Artigos da Federaçãooo

O treinador da bicampeã nacional realça o quanto “todos se superaram” face às contrariedades, onde sobressaem as inúmeras lesões, aborda o desafio que representa enfrentar o Sporting CP/APD Sintra recentemente reforçado por vários atletas estrangeiros e vaticina uma eventual, e inédita, participação dos minhotos nas provas europeias, “sonho da instituição, atletas e treinador”.

Poucos previam o desfecho da Final Four da Taça de Portugal 2017/2018 com vitória minhota. Privada nos últimos tempos de jogadores-chave como Márcio Dias e Filipe Carneiro e com Jorge Palmeira e Gabriel Costa condicionados, a APD Braga enfrentava um Sporting CP/APD Sintra munido do espanhol Jose Manuel Vargas, poste imponente, pela altura e compleição física, com um rasto de sucessos na elite do BCR espanhol, ao serviço de CP Mideba e Clinicas Rincón Amivel, balneários que partilhou com o atual colega Pedro Gonçalves, Hugo Lourenço e Cláudio Batista. Perante o cenário adverso, Ricardo Vieira revela que a “mensagem passada ao grupo foi a de sempre”, relembrando outros desafios enfrentados pela equipa como a época em que Márcio Dias e Filipe Carneiro rumaram aos espanhóis Servigest Burgos e CD Amfiv Vigo, fator que não impediu os bracarenses de se sagrarem campeões nacionais. E são precisamente as vitórias que, no entendimento do também treinador-adjunto da Seleção Nacional, “acabam por tornar mais fácil que haja motivação”. Sem desvalorizar a importância de Márcio Dias, um dos jogadores em evidência na final e que estivera ausente nos últimos dois meses, o timoneiro da turma bracarense sublinha a união do grupo, que se refletiu na superação de todos, inclusive do camisola 4. “Nem sei como é que ele conseguiu jogar”, enfatiza.

Na final, o ascendente até pertenceu aos sintrenses durante a primeira parte, mas no reatar das operações um lançamento corajoso de Jorge Palmeira, cara a cara com Jose Manuel Vargas, foi o tónico de que a equipa precisava. “Foi uma explosão por parte de todos”, afirma Ricardo Vieira em alusão ao despertar do público presente em Lamaçães. Para o triunfo, o quarto consecutivo na Taça de Portugal, muito contribuiu a disciplina defensiva, sobretudo para parar o já mencionado reforço dos sportinguistas. “Tivemos de fazer uma coisa que não estamos habituados a fazer: pensar ofensivamente e defensivamente o jogo. Normalmente, são as outras equipas que pensam como é que vão parar A, B ou C. Desta vez, tocou-nos a nós. Começamos a fazer dois contra um com ajudas do lado oposto, do lado fraco, e as coisas começaram a resultar”, analisa em retrospectiva.

Entretanto, com o foco nas meias-finais do campeonato nacional, ao Sporting CP/APD Sintra juntaram-se Yañez (1.0) e Laslaa Kaddouri (2.0), espanhol e marroquino respetivamente, atletas que acentuam as dificuldades para a APD Braga continuar no trilho do sucesso, embora a sua adição acarrete desafios positivos. “Isso obriga-me a trabalhar mais situações de defesa e de ataque. O treino tem sido muito mais tático do que em qualquer outra altura do ano. É um tónico para podermos trabalhar mais ainda”, diz o técnico, que deixou ainda um lamento: “tenho pena que a contratação destes jogadores não tenha sido desde a fase regular porque nos ia ajudar não só a nós, Braga, mas igualmente equipas como o Paredes, que têm tido uma evolução fantástica e que ao jogarem com atletas com calibre europeu, podemos dizer se calhar mundial, evoluiriam ainda mais”. Na contenda do playoff, o Sporting CP/APD Sintra lidera por 1-0 após derrotar em casa a APD Braga por 59-48.

Sábado, em Ferreiros, às 15h, os minhotos irão procurar força a “negra”.

Independentemente do resultado do fim de semana, há muito que o nível bracarense reclama uma participação europeia (a última equipa a participar foi precisamente a então APD Sintra, em 2007), questão a que Ricardo Vieira não foge: “É um sonho, não só da própria instituição, dos atletas, como do treinador. Estive muitos anos na arbitragem internacional e sei como é que isso funciona e acho que eles eram merecedores disso”, atesta. Ainda que o técnico expresse a sua gratidão aos atuais patrocinadores, “que ajudam imenso”, a falta de verbas obsta a que o clube dê esse passo fundamental, não só para o seu progresso, como do BCR nacional.

Nota: Foto oficial de Braga – Capital Europeia do Desporto 2018

APD Sintra/Sporting Clube de Portugal 59-48 APD Braga

Depois do emocionante duelo na final da Taça de Portugal, que a APD Braga venceu por dois pontos, a expectativa era muita em torno do primeiro encontro das meias-finais do playoff do Campeonato Nacional de basquetebol em cadeira de rodas.

Desta feita, ao poderoso poste espanhol ex-Mideba e ex-Amivel, Jose Manuel Vargas, juntaram-se às fileiras sintrenses o também espanhol Yañez (1.0) e o marroquino Laslaa Kaddouri (2.0). Com um cinco inicial com três estrangeiros, algo inédito no BCR Nacional, a turma sportinguista atacou a partida com ambição redobrada, levando a melhor no período inaugural por 19-15. Contudo, a APD Braga, apesar de ainda privada de Filipe Carneiro e agora de Manuel Vieira, reagiu com fibra de campeã e colocou-se na dianteira antes do intervalo – 26-28. O equilíbrio foi uma tónica constante na partida até cerca de quatro minutos do final, altura em que os locais fugiram no marcador e averbaram um triunfo precioso que faz sonhar com a presença na final do Campeonato Nacional. De salientar a prestação ofensiva fulgurante de Jose Manuel Vargas, autor de 37 pontos, e do lado bracarense os 24 pontos de Márcio Dias. Parciais: 19-15 / 7-13 / 12-10 / 21-10. Melhores marcadores – APD Sintra/SCP: Jose Manuel Vargas 37 pts, Pedro Gonçalves 7 pts; APD Braga: Márcio Dias 24 pts, Jorge Palmeira 10 pts

GDD Alcoitão 54-29 APD Leiria

Pouco a narrar na receção de Alcoitão à APD Leiria, já que os visitantes se apresentaram extremamente desfalcados, fator que acabou por não proporcionar um encontro tão equilibrado e com os índices de qualidade que se anteviam. Sem João Jerónimo, Cândido Delgado, João Pedro e Nuno Pedrosa, os leirienses deram uma imagem muito aquém do seu potencial e o GDD Alcoitão soube capitalizar as ausências numa vitória confortável. Parciais: 18-4 / 10-15 / 12-6 / 14-4 Melhores marcadores – GDD Alcoitão: Hugo Maia 20 pts, Mário Silva 12 pts; APD Leiria: Iderlindo Gomes 14 pts, Marco Francisco 11 pts

Jogos do próximo fim de semana

19/05

APD Braga vs APD Sintra/Sporting Clube de Portugal, 15h, Pavilhão de Ferreiros, Braga

APD Leiria vs GDD Alcoitão, 15h, Pavilhão de Maceira, Leiria

20/05 – se necessário

APD Braga vs APD Sintra/Sporting Clube de Portugal, 15h, Pavilhão de Ferreiros, Braga

APD Leiria vs GDD Alcoitão, 11h, Pavilhão de Maceira, Leiria

Frenético na cadeira e possante fisicamente, com uma pontuação de 2,5, só se lhe pode vaticinar um futuro na elite ou não tivesse – além de talento – apenas 19 anos, Luís Domingos é o protagonista da rubrica “Man Out”.

À ascensão vertiginosa não será alheio o facto de atuar no país dono da melhor formação da Europa, a Inglaterra. O extremo português do Leeds Spiders digladia-se semana após semana com nomes do estrelato do BCR como Abdi Jama, Phil Pratt, George Bates, Harry Brown, Gregg Warburton, entre outros.

Chamam ao BCR a modalidade paralímpica rainha. Se tivesses que convencer alguém a ver ou praticar, como “vendias” o basquetebol em cadeira de rodas?

A maior parte das pessoas no Reino Unido já conhece o basquetebol em cadeira de rodas, assim como a maior parte das que eu conheço, que fazem perguntas, e que eu convido a experimentar. O basquetebol em cadeira de rodas é uma experiência única que nunca irão esquecer.

Qual ou quais os jogadores que exercem maior fascínio sobre ti?

O jogador que mais admiro é o Gregg Warburton (internacional britânico), dos Oldham Owls. Ele é demasiado bom.

Ter uma limitação motora (deficiente só é quem quer), entre outras coisas, produz momentos humorísticos de requinte devido à reação das pessoas menos “familiarizadas” com o tema. Ter uma limitação motora e jogar BCR é uma mistura explosiva? Conta-nos um episódio contigo ou que presenciaste.

Um episódio engraçado que aconteceu comigo foi no ano passado, quando fui a uma entrevista de emprego e estava extremamente nervoso, porque era a minha primeira vez. O que sucedeu foi que o entrevistador era um fã do Leeds Rhinos, uma equipa de rugby, que também tem uma equipa com variante em cadeira de rodas, onde jogo. Quando me viu, lembrou-se de mim e estivemos a falar durante toda a entrevista sobre as equipas, o quão agressivo era o jogo e como me tinha iniciado na modalidade. Após mais algumas questões, dei-me conta de que a entrevista tinha terminado, com ele a dizer-me que tinha sido um prazer conhecer um jogador de Rugby CR do Leeds Rhinos e que era para voltar noutro dia, de forma a conhecer o staff e o meu local de trabalho. Não me acreditei no que tinha acontecido e como tinha sido contratado. No regresso a casa, ri-me o tempo todo e quando disse aos meus amigos eles riram-se também, porque isto só aconteceu por eu praticar desporto.

Entre todas as maravilhas possíveis de pôr em prática numa cadeira de basquetebol, qual o teu movimento, gesto ou momento do jogo predileto?

Sou conhecido pela minha agilidade com a cadeira, nunca paro e estou constantemente em movimento, mesmo na defesa mexo-me sempre e comunico. Para mim esta é a melhor coisa do jogo, a liberdade de tentar seja o que for para ajudar a minha equipa, sem barreiras… apenas o tempo nos pode parar.

Qual o jogador a quem gostavas de fazer “Man Out”? Com sinceridade, vá lá!

Vou ser completamente sincero, joguei com muitos bons jogadores, mas aquele a quem gostaria de fazer “Man Out” seria o Márcio Dias, também conhecido como “O Mágico”. Escolho-o porque na minha primeira situação de jogo no treino com a seleção, o treinador incumbiu-me de o defender homem a homem e foi muito difícil pará-lo. Não lhe fiz “man out” antes porque estivemos sempre na mesma equipa durante as sessões de treino, portanto prometo tentá-lo na próxima vez.
 

O “Man Out” é essencial no BCR. Na elite – mas não só -, todas as equipas adotam esta estratégia que consiste, após a recuperação da posse de bola, em reter um adversário com um, ou idealmente mais jogadores, no seu reduto ofensivo de forma a atacar em superioridade numérica. O espaço ocupado pelas cadeiras torna uma missão árdua recuperar a posição perdida, de modo que o “Man Out” é uma tónica constante no jogo de BCR, privilegiando-se como alvos, claro, os elementos mais lentos da equipa adversária.

Fim de semana de emoções à vista com os primeiros embates entre as quatro primeiras equipas da fase regular, que procuram um lugar na final.

A bicampeã nacional, APD Braga, vencedora da Taça de Portugal pela quarta vez consecutiva no passado domingo, repete o rival dessa final, o Sporting CP/APD Sintra, que perdeu por escassos dois pontos no encontro – 52-50.

O primeiro jogo está marcado para sábado, às 15 horas, no Pavilhão Serra das Minas, casa dos sintrenses, uma vez que a APD Braga terminou a fase regular no topo da classificação e, como tal, beneficia do fator casa no segundo jogo e eventualmente no terceiro, caso necessário.

A eliminatória será devolvida ao Minho no dia 19 de maio, às 15 horas, em Ferreiros, Braga. Se se registar empate, a terceira partida irá disputar-se no dia 20, novamente às 15 horas, e mais uma vez Ferreiros.

Também a sul, o GDD Alcoitão, terceiro da fase regular, recebe o segundo classificado, APD Leiria, no Pavilhão de Murches, às 15 horas de sábado, 12 de maio. Para superar a altura e poder ofensivo dos leirienses, os cascalenses terão de elevar o nível, depois da pesada derrota averbada no encontro pelo terceiro lugar da Taça de Portugal diante da formação do centro do país – 63-33.

O segundo encontro está previsto para 19 de maio, às 15 horas, no Pavilhão de Maceira, palco de um hipotético terceiro jogo às 11 horas de domingo, 20 de maio.

Em disputa desde a época 1991/1992, o troféu de campeão nacional foi erguido 11 vezes pela APD Sintra, o GDD Alcoitão e a APD Lisboa festejaram por quatro ocasiões, seguidos de perto pela APD Leiria e pela bicampeã nacional APD Braga, ambas com três conquistas.

Em Espanha, na 2.ª divisão, o Servigest Burgos caiu na final da Final Four frente ao Fundación Vital Zuzenak por 61-44, depois de bater os galegos do Basketmi Ferrol, na meia-final (37-44), pelo que falhou a vaga direta de acesso à División de Honor. No entanto, a formação de Hélder da Silva acalenta ainda a possibilidade de subida, já que defronta no próximo sábado o penúltimo classificado da División de Honor da presente época, o Casa Murcia Getafe BSR.

Nota: Foto de Nath Leroy

Lyon Basket Fauteil 46-68 CS Meaux

Num jogo de desfecho previsível, dada a disparidade das forças, uma que luta pela manutenção e outra que ambiciona o título, o CS Meaux confirmou o favoritismo, mas não sem ter de suar. Incisivos, os atuais campeões franceses impuseram o seu jogo e chegaram ao intervalo a vencer na casa das dezenas (21-32). A partida tomava o seu curso natural, mas o Lyon Basket demonstrou que ainda tinha uma palavra a dizer na segunda parte, encurtando a desvantagem para apenas quatro pontos no final do terceiro período – 36-40. Nos dez minutos derradeiros, três triplos consecutivos do CS Meaux acabaram com as esperanças dos locais, que não foram capazes de voltar a reagir. Do lado lionês, Valter Mendes esteve cinco minutos em campo, não registando qualquer ponto e somando dois ressaltos. Já Christophe da Silva averbou 5 ressaltos e 1 assistência. Parciais: 12-20 / 9-12 / 15- 8 / 10-28.

Basketmi Ferrol 37-44 Servigest Burgos

Na Final Four da 2.ª divisão espanhola, o Servigest Burgos deu o primeiro passo rumo à promoção ao bater a formação galega do Basketmi Ferrol. Num duelo entre dois dos melhores jogadores de pontuação alta a atuar neste escalão, Pablo Miguel Lopez “Piti” (21 pts, 7 ressaltos e 2 assistências) ganhou o mano a mano com o internacional brasileiro Luciano da Silva (19 pts, 14 ressaltos) e ajudou a sua equipa a carimbar a passagem para a final. Hélder da Silva registou 7 pontos, 2 ressaltos e 2 assistências em 37 minutos. Parciais: 8-8 / 6-13 / 10-11 / 13-12

Servigest Burgos 44-61 Fundación Vital Zuzenak

Na final, coube ao Servigest Burgos enfrentar os bascos do Fundación Vital Zuzenak, que surpreenderam ao eliminar Alcorcón, equipa invicta na fase regular da liga. A jovem equipa voltou a entrar em campo de forma temerária, sem se intimidar com a veterania e experiência dos burgaleses. A supremacia basca foi de tal forma evidente que ao cabo de 20 minutos jogados, a vantagem já ascendia a 19 pontos. Para o sucesso de Zuzenak muito contribuiu a prestação de Ruben Viso, autor de 17 pontos, 10 assistências e 6 ressaltos. Do lado de Burgos, de nada valeram os 32 pontos, 8 ressaltos e 1 assistência de “Piti”, num dia francamente desinspirado dos seus companheiros. Hélder da Silva não fugiu à regra e os 24 minutos que esteve em campo saldaram-se apenas em 2 ressaltos e 3 assistências. Apesar da derrota, o Servigest Burgos terá uma última oportunidade de lutar pela promoção ao máximo escalão do país vizinho. Para tal, terá de bater em jogo único o penúltimo classificado da División de Honor 2017/2018, o Casa Murcia Getafe BSR. Parciais: 14-9 / 2-16 / 18-16 / 10-10

Entrevistámos o atleta do clube transalpino, que aponta já a novos títulos, sem esquecer a Seleção Nacional.

Que grande momento para a tua carreira, com a conquista da Euroliga 3 ao serviço do Santa Lucia. Após estes dias, o que sentes? Foi o momento mais alto da tua carreira?

Foi, sem dúvida, um grande momento. Estou muito contente e feliz! E sim, é o ponto mais alto da minha carreira.

Quais as principais razões que ditaram este título, na tua opinião?

Na minha opinião foi o jogo de equipa, a união de todo o grupo. Sabíamos que não seria fácil, mas sempre acreditámos que era possível.

Como tem sido a experiência em Itália?

Tem sido uma bela experiência, sempre em crescendo. Comecei na Série B italiana em 2014, onde joguei duas épocas na Lazio Bic. Depois tive a oportunidade, honra e privilégio de ingressar nesta histórica equipa romana, que é o Santa Lucia Basket, onde estou a aprender e a evoluir como jogador.

Olhando já para o teu futuro, quais são os teus principais objetivos individuais e coletivos? Vais continuar por terras italianas?

Individualmente, um dos meus principais objetivos é ser uma opção válida e contínua na nossa Seleção. Coletivamente, espero que este troféu seja o primeiro de muitos.

Tens esperança de que o sucesso de vários jogadores portugueses no estrangeiro abra portas para que mais atletas pratiquem a modalidade?

Sem dúvida que sim! Temos muito potencial e só é preciso que haja uma oportunidade…

Na Euroliga 2, o HS Varese de Pedro Bártolo não foi além do sétimo posto, apesar de tal não refletir a prestação honrosa da formação do norte de Itália. A equipa da Lombardia apresentou-se em Sheffield com apenas sete jogadores e viu o mar de contrariedades aumentar quando uma infeção súbita acometeu Alessandro Nava, forçado a regressar a Milão logo após o primeiro encontro.

Euroliga 3

Mesmo privados de uma peça-chave como o internacional italiano Marco Stupenengo, o jogo coletivo do Santa Lucia Basket fez a diferença, assim como a inspiração do experiente base Rafael Muiño Gamez, vencedor da Champions Cup nas últimas duas épocas ao serviço do CD Ilunión de Madrid.

Perante o favorito Santo Stefano, segundo na fase regular do campeonato italiano, enquanto Santa Lucia fora quarto, os comandados de Fabio Castelucci souberam encontrar soluções para contornar a marcação cerrada à sua referência, o poste Matteo Cavagnini. Cristian Fares, com 21 pontos, 12 ressaltos e 1 assistência, e Rafael Muiño Gamez, autor de 13 pontos (75% de eficácia), 3 ressaltos e 3 assistências, foram os atletas em evidência. Do lado de Santo Stefano, só Sofyane Mehiaoui se exibiu ao nível exigido, registando 32 pontos, 8 ressaltos e 5 assistências. Ismael de Sousa não atuou na final. Parciais: 12-19 / 8-15 / 22-14 / 15-8  

O poste português junta assim o seu nome ao de Hugo Lourenço e Marco Gonçalves, também eles vencedores da Euroliga 3 (à data designada Challenge Cup), na lista de atletas nacionais a conquistar uma prova europeia. De referir ainda a eleição de Matteo Cavagnini e Rafael Muiño para o cinco ideal.

Até à final foi este o percurso dos romanos:

Santa Lucia 60-64 Izmir BB Genclik (TUR)

Les Aygles de Meyrin (SUI) 35-59 Santa Lucia

KKI VRBAS Banja Luka (BOS) 48-74 Santa Lucia
Mideba Extremadura (ESP) 51-61 Santa Lucia

Euroliga 2

Na Euroliga 2, ex-Willi Brinkmann, Pedro Bártolo não conseguiu ir além do sétimo posto, entre oito equipas, com o seu Handicap Sport Varese. Já desfalcados do seu capitão, a formação da Lombardia enfrentou esta competição com apenas sete jogadores (somente dois de pontuação alta – postes) e logo após o primeiro jogo deparou-se com mais um obstáculo, uma infeção súbita de outro jogador, Alessandro Nava, que regressou de imediato a Itália.

Reduzidos a seis jogadores, e com o português a jogar 160 minutos em dois dias, Varese, depois de deixar escapar a vitória no primeiro jogo, ainda assustou os alemães de Colónia, tendo estado a vencer até ao terceiro período e fechando com brio a sua participação, que colheu elogios dos adversários, ao bater os compatriotas de Porto Torres. No duelo com aquela que viria a ser a formação vencedora, o anfitrião Sheffield Steelers, recheado de internacionais britânicos como Abdi Jama, Phil Pratt, George Bates ou Harry Brow, Varese nunca conseguiu equilibrar a contenda. Pedro Bártolo realizou uma competição muito positiva, averbando médias de 10 pontos, 1 ressalto e 5 assistências.

Eis os resultados:

BKIS "Nevskiy Alyans" (RUS) 51-47 Handicap Sport Varese
Handicap Sport Varese 58-84 Sheffield Steelers (ING)
Handicap Sport Varese 51-72 Koln 99ers (ALE)
Handicap Sport Varese 49-47 GSD Porto Torres (ITA)

Este fim de semana, em Lamaçães, Braga, há Final Four da Taça de Portugal, com APD Braga, APD Leiria, GDD Alcoitão e Sporting CP/APD Sintra como contendentes.

Nota: Foto do GDD Alcoitão

GDD Alcoitão 73-8 CD “Os Especiais”/CD “Os Especiais” 13-75 GDD Alcoitão

Reconhecido o fosso entre as duas equipas, o GDD Alcoitão e o seu treinador, Hugo Maia, apostaram em dar minutos a toda a equipa, particularmente aos menos utilizados, e em realizar experiências com cincos iniciais de diferentes características. Apesar de nem sempre executado o pretendido, os cascalenses aproveitaram o ensejo para preparar os compromissos que se avizinham para a Final Four da Taça de Portugal e o playoff do Campeonato Nacional. Parciais do 1.º jogo: 20-2 / 14-0 / 15-6 / 24-0 Melhores marcadores – GDD Alcoitão: Mário Silva 24 pts, Hugo Maia 16 pts; CD “Os Especiais”: J. Silva 8 pts; Parciais do 2º jogo: 3-15 / 2-20 / 3-6/ 5-34 Melhores marcadores – CD “Os Especiais”: Jaime Nascimento 12 pts, J. Silva 2 pts; GDD Alcoitão: Mário Silva 24 pts, Hugo Maia 20 pts.

Jogos do próximo fim de semana – Final Four da Taça de Portugal (Pavilhão Municipal de Lamaçães, Braga):

5/5

14h – GDD Alcoitão vs. APD Braga

15h45 – APD Leiria vs. SCP/APD Sintra

6/5

14h – Vencido jogo 1 vs. Vencido jogo 2

15h45 – Final

Parabéns para ambos os jogadores portugueses!

E ambos os atletas entram em ação já esta sexta-feira, num grande fim de semana para ambos e para a modalidade em Portugal!

Pedro Bártolo, do Handicap Spoft Varese, vai estar presente pela terceira vez numa fase final de competição europeia de clubes, e que neste caso se vai realizar em Sheffield (Inglaterra).

O primeiro jogo encontra-se agendado para as 13h30 desta sexta-feira, diante do BKIS "Nevskiy Alyans" (estatística aqui), para depois se seguir, às 18h00, um duelo frente aos anfitriões do Leeds Steelers (para seguir aqui), enquanto no sábado há embate contra o Koln 99ers (aqui).

Por seu turno, Ismael de Sousa alinhará em Mideba (Espanha), com dois jogos agendados para esta sexta-feira, diante do Izmir BB Genclik (15h45, aqui) e Les Aigles de Meyrin (20h15, aqui), ao passo que no sábado (11h45, aqui) defrontará o KBI VRBAS Banja Luka.

Também na Nationale A, jornada tranquila para o campeão francês, CS Meaux, que bateu o Bordeaux por claros 66-38, num encontro em que Christophe da Silva jogou os 40 minutos.

Na segunda liga francesa, o Meylan Grenoble, de Nuno Neves, parece ter encontrado o rumo das vitórias e averbou mais uma diante de Guilherand (53-74).

Em Inglaterra, uma vitória e uma derrota para Luís Domingos, do Leeds Spiders (London Titans 60 Leeds Spiders 51; Essex Outlaws 62 Leeds Spiders 76).

Por último, na Alemanha, na Bundesliga 2, o Lux Rollers de Paulo Soeiro perdeu por 48-54 frente à equipa B do RSV Lahn Dill (Lahn Dill Skywheelers)

Lyon Basket Fauteil 59 – 45 Strasbourg

Na 18.ª jornada do campeonato Nationale A, os lioneses receberam Strasbourg, adversário direto na luta pela manutenção. Após uma derrota por dois pontos na 1.ª volta, o único resultado favorável seria uma vitória por uma diferença superior. Desde cedo, os locais mostraram a sua superioridade, erguida graças à defesa agressiva e a um ataque eficaz durante os três primeiros períodos. Os lioneses não deram mostras de querer abrandar, atingindo-se o final do terceiro período com uma vantagem de 31 pontos. Nos últimos dez minutos, a equipa de Lyon deu tempo de jogo a elementos menos utilizados e geriu a vantagem conseguida, terminando o jogo na dianteira por 59-45. Parciais -16-7 / 24-7 / 12-7 / 7-24. Valter Mendes teve uma prestação muito positiva ao apontar 9 pontos nos 20 minutos jogados.

CS Meaux 66-38 Bordeaux

Tarefa simples para os campeões franceses, atuais terceiros classificados, no compromisso caseiro contra Bordeaux. Liderados pelo poderoso poste holandês Mattijs Bellers (30 pts, 16 ressaltos) e por Louis Hardouin (20 pts, 5 assistências e 1 ressalto), os anfitriões comandaram do princípio ao fim e expressaram a sua superioridade no marcador. Christophe da Silva jogou os 40 minutos e amealhou dois ressaltos. Parciais: 17-7 / 21-15 / 15-8 / 13-8

Guilherand 53-74 Meylan Grenoble

No segundo escalão do BCR gaulês, prossegue a recuperação do Meylan Grenoble Handibasket, depois de uma primeira volta ruinosa que atirou a equipa, habituada a competir no patamar mais alto, para os últimos lugares da classificação. Nesta partida, contra um rival que concorre igualmente pelo objetivo da manutenção, a formação de Auvérnia-Ródano-Alpes venceu de forma categórica e escapou ao último lugar. Nuno Neves contribuiu com cinco pontos para a vitória da sua equipa. Parciais: 10-24 / 17-16 / 17-11 / 17-15

Outros jogos

National League Premier Division – Inglaterra

London Titans 60-51 Leeds Spiders

Parciais: 8-14 / 18-16 / 12-8 / 22-13

Luís Domingos – 38 minutos, 8 pts (1/5 2 pts, 2/2 3 pts, 5 ressaltos, 2 assistências)

Essex Outlaws 62-76 Leeds Spiders

*Não houve registos estatísticos do encontro

Bundesliga 2 – Alemanha

Lux Rollers 48-54 Lahn Dill Skywheelers

Ao descanso: 21-28

Paulo Soeiro não acrescentou o seu nome à folha de marcadores. 

Nota: Foto da APD Braga

APD Lisboa 27-52 APD Braga

Ainda desfalcada, sem Filipe Carneiro e Márcio Dias (este último previsivelmente de fora o resto da época), a bicampeã nacional APD Braga derrotou a APD Lisboa, cuja réplica só durou na primeira parte, penalizando os muitos erros e turnovers dos minhotos. No reatar das operações, os comandados de Ricardo Vieira revelaram maior acerto defensivo, sacudiram a pressão de não contar com duas peças chave, e embalaram para uma vitória inapelável por 27-52. Parciais: 8-13; 9-7; 2-11; 8-21 Melhores marcadores – APD Lisboa – Luís Oliveira 8 pts, Ângelo Pereira 5 pts; APD Braga – Eduardo Gomes 16 pts, Jorge Palmeira 13 pts.

APD Leiria 59-46 Sporting CP/APD Sintra

No jogo cabeça de cartaz da jornada, a APD Leiria exibiu-se a bom nível para levar de vencida a formação sintrense, depois de um começo em falso que permitiu aos visitantes acalentar a vitória e que motivou o pedido de desconto de tempo da treinadora local com seis minutos para jogar no primeiro período. Os leirienses foram então capazes de pôr em prática o seu jogo habitual, com man outs e ataques rápidos, contrastando com os lançamentos exteriores dos sintrenses. Destaque para a presença no cinco inicial de João Pedro, jovem promessa leiriense, que substituiu Luís Ramos, afastado do encontro por motivos de saúde. Parciais: 14-11, 13-9, 17-14, 15-12 Melhores marcadores – APD Leiria – Marco Francisco 29 pts, Iderlindo Gomes 17 pts; SCP/APD Sintra – Paulo Taborda 14 pts, Pedro Gonçalves 12 pts

GDR “A Joanita” 31-82 GDD Alcoitão

Jogo de sentido único entre GDR “A Joanita” e GDD Alcoitão. Necessitada de pontos para se qualificar para a final four, a formação cascalense entrou determinada em sentenciar rapidamente o encontro, impondo-se no quarto inaugural por 7-20. Ao descanso, o resultado já ascendia a 11-45. Demasiado reféns das iniciativas individuais de João Cardoso e Danilson Pina, os locais sucumbiam à pressão realizada pela equipa cascalense, que anulava as suas tentativas de contra-ataque e gerava desacerto no passe. A atacar, o GDD Alcoitão conseguiu penetrar na área pintada com sucesso, recorrendo pouco ou nada ao lançamento exterior. Parciais: 7-20, 4-25, 8-18, 12-19 Melhores marcadores: GDR “A Joanita” – Danilson Pina 15 pts, João Cardoso 6 pts; GDD Alcoitão – Hugo Maia 20 pts, Mário Silva 17 pts