob a designação da localidade, criados em 1948, por Sir Ludwig Guttmann. Na pátria do movimento Paralímpico, “onde se viam ainda as casernas da II Guerra Mundial”, António Botelho relata o espanto que perpassou o grupo perante a naturalidade desconcertante no modo de se encarar a deficiência. “Nunca tive muitos complexos, mas aí fiquei totalmente desinibido. Aprendi muito com os deficientes estrangeiros, eram autênticos profissionais”, circunstância que atribui aos “bons técnicos, melhores condições de treino e apoios”, apesar de enaltecer o auxílio dos primeiros tempos a esta inédita formação portuguesa. “Fomos na TAP para Stoke Mandeville. Para Heidelberg, fomos num avião militar, só para nós”, relembra.
No plano desportivo, ambas as aparições internacionais produziram episódios insólitos, decorrentes da impreparação da equipa técnica, que o corpulento ex-atleta se vê forçado a sublinhar. “Em Inglaterra, cometi uma violação de meio-campo. Era elementar e nem isso sabíamos. Fiquei parvo a olhar para o árbitro”. No ano seguinte, em Heidelberg, a contestação ao conhecimento incipiente do técnico gerou uma resolução coletiva inusitada. “Corremos com o treinador em plena competição. Mandamo-lo para a bancada!”, decisão que, afiança, proporcionou a única vitória portuguesa, frente à Suíça.
Apesar dos dissabores competitivos, a primeira experiência além-fronteiras, em Inglaterra, permitiu vislumbrar uma realidade contrastante com a invisibilidade imposta em território nacional, até mesmo no centro de Alcoitão. “Cá, escondiam os deficientes. Havia um triciclo, com as rodas vazias, e não deixavam que se usasse, precisamente para não se verem as pessoas. Mas consegui encher os pneus e andar. Revolucionei um bocado aquilo”, regozija-se.
Competidor acérrimo, distinguia-se pela dominância na área restritiva, capacidade física e passe fácil, herança parcelar do passado no futebol e boxe. Tinha “um bom relacionamento com todos os jogadores”, inclusive adversários, mas no campo a vontade insaciável de se superar chegou a provocar algum desagrado. “Uma vez, ganhámos 60-0 ao GDR “A Joanita”. Acusaram-me de abusar da fraqueza deles. Eu disse que tinha dado 60, mas se pudesse dar 70 ou 80, dava. Era muito rigoroso comigo próprio”, explica. No lote dos que o embeveciam, recorda Vilarinho, “o único a marcar de três pontos”, Delgado, “muito habilidoso e rápido”, e Morais, “telefonista em Alcoitão” e irmão do futebolista João Morais, obreiro da conquista sportinguista da Taça das Taças, em 1964.
No ativo até 1993, então com 55 anos, equacionou as funções de treinador, mas abandonaria em definitivo o “vício do cesto”. Em anexo podem consultar o testemunho de Jorge Almeida, técnico do Sporting CP-APD Sintra, ex-treinador e jogador da APD Lisboa e Seleção Nacional.

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“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Legenda

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Miguel Maria

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